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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Já não é o primeiro milho...

Sporting de Braga vence Belenenses e sobe à liderança da I Liga

 

Costuma dizer-se que o "primeiro milho é para os pardais". Não é o caso do Braga, que já tem tudo para ser levado a sério.

A sexta jornada do campeonato, em que o Benfica caiu para o terceiro lugar, deixou o Braga isolado no primeiro lugar. Com a particularidade de ter ganho presisamente os quatro pontos que o Benfica já perdeu, ganhando em casa ao Sporting e, fora, ao Chaves. Jogos em que o Benfica foi demasiado perdulário, e o Braga particularmente eficaz.

Está a ser um caso sério, e tem a vantagem de não ter mais nada com que se preocupar que com as competições nacionais, com a obrigação de disputar apenas um jogo por semana. E está com estrelinha, que nunca é coisa de desprezar!

Que foi especialmente evidente no jogo de Chaves (1-0), onde foi claramente inferior ao adversário. E, de novo, hoje, mesmo que acabando com um resultado claro (3-0), mas onde contou com a sorte do jogo, e com asneiras invulgares do Belenenses. 

Antes de começarem os disparates do seu guarda-redes, determinantes nos três golos, o Belenenses desperdiçou três grandes oportunidades de golo, com duas bolas nos ferros.

Para além das circunstâncias de cada jogo, e é bom recordar que apenas perdeu pontos num jogo (nos Açores, com o Santa Clara, na segunda jornada) em que esteve a ganhar por 3-0, o que nunca se poderá considerar normal, o Braga está a demonstrar uma eficácia, um rigor competitivo e uma ambição que legitimam uma séria candidatura ao título nacional.

 

Tema da semana*

 

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Num país em que tanta coisa estranha acontece, o roubo de armas de Tancos não é apenas mais uma. Mais que coisa estranha, é um fenómeno, ou não ficasse Tancos ali para os lados do Entroncamento. De resto, nestas coisas militares, Portugal é todo um imenso Entroncamento. Bem nos lembramos dos submarinos, e de como toda a documentação desapareceu tão misteriosamente como as armas de Tancos. Só que com esse ninguém se preocupou…

Mas voltemos a Tancos, e ao seu fenómeno. Tudo começa em Junho do ano passado, quando alguém consegue assaltar uns paióis que, no mínimo, todos julgaríamos tão inexpugnáveis quanto os cofres-fortes do Banco de Portugal. E roubar armas de guerra, que não dávamos por menos controladas que as notas fabricadas na Casa da Moeda.

Primeira estranheza: nada, de nada disso. A protecção é em rede e arame farpado, e logo vimos o buraco por onde nos quiseram fazer crer que as armas tinham saído. E não estavam sujeitas a controlo nenhum, não havia registos de inventário e a sua custódia era garantida por umas rondas feitas de vez em quando. Quando calhava. E nem sequer se sabia quando teriam sido roubadas…

A partir daí não mais deixamos de ser surpreendidos por coisas cada vez mais estranhas. O fenómeno é tal que, a página tantas, já o próprio ministro dizia que, se calhar, nem tinha havido roubo nenhum. Pelo meio o Chefe do Estado-maior do Exército entretinha-se a demitir oficiais e a readmiti-los logo de seguida. O fenómeno atinge os limites da estranheza quando, 4 meses depois, as armas foram devolvidas – melhor, deixadas ali perto, a 20 quilómetros, com um suposto telefonema de aviso para que as fossem buscar – e toda a gente, militares, ministro e governo, a testar os nossos limites de tolerância, deu o caso por encerrado. E bem resolvido, tão bem que até tinham devolvido material a mais! 

Há dois ou três dias, a cereja no topo do bolo: estava descoberta a “estória” da entrega das armas. A do roubo, é que continua por descobrir… sem que, mais uma vez estranhamente, ninguém se preocupe muito com isso. E não se passou nada. Nada mais que uma disputa entre Polícias Judiciárias, com a da Justiça a ganhar por 8-0 à Militar.

Por favor… levem isto a sério!

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Seferovic? Para jogar bem, há melhor!

 

Não é normal jogar-se à quinta-feira para a Liga, em Portugal. Aconteceu ao Benfica, em Chaves, no arranque da sexta jornada, mas teve para não acontecer: a chuva diluviana que caiu em Trás-os Montes durante a tarde e o início da noite deixou, à hora marcada para o início do jogo, o relvado completamente alagado.

