A sondagem da Multidados para a TVI, ontem divulgada e por isso a mais recente actualmente disponível, contraria a possibilidade de maioria absoluta do PS, que vinha ganhando forma nas últimas semanas, confirma a tendência de subida do BE e, e esta a grande novidade, aponta o PAN como quarta força política nacional, deixando para trás CDU e CDS.
É relevante o afastamento definitivo da possibilidade de maioria absoluta do PS nas legislativas de Outubro, a que os mais recentes acontecimentos, e as mais recentes trapalhadas, provavelmente darão normalidade. É também relevante o crescimento do PAN mas, numa espécie de espiral populista urbana, pouco surpreendente. Ainda por cima, a forte concentração do voto nas duas grande metrópoles do país potencia sempre grandes resultados na hora de eleger deputados. Relevante e surpreendente é o afundamento do CDS!
Os resultados das sucessivas sondagens confirmam que a história de Assunção Cristas candidata a primeira-ministra não passa de um episódio da Rã de La Fontaine. "Presunção e água benta, cada um toma a que quer" - diz o ditado. E sabe-se como Cristas não é muito comedida em presunção, e aprecia água benta...
Mas nada disto seria tão relevante se não se começasse a perceber em Assunção Cristas uma espécie de fuga para a frente, direitinha à sinalização mais marcante da extrema-direita. Se não se começasse a perceber a introdução de alguns ódios e fobias no seu discurso. E isso nota-se nas posições assumidas sobre o acesso à universidade. Ou à saúde...
Não fosse o caso das "golas" ir crescendo todos os dias, e ter já atingido uma dimensão que tapa quase tudo, e hoje seria dia de falar de aeroportos. Do do Montijo, porque foi ontem conhecido o respectivo estudo de impacto ambiental, que vai estar em consulta pública até 19 de Setembro e que, como de costume, nos deu a conhecer mais umas tantas aves desconhecidas que fazem a sua vida no estuário do Tejo. E que vão sofrer com aquilo... Do de Beja, porque o avião que transportou o Benfica desde Boston foi obrigado a permanecer durante 45 minutos - tem lógica, uma parte do jogo - de portas fechadas na pista, sem ninguém de lá sair. Disse-se que o pessoal do SEF, que naturalmente só se desloca para o aeroporto quando é avisado que "vem aí avião", chegou atrasado. Mas do SEF dizem que não... também sem surpresa. Ou do de Faro, que se não fosse em Portugal, onde tudo é possível, dir-se-ia que era do Entroncamento. Que também é Portugal, mas é onde acontece tudo o que é ainda mais inacreditável.
E que tal, caro leitor, se acabasse de aterrar num destino turístico, precisamente num aeroporto que serve o turismo desse destino, que sem ele não existiria - em Portugal até poderia existir, afinal existe Beja -, e se deparasse com um anúncio que, em vez de lhe dar as boas vindas, lhe dizia que estava equivocado, que ali nem pensar em descansar, e que o melhor mesmo seria voltar para trás e procurar uma coisa mais calma?
Pois... No aeroporto de Faro, até ontem, encontrava mesmo isto: "foge da confusão algarvia e descansa em França", em português, inglês e espanhol, promovendo o destino Marselha.
Mas com as "golas" - no fundo com o seu quê de semelhanças com este fenómeno no Algarve - a cavarem cada vez mais fundo e a deixar ainda mais à mostra as misérias das estruturas partidárias no poder, vai lá falar-se de aeroportos. Vai é falar-se do líder do PS de Arouca que, de padeiro em Gaia, passou para adjunto do Secretário de Estado da Protecção Civil, por sua vez o último presidente da Câmara de Arouca, logo feito Secretário de Estado assim que esgotou todos os mandatos na presidência da Câmara, em 2017, justamente em Outubro, por ocasião da segunda vaga dos mais mortíferos incêndios no país. Que apresentou a demissão, dizendo-se o responsável pela selecção do fornecedor das golas, por acaso uma empresa do marido de uma autarca do partido, em Guimarães. E, como estas coisas são como as conversas, que são como as cerejas, já se diz que o filho do Secretário de Estado já vai nuns milhões de euros de negócios com o Estado nos últimos dois anos. E que, por via disso - que "evidentemente" desconhecia -, à luz da lei, deverá ser exonerado. O Secretário de Estado, claro...
