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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Entretanto, na Alemanha...

 

 

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É verdade! Na Alemanha - quem diria? - continuam à espera de um governo. As eleições foram em Setembro, para quem ainda se lembra...

Parece que, agora, é que é. Ou é esta semana ou já não vai ser, e lá terão que ir a eleições de novo. Se assim for, este ano não vai ficar atrás do último, já com eleições em Itália, República Checa e Hungria. E na Rússia, que não é bem a mesma coisa...

A factura

Capa do Jornal Negócios

 

O Jornal de Negócios noticia hoje que o Fundo de Resolução tem um buraco de 4,8 mil milhões de euros, já reconhecido nas contas. Olhamos para trás e vemos que é o valor que, em Agosto de 2014, o Fundo injectou no então novo Novo Banco. Que não custava nada aos contribuintes, diziam-nos então.

Esta imparidade reconhecida no Fundo de Resolução é anterior à venda do Novo Banco, porque, como se vê na primeira página da mesma edição acima reproduzida, em entrevista, Vítor Bento, por sinal nas mãos de quem Carlos Costa fez rebentar a bomba da resolução, garante que a "brincadeira" que não tinha custos para o contribuinte vai custar 10 mil milhões de euros. Tanto quanto, só Mário Centeno, só este governo, assim meio pela calada, já meteu nos bancos. 

Os 10 mil milhões que já foram, mais os 10 mil milhões que estão a ir, somam 20 mil milhões. É esta a factura bancária que Passos Coelho e Maria Luís deixaram ao país!

Responsabilidade sem pressão

 Festejos

 

O Benfica passou com distinção a primeira das duas provas consecutivas no Minho, confirmando o rendimento dos últimos jogos nesta Liga. Como se sabe o calendário determinava que o Benfica fechasse a primeira volta no campo do Moreirense e abrisse a segunda em Braga, numa dupla dupla jornada minhota de enorme importância para o futuro da equipa na única competição em que, agora, está envolvida.

Sabe-se que nas actuais circunstâncias a equipa do Benfica está sob enorme pressão. Não pode falhar, a mínima falha é a morte do artista. A ponte para o sucesso passa por transformar essa pressão em responsabilidade. Pode parecer treta, mas não é. A responsabilidade de ganhar é diferente da pressão de ter de ganhar, é mentalmente bastante diferente.

A equipa entrou em campo com a responsabildiade de ganhar, sem nunca dar a ideia de uma equipa pressionada para ganhar. Nunca jogou sobre brasas!

Tomou conta do jogo, e nunca deu grandes hipóteses ao adversário. E nem com um grande problema de eficácia, com o desperdício de sucessivas ocasiões de golo, a equipa mostrou ansiedade. O mesmo não se poderá dizer dos adeptos, escaldados que estão com situações destas, em que a factura do desperdício tem acabado sempre por aparecer.

O 1-0 ao intervalo (golo de Pizzi, a meio da primeira parte, na conclusão de mais uma grande jogada de futebol, com uma assistência fabulosa de Jonas) era muito curto para o que o Benfica tinha jogado. E deixava no ar fantasmas antigos, mesmo que a aquela estranha e insondável quebra da equipa a seguir à marcação de cada golo já faça parte do passado.

A segunda parte começou com o desperdício de mais uma flagrante oprtunidade de golo para, pouco depois, se começar a ver a transfiguração da estratégia do Moreirense, para passar a apostar num futebol directo, no pontapé longo à procura de ganhar as segundas bolas já mais perto da área do Benfica. A estratégia vingou durante perto de 10 minutos, um pouco menos, e chegou a assustar. Pizzi e Salvio foram ao fundo, e Rui Vitória, que ao intervalo tinha sido obrigado a substituir o massacrado (muita porrada deram os jogadores do Moreirense) Samaris (por Keaton)  tardou a reagir. 

Só à entrada do último quarto de hora, já o pior tinha passado e já o Benfica voltara a criar e desperdiçar flagrantíssimas oportunidades de golo, tirou Salvio, para entrar João Carvalho. Uma substituição que há muito se impunha e que viria acabar de resolver o jogo. Logo depois de ter entrado, depois de pressionar a saída do adversário, o miúdo ganhou a bola e assistiu Jonas, que daquela vez não falhou, e fechou o resultado. De um jogo bem ganho e que, tirando aqueles tais 10 minutos de alguma instabilidade, o Benfica dominou por completo, com mais meia dúzia de oportunidades flagrantes de golo desperdiçadas. 