Tudo se resolveu numa hora, e pouco depois das nove e um quarto da noite já a bola rolava. E três minutos depois já descansava bem encostada às redes do Chaves, num belo golo de Rafa, a concluir uma espectacular jogada de contra-ataque: Sefereovic numa abertura espectacular para Cervi que, de pé no fundo, foi por ali fora até cruzar para a entrada de Rafa. 

E o jogo mudava, logo quando acabava de começar. O Chaves teve de procurar assumir o jogo, e o Benfica parecia gostar das novas permissas. Só que as coisas complicaram-se com a lesão de Jardel, ainda mais porque Conti, que o substituiu, entrou mal no jogo. E acabou por sair pior...

Não foram no entanto muito mais que cinco minutos complicados, entre os 15 e os 20 minutos, quando Rafa atirou ao poste, e o Benfica voltou ao seu registo de superioridade sobre o adversário. Entretanto, e com alguma surpresa, o relvado aguentava-se e permitia um jogo interessante.

A segunda parte arrancou em bases bem diferentes das da primeira, e o Benfica voltou àquilo que têm sido os últimos jogos. Domínio claro do jogo, e sucessivas oportunidades de golo: quatro, só no primeiro quarto de hora.

Todas desperdiçadas, com especial destaque para Seferovic. Que até está a jogar bem, e que até foi decisivo nos dois golos da equipa. O problema é que para jogar bem, o Benfica tem muitos outros jogadores, e até melhores. Precisa dele é para marcar golos, e isso, ele não faz.

Quando assim é, quando se desperdiçam sucessivas oportunidades e se deixa o jogo em aberto, correm-se sérios riscos e permite-se que o adversário, a cada oportunidade perdida ganhe novo fôlego.

E o inevitável acabou mesmo por acontecer, da forma mais inacreditável. Não se percebe o que terá passado pela cabeça do guarda-redes do Benfica quando, num livre a 29 metros da baliza, prescinde de barreira - sim, colocar lá dois jogadores, não é barreira nenhuma - e permite um golo de todo inaceitável. A um quarto de hora do fim... 

O Benfica já tinha perdido Gabriel, de novo por lesão. Abriu a nova época da lesão na Luz: quatro nos dois últimos jogos. Entrou Gedson, e como na primeira substituição, também não entrou bem. 

Com o empate, Rui Vitória lançou Jonas.  Mas voltou a ser Rafa, hoje de longe o melhor e finalmente com golo, a voltar a colocar o Benfica por cima no resultado. Faltavam seis minutos para os noventa, e não passava pela cabeça de ninguém que o Benfica não ganhasse o jogo.

Só que, três minutos depois, o árbitro João Capela, que já nos minutos finais da primeria parte transformara um penalti a favor do Benfica num livre fora da área, cobrado disparatadamente pelo Grimaldo, decidiu expulsar o central Conti. Com 10, e com a instabilidade emocional que uma expulsão sempre acarreta nesta fase do jogo, o Benfica permitiu o empate - de novo pelo arménio Ghazaryan (dois remates, dois golos), e de novo com a passadeira estendida, desta vez a partir dos espaços onde já não estava Conti - no último dos 5 minutos de compensação. O segundo em apenas seis jornadas que faz com que, muito provavelmente, chegue ao clássico, na próxima jornada, já atrás do Porto. Com muitas culpas próprias, mais ainda que as do inacreditável João Capela!

 

Mais estranhezas...

 

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Cavaco Silva, juntando-se ao coro de carpideiras por Jona Marques Vidal, classificou de "algo estranhíssimo a sua não recondução".

É estranho que ache estranhíssima a não recondução da ainda Procuradora Geral da República, sem achar estranhíssimo que continuem à solta todos os seus amigos do BPN. Sem achar estranhíssimo que a comissão de honra da sua segunda candidatura à presidência da República mais parecesse o quadro de honra da criminalidade financeira em Portugal. Sem achar estranhíssimo ter até feito deles Conselheiros de Estado. Sem achar estranhíssimo que, como Presidente da República, tenha exortado os portugueses a comprar acções de um banco falido, sem achar estranhíssimo que esse banco tivesse sido o maior e principal financiador da sua campanha. Sem achar estranhíssimo que tenha condecorado todos os que, é hoje claro e indesmentível, mais roubaram e mais destruiram neste país. Todos. sem lhe escapar um ( a excepção de Sócrates, só confirma a regra) ... 

