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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Tudo natural

Catarina Martins e Ricardo Robles, no comício deste sábado, na Mouraria. Foto de Paulete Matos.

 

Ficou, ontem ao fim do dia, a conhecer-se a natural demissão de Ricardo Robles do executivo da Câmara Municipal de Lisboa e dos cargos políticos que exercia no Bloco. Sabe-se agora que já no domingo tinha transmitido essa intenção à líder do partido, contra aquilo que tinha sido a posição da comissão política, que achava que não havia razão para nada disso, que tudo não passava de uma cabala da imprensa. Mesmo que Luís Fazenda tenha, logo depois e com estrondo, dado o dito por não dito.

Não há dúvida que o Bloco se espalhou ao comprido, e a partir de agora deixa de poder puxar por uma série de galões. Percebe-se que isso não desagrada particularmente ao mainstream, e percebe-se no ar alguma sensação de naturalidade: bem vindos ao sistema!

Por isso se diz que o Bloco perdeu finalmente a virgindade. Ou que entrou na idade adulta. Ou até quem lhe simplesmente lhe chame dores de crescimento... Tudo para apontar no sentido da normalidade.

Da  lei natural da vida. Que inexoravelmente acaba na morte!

 

 

 

 

 

Robles, pois claro...

 

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Também não podia passar ao lado do famoso caso Robles, que não sai de cima da mesa. Poder-se-ia dizer que é a silly season, e que, como não dá jeito falar do fogo que arde sem se ver - não, não é amor -  por esses hospitais adentro (inspiro-me em Francisco Louçã que, no Expresso, chama à agonia do Serviço Nacional de Saúde os fogos deste verão), a notícia é esta. Não há mais!

Mas não creio que seja só isso, não creio que a silly season explique tudo. Antes de mais quero dizer que sou dos que acham que a política deve ser a mais nobre das actividades, e que o seu exercício não é compaginável com desvios entre o que se apregoa e o que se pratica. Acho que a honestidade e a ética têm que presidir a todos os comportamentos, seja na política seja nos negócios. E que, por muito injusto que até possa ser, até porque a actividade política, qual pescadinha de rabo na boca, não é bem remunerada, acho que negócios e política devem ser como água e azeite. E, por último, que eu nunca exerceria profissionalmente actividade política, nem nunca executaria funções poíticas...

Dito isto, acho que já posso dizer que, não acontecendo nada do que acabei de dizer na política em Portugal, não é a silly season a responsável pelo sucesso noticioso da casa do Robles e da irmã. O que faz o sucesso desta notícia é que, não havendo nenhum crime, nenhuma ilegalidade, e sem nem sequer nada seja ilegítimo, ela serve para ser usada por quem que não sabe, nem se calhar quer, exercer actividade de política sem chafurdar na ilegalidade e até meter a mão no crime. O crime é que o negócio legal, e até, tanto quanto parece, legítimo, foi praticado por quem diz que aquilo não se deve fazer, mesmo que seja legal e legítimo fazê-lo. É esse o factor crítico de sucesso da notícia.

As ondas de choque no partido de Robles, dividido entre o "no pasa nada" (homenagem ao nuestro hermano Iglésias) e o "é inaceitável", ou "há que tirar conclusões", só lhe acrescentam mais uma pitadinha de sal e pimenta...

 

Tour de France 2018 - V

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O 105º Tour chegou ao fim. A festa fez-se nos Champs Elysées, e o primeiro a fazê-la foi o norueguês Alexander  Kristoff, que ganhou a etapa.

Depois fizeram-na o francês Pierre Latour, o melhor jovem, na 13ª posição da geral. O eslovaco Peter Sagan, o vencedor (já crónico) por pontos, o camisola verde e o francês Allaphilipe, vencedor da montanha. E, depois ainda, fez-se a festa do pódio.

Com Froome, no lugar mais baixo, e o último a conquistar o direito de lá estar. Os Pirinéus tinham deixado tudo resolvido, menos o terceiro lugar. Lá, tinham deixado o polaco Roglic. Mas apenas com 13 segundos de diferença para Froome, que se afiguravam curtos para o contra-relógio de ontem, que tinha a função de arrumar as contas finais.