Falando de oportunidades de golo, tem de se falar de Jonas, hoje exasperante. Mas também de Varela que, com duas defesas enormes, anulou as únicas duas oportunidades que o Moreirense criou. Ambas defesas daquelas que dão pontos. E muita confiança à defesa, também agora com o seu eixo central establizado, com Jardel e Rúben Dias. 

E pronto, a primeira volta já ficou para trás. Não deixa saudades, e a segunda tem de ser melhor. Sem pressão, mas com sentido de responsabilidade!

O jeito que dá...*

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O ano novo, acabadinho de chegar, traz-nos – já sabíamos – algum alívio fiscal. Bem necessário e, acima de tudo, bem merecido, especialmente depois do saque que Vítor Gaspar nos impôs, e a que ficamos sujeitos durante anos. Por causa da troika e do défice, diziam eles. Para pagar os bancos, sabemos nós, agora que sabemos que já lá pusemos 15 mil milhões de euros!

O ano velho levou definitivamente a sobretaxa de IRS, que teimosamente resistiu ainda mais de dois anos àquele logro eleitoral da Maria Luís Albuquerque, com simulador, relógio e tudo. Para este, para o novo, ficava agora uma redução no próprio IRS, por via da reposição – curioso como reposição rima com reinvenção, agora na moda – dos respectivos escalões, que as novas tabelas de retenção, garantia o Secretário de Estado na apresentação do orçamento, reflectiriam integralmente.

Pois, tornadas públicas ontem, parece que não é bem assim. De acordo com contas feitas por quem sabe fazê-las, aquelas tabelas de retenção – que definem aquilo que a entidade patronal retira ao salário para entregar ao Estado – obrigam a entregar à administração fiscal mais dinheiro de IRS do que o efectivamente devido em função da respectiva taxa.

A situação não é nova. O fisco gosta de receber primeiro para pagar depois, e daí os todos os anos aguardados reembolsos de IRS, que às vezes tanto jeito dão. Mas desta vez parece que é de mais, para que grande parte do IRS que iremos pagar a menos nos chegue ao bolso apenas em 2019.

Ora, aí está. Porque os reembolsos dão mesmo jeito. E quanto maiores, mais jeito dão. E em ano de eleições, mais ainda…

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

 

 

"Incêndios"

 

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A palavra do ano de 2017 é... "incêndios"!

Na votação, promovida como sempre pela Porto Editora, "incêndios" recolheu 37% dos votos. A seguir, com 20%, surge "afectos". Que, se me não engano, tem a ver com o Presidente da República, por causa dos incêndios. Em terceiro lugar, com 14% dos votos, ficou "floresta", De que só se falou ... exactamente pela mesma razão...

Não aparecem "reversão", "eurogrupo", "rating", "lixo", "emprego"...  E "crescimento" é apenas a quinta, lado a lado com "cativação", depois de "vencedor", que rima com Salvador. Também nesta "guerra" de palavras, o lado negro do ano saiu a ganhar!

Já agora, aqui ficam as anteriores: "esmiuçar" (2009), "vuvuzela" (2010), "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015) e "gerigonça" (2016). Também não são as melhores. Nem nos trazem as melhores recordações!

Grande derbi. Grande Benfica!

Jonas empatou dérbi electrizante na Luz, em cima dos 90

 

Foi um grande jogo, o derbi de hoje. Com um grande Benfica, e com um Sporting com muita sorte e ... muito VAR!

Só isso, a sorte e a verdade desportiva do VAR, evitaram que o Benfica ganhasse um jogo que quis ganhar, e em que fez tudo para ganhar. 

Mesmo sem que se possa dizer que tenha entrado muito bem, o primeiro quarto de hora do jogo foi do Benfica. Estávamos nisto quando o Sporting fez o golo, na primeira vez que chegou à baliza do Benfica, num ressalto que sobrou para a cabeça do Gelson, numa jogada iniciada em fora de jogo. Que... lá está - a verdade desportiva é inquivocamente verde!

A partir daí, e faltava pouco menos de meia hora para o intervalo, e toda a segunda parte, o Benfica não fez mais nada que procurar o golo, imprimindo à partida, especialmente na segunda parte, um ritmo fortíssimo e uma intensidade pouco vista por cá.