Não é por Marques Mendes, na sua homilia dominical da SIC, ter declarado desastrosa a sua actuação que a semana do ministro da Administração Interna foi um desastre. Para ele, para o primeiro-ministro António Costa e, pior que isso, para o país.
O desastre é que na política portuguesa, em vez de se escolherem para ministros pessoas profissionalmente competentes, eticamente inatacáveis, e capazes de assumir as suas responsabilidades, se escolham pessoas pelo dito peso político. Mais a mais quando esse é um peso avaliado numa balança que, em vez de pesar, mede fidelidades.
Em vez de peso pesado da política, Eduardo Cabrita revelou-se apenas um rapazinho de 10 quilos a "brincar com o fogo". Que sempre se disse aos miúdos que dava mau resultado!
Acabaram as últimas pedaladas nos Alpes, amanhã serão as últimas deste Tour, em direcção à consagração final em Paris. À consagração do jovem Egan Bernal, com apenas 22 anos, da Ineos. O primeiro colombiano a ganhar o Tour!
Foram três dias em que aconteceu de tudo, nos Alpes. Tínhamos despedido dos Pirinéus, se bem se lembram, com Pinault como grande vencedor, e Quintana e Bardet como grandes vencidos. Pois... Logo no primeiro dia de Alpes, na quinta-feira, na 18ª etapa, a corrida foi deles. E não fizeram pouco: Quintana ganhou, depois de uma subida extraordinária, em que chegou a alcançar a liderança virtual. E Bardet foi segundo e conquistou a camisola da montanha, que conseguiu segurar e levar até Paris. E no dia seguinte, ontem, Pinault foi obrigado a abandonar, por lesão, depois de ter batido com o joelho ... no guiador. Veja-se bem.
O primeiro dia de Alpes teve uma corrida de loucos, cheia de golpes de teatro. Comecemos pelo fantástico ataque de Quintana que, como já referido, lhe chegou a dar virtualmente a amarela. E foi neste cenário que surpreendentemente vimos a sua equipa, a Movistar, na cabeça do pelotão a comandar a perseguição e a contribuir decisivamente para desfazer essa classificação virtual.
Nos Pirinéus tínhamos visto a Movistar a fazer um trabalho fantástico e Quintana a ficar para trás. Deixamos então aqui uma forte crítica ao corredor colombiano por ter tornado inglório esse esforço. Admitia que, se Quintana não estava em condições de tirar proveito desse trabalho, deveria disso ter informado a equipa. Foi essa a percepção daquele momento. Com o que se viu na quinta-feira, essa percepção foi completamente invertida. A ideia que ficou foi que Quintana e a equipa fizeram a corrida ao avesso, deixando-o para trás quando ele precisava de apoio, e perseguindo-o quando ele precisava que ela o deixasse em paz!
Mas não foi apenas na Movistar que se viram coisas ao contrário. Também na Ineos se viu disso quando, na parte final da etapa, Bernal atacou logo ali a camisola amarela de Alaphilippe e e foi Geraint Thomas, que nunca fez mais nada que ir com os outros da frente, quem assumiu a perseguição. Dir-se-á que também os galês tinha legítimas aspirações a vencer, mas... não foi bonito.
Bonito também não foi, ainda nessa mesma etapa, no sopé de La Sentinelle, ver o alemão Toni Martin, da Jumbo, antigo campeão do mundo, abalroar o britânico Rowe, da Ineos, que respondeu a soco. Foram ambos expulsos da corrida. E bem!