Confirmou-se. Froome, com mais um contra-relógio espectacular - foi segundo, com 1 segundo mais que Dumoulin, o campeão do mundo da especialidade - ganhou 1 minuto e 11 segundos a Roglic (que teve também um excelente desempenho, foi oitavo) e assegurou a presença no pódio, hoje.

O contra-relógio de ontem teve a particularidade - creio que única na história do Tour - de os três primeiros serem os mesmos três do pódio. Só que com os lugares todos trocados: o holandês Dumoulin, o primeiro, foi segundo no pódio, o inglês Froome, o segundo, a 1 segundo como já se disse, foi terceiro e o galês Geraint Thomas, o terceiro, a 14 segundos, o primeiro, no lugar mais alto do pódio.

Em 31 quilómetros, os três primeiros, do contra-relógio e da classificação geral final, ficaram separados por 14 segundos. Deve querer dizer qualquer coisa sobre o que é um ciclista completo, daqueles que podem aspirar a ganhar estas grandes competições.

Por isso, as últimas linhas sobre este 105º Tour de France, vão para os que não ganharam. Para os primeiros dos últimos. Para Froome que passou por muitas adversidades e que fez o que fez depois de ter ganho o Giro. É muito difícil ganhar duas das três maiores provas mundiais na mesma época, mas Froome voltou a mostrar que é possível. E para Dumolin,  que quase fez o mesmo. Foi segundo, batido por Froome em Itália. Voltou a ser segundo em França, mas agora batendo Froome. E não tem uma equipa como a Skype, de Thomas e Froome. Se tivesse...

Campeões da Europa

 

A selecção nacional de futebol de sub 19 é campeão da Europa. O título que vinha sucessivamente fugindo a Portugal foi hoje conquistado na Finlândia, frente à Itália, num jogo de loucos. 

Os jovens portugueses, a melhor equipa do campeonato - talvez a par da francesa, afastada da final pelos italianos, "à italiana" - chegaram a 2-0 à beira da entrada para o último quarto de hora do jogo. Só que, em dois minutos, com eficácia italiana, os transalpinos marcaram por duas vezes, levando o jogo para o prolongamento. Com os jogadores de ambas as equipas a evidenciarem grandes dificuldades físicas, com o inevitável reflexo mental, quando, à beira do intervalo para mudança de campo, a selecção nacional marcou pela terceira vez - no segundo de Jota no jogo e quinto na prova (o jovem do Benfica é  um craque, e foi o melhor jogador da competição e o melhor marcador, juntamente com o bracarense Trincão) - pensou-se que ninguém teria forças para mais.

Puro engano. Logo ao terceiro minuto da segunda parte do prolongamento a Itália voltou a empatar. E logo no minuto seguinte Pedro Correia, um jovem formado no Benfica mas a alinhar no Deportivo da Corunha, fez o quarto golo, que fechou finalmente o resultado.

De loucos. Só visto!

Tour de France 2018 - IV

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Não faltou animação na estapa raínha dos Pirinéus, mas no fim ficou a ideia que, afinal, não foi assim tão bom...

Esperava-se tudo desta etapa que partia do Santuário de Lourdes, ali num dos sopés daquele gigante montanhoso. Tudo o que para trás não tinha ficado resolvido teria de ficar hoje. E não foi bem assim: o que está resolvido, resolvido estava. Ou quase...  Porque é quase sempre assim: quando as expectativas são demasiado altas, o bom não passa de sofrível e o excelente de suficiente.

A etapa foi bem viva, e muito mexida.Toda ela! Houve espectáculo e emoção, mas... Se calhar, numa etapa destas, colocar a meta vinte quilómetros depois do sítio onde ficava melhor, não é grande ideia. O ponto alto (literalmente), o clímax, encontrava-se no topo do L´Aubisque, mas aí só estava a meta de montanha. A da etapa estava em Laruns, 20 quilómetros depois, sempre a descer. Onde só não chegaram 10 corredores juntinhos porque, na descida, um adiantou-se um bocadinho (19 segundos) e outros dois atrasaram-se (12 segundos) outro bocadinho...