Criou nove oportunidades de golo, teve mais do triplo dos ataques e dos remates do Sporting e teve muito mais bola. Mas a bola não entrava. Batia na barra e batia nas pernas e nas mãos dos jogadores do Sporting, sempre metidos dentro da sua área. 

À medida que o tempo se ia esgotando, Rui Vitória arrisacava cada vez mais. Tirou Pizzi, para entrar Raúl. Logo depois, retirou Fejsa, para entrar Rafa, e a seguir tirou mesmo o central Rúben Dias, para entrar o miúdo João Carvalho. E foram todos protagonistas!

Rafa mexeu com o jogo, e esteve finalmente à altura da sua qualidade. Raúl nem tanto, não esteve bem no remate. Mas podia ter marcado o golo da vitória, numa espectacular bicicleta que saiu a razar a trave, sem defesa. Tal como o João Carvalho, num espectacular chapéu, de fora da área.

O empate acabou por chegar já ao minuto 88. Num penalti. Finalmente, depois de tantos outros. Que Jonas transformou, com classe, marcando pela primeira vez no dérbi. Ainda sobrou tempo para mais duas claras oportunidades de golo, uma delas na tal bicicleta do Raúl.

No fim fica um empate altamente penalizador. Mas fica também aquela mensagem de crença no 37 que saiu das esgotadas bancadas da Luz. Os adeptos são assim... E fica o VAR, sempre bem pintado de verde!

Mais Estado e menos Estado

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Não deixa de ser curioso que, quando o Presidente Marcelo fala da falta do Estado, e praticamente avisa que vai monitorizar o seu desempenho, ambos os candidatos à liderança do PSD - que podem distinguir-se na forma, mas que estão a revelar muito semelhantes na substância - falem de menos Estado.

Daria a ideia que se trata de pensamento diferente, se não mesmo oposto, quando têm todos o mesmo alinhamento político e ideológico, pertencem à mesma família política e até ao mesmo partido. Quando, especialmente Santana Lopes, se está ostensivamente a colar ao presidente para, evidentemente, colher dividendos da sua popularidade.

Se, com o mesmo posicionamento ideológico, e o mesmo alinhamento político, dizem o oposto sobre o Estado, só podem estar a falar de coisas diferentes. Só podem estar a falar de "Estados diferentes". 

Na verdade assim é. Na verdade estão a falar de diferentes funções do Estado. O presidente Marcelo - mesmo que à saída do hospital tenha exaltado o Serviço Nacional de Saúde - fala das funções de soberania do Estado. E quer mais. Os candidatos à liderança do PSD referem-se às funções sociais e às funções reguladoras do Estado. E querem menos!

É esta a matriz ideológica da direita: pouco, ou se possível nenhum, Estado a regular (só atrapalha, não deixa fazer); pouco Estado social (vai trabalhar, malandro), mas muito Estado na segurança pública!

Não há nada para inventar. Muito menos a reinventar!

Do Natal ao Ano Novo vão apenas oito dias

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O Presidente da República inicou a sua mensagem - ou será discurso? - de Ano Novo por onde o primeiro ministro, oito dias antes, havia terminado a sua, ou o seu, de Natal. António Costa sabia que não tinha opção - tinha mesmo de começar pelo parte amarga do ano, e só depois se poderia virar para a saborosa. Marcelo podia começar por onde quisesse, e começou mesmo pelo cor-de-rosa. Só depois chegou ao negro e, na sequência disso, ao único ponto - e que ponto! - que verdadeiramente distingue o seu discurso do de António Costa: o Estado. Para que serve, e ao serviço de quem deve estar!

E disse que o Estado existe para nos servir os cidadãos, assegurando-lhes os direitos fundamentais. É isso, e apenas isso, que justifica a sua existência, e não a satisfação de interesses particulares, corporativos, sindicais ou partidários. 

Bem dito, sem dúvida. A sugerir que vem aí o veto à escabrosa lei do financiamento dos partidos. Ou a lembrar-nos que, horas antes, à saída do hospital, identificara o Serviço Nacional de Saúde como a grande conquista da democracia. O mesmo Serviço Nacional de Saúde que não quis, ao votar em 1979, então deputado do PPD, contra a respectiva lei de bases.

O discurso (dos) político(s) é também isto!

 

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