O que não é estranho é que o político (que mais poder teve no país), que não era político, não tenha vergonha na cara. Nem que esteja ainda convencido que o que diz tem alguma importância...

Estranhezas

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Do aparecimento das armas de Tancos, já se conhece a história. Do desaparecimento é que não!

Mas isso - esse estranho chegar ao fim sem passar pelo princípio - já nem sequer é o mais estranho da mais estranha da estórias deste país de coisas estranhas... 

Oportunidade de baliza aberta

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Em comunicação, como infelizmente em tantas outras coisas na vida, o crime compensa. Sempre foi fácil fazer do boato notícia, hoje em dia é ainda mais fácil. Pelos interesses em causa, mas também por miséria jornalística. Nada se investiga, nada se confirma, tudo se copia e tudo se cola, acriticamente e sem qualquer preocupação com a ética e a deontologia jornalistícas. 

A campanha que comunicação do FCP lançou com os e-mails do Benfica - já se sabe do quadro criminal em que foram obtidos, mas nem isso importa agora para o caso - é um exemplo flagrante da facilidade em usar a comunicação para fins de autêntico terrorismo. Durante mais de um ano, a comunicação do Porto, divulgou, manipolou e truncou a seu belo prazer os mails que lhe apeteceu, causando no Benfica vultuosos danos, muitos deles irreparáveis. Toda a comunicação social seguiu e amplificou essa campanha, sem qualquer critério jornalístico e sem validação de coisa nenhuma.

Indpendentemente do que, no mesmo terreno, na comunicação, fez de mal - e fez muita coisa mal feita e pouca, ou nenhuma, bem - ao Benfica competia recorrer aos instrumentos do Estado de Direito para se defender do autêntico ataque terrorista de que estava a ser alvo. Começou por requerer aos tribunais a proibição da continuação da divulgação, apresentou queixa no orgão de regulação da comunicação social, a ERC, e terá naturalmente apresentado à Justiça as competentes acções de natureza criminal e indemnizatória.

Na primeira iniciativa apenas viria a lograr vencimento em segunda instância, a 21 de Fervereiro do corrente, oito meses mais tarde. Mais oito meses de mais mails, usados da mesma forma e com os mesmos fins. De nada lhe valeu.

A segunda resultaria numa deliberação da ERC - tornada pública em 18 de Junho passado, quase um ano depois, e há mais de três meses - que passou despercebida na opinião pública, já que na Comunicação Social não mereceu mais que umas simples notas de rodapé, dando conta que a ERC tinha dado razão ao Benfica no processo dos e-mails. Nada mais do que isso. Nada que levasse quem quer que fosse, a retirar o que quer que fosse ao que fora dito e propagandeado ao longo de horas e horas de televisão, e de páginas e páginas de jornais.  

E no entanto, na sua deliberação (ponto IX, pag.30) a ERC diz que "o modelo folhetinesco semanalmente levado a cabo pelo serviço de programas “Porto Canal” sob a aparência de um trabalho de investigação jornalística e que, a pretexto de um interesse público associado a uma denominada “verdade desportiva”... se traduz afinal num exercício inconsequente, e em cujo âmbito são ignoradas elementares exigências aplicáveis à actividade jornalística"; confirma a violação reiterada da Lei (da Televisão por parte do Porto Canal, e do Estatuto do Jornalista, em particular por Francisco J Marques e por Júlio Magalhães); reprova veementemente a sua conduta, "da qual esteve ausente qualquer propósito sério de informar" com "evidente e porventura irreparável afectação do bom nome e reputação da Queixosa e de terceiros; concluindo, naturalmente, "que pertence ao foro judicial o apuramento de eventuais ilícitos de natureza cível ou criminal que possam resultar do presente caso".

O Relatório que integra a deliberação (aqui integralmente disponível), e que resulta do procedimento de inquérito, refere claramente (ponto 100, pag.24) que Francisco José Marques "fez uma utilização selectiva e descontextualizada "da documentação que apresentou, desprovida de objectividade, e "eivada de propósitos sensacionalistas". Que (ponto 105 e 106) dela fez uma "leitura criteriosamente truncada e interpretação descontextualizada", omitindo "deliberadamente frases inteiras e segmentos de frases" – como o próprio confessa – para levar a "uma interpretação diferente e mesmo diametralmente oposta" ao conteúdo expresso. 