Mas uma etapa que faz perder mais de 7 minutos a Quintana - o grande perdedor do dia, talvez a ressentir-se da queda de ontem - e mais do dobro a Alejandro Valverde, não pode ser uma etapa mole

Foram muitos os animadores, incluindo o rei da montanha, o francês Alphaville que, tendo andado muito tempo no grupo de frente, chegou à meta quase 20 minutos depois do polaco Roglic, o vencedor da etapa. E um dos vencedores do dia, ao subir ao terceiro lugar da geral. Mas Bardet e Mikel Landa fizeram tudo o que tinham a fazer para atacar os primeiros lugares, não ficaram a dever nada a ninguém. 

Poderá parecer que não ganharam muito com isso, mas ganharam, e muito, em respeito e admiração. O francês seria terceiro na etapa, batido ao sprint pelo camisola amarela. E fixou-se no oitavo lugar da geral, logo atrás do colombiano: sétimo, na etapa e na geral. Que salvou "a honra do convento" da Movistar, depois do descalabro de Quintana e Valverde.

Mas - the last, not the least - esta etapa confirmou um miúdo de 21 anos como o grande ciclista da próxima década. Chama-se Bernal (na imagem) - Egan Bernal -, é colombiano, integra a equipa da Sky e, apesar da idade, é o pai de Froome. Também de Thomas, mas se hoje, mesmo perdendo o terceiro lugar, Froome não caiu desamparado pela classificação abaixo, foi apenas porque o miúdo o foi lá buscar e o rebocou montanha acima, até o levar ao grupeto dos primeiros. Aí chegado, passou para a frente e foi ele a puxar para ir buscar Bardet, que seguia lá na frente, já sem Landa, e até já sem Majka. Mesmo assim, depois de fazer isso tudo, chegou à meta logo a seguir ao grupo dos primeiros dez, pouco mais de minuto e meio depois do vencedor da etapa. E isto quer dizer duas coisas: a primeira é que, da Colômbia, continuam a chegar, todos os anos, grandes corredores para a elite do ciclismo mundial; e a segunda é que, noutra equipa, em que não tivesse de trabalhar para duas figuras como os dois britânicos, era menino para ganhar o Tour. Já e de caras!

Amanhã o contra-relógio fechará as contas finais. Os dois primeiros estão encontrados, só uma calamidade impedirá o galês de chegar, domingo, de amarelo aos Champs Elysées. E o holandês Dumoulin de ser segundo. Em aberto estará ainda o último lugar do pódio: Froome terá apenas que ganhar 13 segundos a Roglic, tarefa que há bem pouco tempo parecia fácil...

Coisas tremendas

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Há uma semana, a União Europeia era o inimigo. Afinal, já não é... Nem já há guerra... Sem guerra, não há inimigos! 

De repente, de uma semana para a outra, acabou com a guerra das tarifas: "zero tarifas alfandegárias"! 

Agora é que vai ser vender soja. Ou mais uma tremenda vitória da criatura, a entregar aos agricultores americanos o tremendous mercado europeu...

Tour de France 2018 - III

Foto 68905

 

Da última vez que daqui espreitamos o Tour estavam os ciclistas nos Alpes, à beira da subida  ao Alpe d´Huez. 

Foi, como sempre é, uma etapa com história. Porque é uma etapa mítica, e ainda mais espectacular quando, como foi o caso, passa pelo Croix de Fer. Mas também porque foi recheada de incidentes, com particular e indesejável relevo no mau comportamento do público, que não só vaiou - e até, ao que dizem, cuspiu - os dois britãnicos da frente, Thomas e Froome, como provocou a queda, e o posterior abandono, de Nibali a 4 quilómetros da meta. Um dos raros ciclistas vencedor das três grandes competições - Giro, Tour e Vuelta - e, sempre, um dos principais favoritos à vitória.

Nibali ainda se recompôs e cortou a meta, perdendo apenas 13 segundos para o vencedor, Geraint Thomas, o primeiro ciclista na História do Tour a ganhar no Alpe d´Huez com a camisola amarela. Com uma vértebra partida, Nibali rumou directamente para o hospital, deixando a competição muito mais pobre.

Como já se percebeu, ganhando lá no alto, na sua segunda vitória consecutiva, Thomas reforçou nos Alpes a liderança conquistada nos Alpes. E começou a deixar perceber que, ao contrário do que garantira, não tem grandes ideias de entregar a camisola amarela ao seu colega Froome.

Seguiram-se quatro etapas, cada uma com a sua história, mas nenhuma que mudasse grandes coisas. Apenas uma - a 13ª - plana. Que Peter Sagan, também já sem adversários e também já virtual vencedor da camisola verde - basta-lhe chegar a Paris - não deixou fugir. As restantes três eram todas de montanha, de média montanha, à excepção da última, ontem, de entrada nos Pirinéus, e com uma incursão em Espanha, na única vez em que o Tour deste ano passou fronteiras.

Todas etapas com fugas - madrugadoras, numerosas e bem sucedidas. E com um protagonista - o francês Allaphilipe, que integrou todas as fugas, e que, para além de ganhar a etapa de entrada nos Pirinéus, se fartou de ganhar metas de montanha, a ponto de quase ter garantido já a camisola das bolas vermelhas. Bom ... o italiano Gianni Moscon também foi protagonista. Na etapa anterior, a 15ª, que chegou a Carcassone, armou-se em pugilista e foi mais cedo para casa, desfalcando a Sky de uma peça chave para os Pirinéus.

Hoje correu-se uma etapa inédita na História do Tour. Esta sim, a mais curta de sempre, com apenas 65 quilómetros. Mas sempre, sempre a subir. Não teve a espectacularidade que se esperaria, mas também não desiludiu. Nem fez grandes diferenças, essas ficam agora a engrossar o role das expectativas para a decisiva etapa de sexta-feira, a etapa rainha dos Pirinéus com o Col d´Aspin, o Tourmalet e o d`Aubisque.

Surgiu finalmente Nairo Quintana, que ganhou a etapa. Mas não ganhou muito com isso - valeu-lhe apenas a subida ao quinto lugar. E Thomas, terceiro, depois de Daniel Martin, reforçou a liderança arrumando, provavelmente de vez, com Froome. Que foi ainda ultrapassado por Tom Dumoulin, agora segundo da geral. 

Froome já está a mais de 2,5 minutos do seu colega de equipa, mas apenas a pouco mais de meio minuto do holandês. Mas as dificuldades que evidencia contrastam claramente com as facilidades que Tomas revela. E que, se não enganam, tornam-no no rosto do vencedor deste Tour!

 

 

 

Estávamos avisados...

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Perante a tragédia dos incêndios na Grécia é impossível não lembrar o que se passou em Portugal no ano passado, que nunca seremos capazes de esquecer. 

Portugal e Grécia têm muita coisa em comum. A maior delas é a geografia, por muito que muitos, alguns de forma miserável, queiram encontrar outras. E, logo  a seguir, o nível de desenvolvimento que, se calhar, empurra o mais miseráveis para as mais miseráveis comparações.

Em Portugal os incêndios queimaram e mataram no interior desertificado e pobre, e a responsabilidade foi atribuída à macrocefalia do país, de um país virado para o litoral, de costas para o interior. Na Grécia ardeu o litoral, arderam as praias e os resorts, apinhados de gente, e a responsabilidade foi atribuída à especulação imobiliária.

O norte da Europa, atingido pelas altas temperaturas do sul, também está a arder.  Noruega, Finlândia e especialmente a Suécia, estão, como nunca, a ser devastadas por fogos. E no entanto pouco - ou mesmo nada - têm em comum com a Grécia e Portugal.

Por todo o mundo os incêndios estão a tomar proporções nunca vistas, mesmo naquelas zonas mais habituadas a estas catástrofes, como aconteceu há semanas na Nova Zelândia, e na semana passada na Califórnia.

No Japão, mesmo sem incêndios, morre-se por estes dias ... de calor. E noutras regiões com inundações...

Não vale a pena ignorar. Há 30 ou 40 anos que andamos a ser avisados disto pela comunidade científica. Nunca foi dada importância nenhuma a esses avisos, havia sempre coisas mais importantes a tratar. Trump ainda hoje nega isso tudo, e continua a ter coisas mais importantes para fazer...

Estamos já a viver aquilo que muitos de nós, sempre centrados no nosso umbigo e incapazes de ver um bocadinho mais além, julgávamos não acontecer no nosso tempo. Aquilo que sempre pensamos que seria problema dos outros, e muito particularmente dos que cá chegassem depois de nós. 

Claro que não sentimos, todos, os efeitos da mesma maneira. Os mais desenvolvidos terão sempre mais condições para os minorar. Por isso os incêndios matam mais na Grécia e em Portugal que na Suécia ou na Noruega!

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