As conclusões do Relatório não deixam dúvidas:

  • Devassa de comunicações (ou de supostas comunicações) privadas, cujo teor e sentido foi ... deliberadamente distorcido, por forma a servir uma narrativa pré-concebida, traduzida num conjunto de afirmações, insinuações e acusações de enorme gravidade, e da qual se encontrava arredado qualquer propósito sério de informar (ou de salvaguarda de uma denominada “verdade desportiva”). (ponto 108);
  • Busca de sensacionalismo concretizada ... por via de uma prática folhetinesca assente na divulgação reiterada, parcial e seriada de documentação privada, acompanhada da promessa de “novas revelações”, e que, através de interpretação não neutra, introduz uma sua leitura interpretativa, junto dos telespectadores, susceptível de insinuação criminal. (ponto 112);
  • Inobservância de um assinalável espectro de deveres aplicáveis à prática jornalística (ponto 113), com o fim de acarretar evidente (e porventura irreparável) afectação do bom nome e reputação da Queixosa, junto da comunidade desportiva em geral e dos adeptos e simpatizantes da instituição SL Benfica em particular, e, porventura, dos seus patrocinadores e outros parceiros institucionais.(ponto 114). 

Tudo isto é dito e escrito por um instituto do Estado de Direito, pelo regulador da Comunicação Social, a actividade tida por pilar do regime democrático. E é tudo isto que a mesma comunicação social olimpicamente despreza e ignora. Como se nada se tivesse passado, e tudo tivesse de seguir para bingo...

Mas, e ainda mais surpreendente, é também sobre tudo isto que a própria comunicação do Benfica passa, como se tivesse mais alguma coisa à mão na única esfera da defesa ao seu alcance. É como, depois de ter desperdiçado todas as pequenas oportunidades de golo, falhar escandalosamente a mais flagrante de todas, de baliza aberta. Imperdoável!

Não há grandes dúvidas, como de resto a própria ERC sinaliza, que abunda matéria a reclamar Justiça. Mas, se agora nada foi feito para resgatar publicamente a honra e o bom nome do Benfica, não será daqui a não sei quantos anos que isso irá acontecer. Com mais ou menos indemnizações, que nunca indemnizarão nada.

 

 

O melhor do mundo

Prémios 'The Best': Luka Modric é o Melhor Jogador do Mundo da FIFA

 

Depois de, surpreendente e injustificadamente, ter sido declarado o melhor para a UEFA, era inevitável que Modric sucedesse hoje a Cristiano Ronaldo como o melhor do mundo, para a FIFA. Ainda assim, pelo que fez no campeonato do mundo, faz mais sentido este prémio que o da UEFA. Isso parece claro.

Como parece claro que é o fim da longa dinastia Messi/Ronaldo que, na maior injustiça do futebol neste século, impediu Iniesta de receber, por uma vez que fosse, o prémio que em tantas ocasiões mereceu. Não tivesse o prémio deste ano tanto de Real Madrid, e diria até que este prémio a Modric ... é também o prémio que faltou a Iniesta. Assim, não posso dizer nada disso.

Posso é dizer que, uma vez mais, Cristiano Ronaldo ficou mal na fotografia. Para além de falta fair paly, e mesmo de falta de respeito pelos seus colegas, a ideia que deixa é a de quem cospe no prato onde comeu... O que, para além de não ser bonito, é bem capaz de não ser o melhor para a fase actual da sua carreira.

E o que será agora do seleccionador nacional, dos jogadores que chegam à selecção, e dos narradores e comentadores que, a propósito e a despropósito de tudo e de nada, andavam sempre com "o melhor do mundo" na boca?  

Não vai ser fácil!

Reacções

A primeira página do Expresso

 

A nomeação da PGR e a decisão de não reconduzir Joana Marques Vidal, ganhou durante o fim-de-semana o espaço mediático que porventura lhe terá faltado de imediato, como na altura aqui referi, com Passos Coelho a falar sozinho. Não quer dizer que tenha sido o único a verdadeiramente contar com aquilo, quer dizer é que, para poder estar na linha da frente, já tinha a carta escrita.

A maior responsabilidade por essa surpresa, e pela falta de reacção imediata, é bem capaz de caber ao Expresso, com aquela primeira página no fim-de-semana anterior, que dava por certa a recondução de Marques Vidal. Da mesma forma que lhe cabe também, e ao grupo de comunicação que integra, a maior fatia de culpa pelo pique mediático do tema no fim-de-semana, todo ele passado a limpar o espalhanço completo daquela primeira página no fim-de-semana anterior.  

Esquisito?

 

 

 

No fim ficou a ideia que este Benfica -  Aves, da quinta jornada da Liga, foi um jogo esquisito. Teve de tudo um pouco, e um resultado muito pouco. Exactamente igual ao que acontecera ontem em Setúbal, quando o jogo, e principalmente o desempenho das equipas, não teve nada a ver.

Com a Luz, de novo, quase cheia, o Benfica não entrou apenas bem. Entrou também com muitas novidades. E estreias. Desde logo com João Félix de início, no lugar de Cervi. Mas também Gabriel, no de Gedson. E com Jonas, finalmente de regresso, no banco. 

Os primeiros três minutos do jogo foram uma coisa raramente vista, com duas oportunidades de golo, daquelas claras, e um golo. Anulado - e bem - mas contingencialmente. E deram o mote para uma primeira parte de excelente nível, com inúmeras oportunidades de golo. Mas um único golo como, de resto, vem sendo hábito.

Um único golo porque, com a equipa do Aves toda metida na área, havia sempre mais uma perna à  frente da bola, mais um desvio, mais uma defesa do guarda-redes, ou até os ferros, a evitar que a bola entrasse finalmente na baliza. O que, diga-se, nem quer dizer que tudo se resuma a uma pura questão de azar. Nem nada que se pareça, como o João Felix superiormente demonstrou. É que, quando os caminhos para a baliza está tão tapados, é preciso mais engenho e arte, só ao alcance dos foras de série. 

E como as coisas estavam, só com classe, com muita classe, o Benfica conseguiria marcar. Até porque, à floresta de pernas dos jogadores do Aves, juntava-se uma arbitragem ... que ... também não surpreendia. Rui Costa não engana, e de VAR estamos conversados...

O VAR não altera em nada de decisivo o que era a arbitragem. Por exemplo, no fora de jogo, antes, as regras diziam que, na dúvida, deveria beneficiar-se o atacante. A questão era a dúvida: num fora de jogo de quilómetros, o fiscal de linha podia sempre refugiar-se na dúvida. "Tive dúvidas"... Na anulação de um golo com o marcador "em linha", não tinha tido dúvidas. Com o VAR passa-se o mesmo. Na anulação do golo contra o Porto, ontem, não teve dúvidas. Na "trancada" do Felipe, ontem, ou no penalti, hoje, sobre o João  Félix, teve dúvidas. E com dúvidas não pode intervir...  E está tudo na mesma, como já todos percebemos!

Com tudo isso, chegando ao intervalo a perder apenas por um golo, os jogadores de José Mota vieram para a segunda parte com o sentimento que estavam dentro do jogo. E que, se tinham saído vivos da primeira parte, podiam tentar mais qualquer coisa na segunda. Desde que, ter-lhes-á dito o seu treinador, aplicassem dureza máxima em cada disputa de bola. Assim fizeram, chegando mesmo a ter alguma dificuldade em escapar à violência. 

Estava-se nisto quando surge a lesão - grave, ao que parece - de João Félix, que continuava a espalhar classe pelo relvado. E, mais tarde, a de Grimaldo. Pelo meio, o Benfica continuava a desperdiçar oportunidades de golo, com nota para uma extraordinária execução de Salvio (ora aí está, a classe) com os ferros da baliza, mais uma vez, a negarem-lhe o golo. E pelo meio o Benfica fez mesmo o segundo golo, por Cervi, que entrara a substituir o lesionado João Félix, e entrou Jonas, finalmente de regresso. Faltavam cerca de 20 minutos para o fim, e só se esperava que marcasse. 

É esquisito que o Jonas jogue, e não marque. Nestes jogos, claro. Mas, mais esquisito ainda, é que o Aves tenha obrigado o guarda-redes do Benfica a três grandes defesas. Também já não estávamos habituados a isso. Se calhar, se o Vlachodimos tem chegado em Janeiro, quando já estava contratado, a época passada teria acabado de outra forma...

 

 

 

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