A etapa de ontem não foi apenas a decisiva. Foi a mais insólita, com um final de todo incomum. E com Pinault a despedir-se, em lágrimas.
Bernal, que na véspera tinha dito ao que vinha, roubando o segundo lugar ao seu colega Thomas e deixando a amarela de Alaphilippe presa por minuto e meio, tomou conta das ocorrências e subiu ao Col d’Iseran, a quase 2700 metros de altitude, a dizer que queria trocar a camisola branca, que vestira à 10ª etapa, pela amarela. Quem mais perto dele se chegou foi Simon Yates. Todos ficaram para trás, e muito para trás, num esforço dramático, mas também heróico, ficava Alaphilippe, na despedida da amarela.
No cume do Col d’Iseran faltavam 40 quilómetros para a meta, feitos de uma longa descida e, no fim, mais uma parede de 14 quilómetros para trepar. Só que uns quilómetos mais à frente, lá em baixo, em vez de estrada havia um mar de lama, gelo e pedras deixado por derrocadas provocadas pela intempérie. E aos poucos lá foi chegando a informação aos corredores que a corrida tinha acabado mesmo lá na meta de montanha. Sem vencedor e com os tempos aí registados. Que valeriam a amarela a Bernal, e ainda o segundo lugar a Alaphilippe, provavelmente impossível noutras circunstâncias. Mas também a da montanha a Bardet.
Também a etapa de hoje sofreu com as condições climatéricas, e acabou encurtada de 130 para apenas 59 quilómetros, provavelmente a mais curta etapa em linha do Tour. A diferença é que era do conhecimento de toda a gente, logo à partida.
Foi mesmo assim uma grande corrida. E o ponto final na bonita aventura de Alaphilippe, que perdeu perto de 4 minutos para os da frente (da etapa e da geral) e caiu para o quinto lugar. Ganhou Nibali que, mesmo que muito inconstante, teve bons momentos ao logo da prova. Hoje foi só o melhor!
Dos portugueses ... tudo na mesma. Hoje Rui Costa integrou mais uma vez, em vão, uma fuga. Ainda deu para que a TV lhe desse o nome a um grupo: "group Costa"!
Quando o inferno dos incêndios voltou a instalar-se entre nós, trazendo consigo tudo o que já sabemos que sempre traz – intermináveis debates nas televisões, sempre com gente muito conhecedora do fenómeno em todos os seus ângulos, entrecortados por intermináveis directos de fazer arrepiar – tivemos a notícia da greve dos motoristas, que se iniciará dentro de pouco mais de duas semanas.
O ministro já nos aconselhou a encher os depósitos dos automóveis, coisa que certamente a maioria de nós fará e que bem poderá fazer com que as bombas de gasolina fiquem esgotadas logo no início da greve, em vez de nos habituais dois ou três dias seguintes. Mas enfim…
Para além de combustíveis nos depósitos podem faltar também alimentos nos supermercados e medicamentos nas farmácias, mas aí já não chegaram os conselhos do ministro…
É, em pleno pique das férias, o inferno a estender-se para o litoral, lançando o caos nos hotéis, nas praias, nos restaurantes, nas cidades. É definitivamente tornar a vida dos portugueses num inferno: à maioria estragando-lhes as férias, aos outros, o trabalho. A todos, um país já tão estragado.
Parece que a ideia desta greve é também tornar as eleições num inferno para o governo, ao que consta de uns relatos que por aí andaram. Mas começa também a ficar a ideia que o governo está a levar isso muito a sério.
Para inferno, já lhe chega o que está a arder. E bem pode encontrar um coelho qualquer para, à boca do inferno, tirar de uma qualquer cartola...
Não é a primeira vez que aqui trago capas do i, que é, para mim, sem qualquer dúvida, o líder destacado do campeonato das primeiras páginas dos jornais portugueses. Hoje, esta das laranjas, mesmo com muitas muito azedas, é deliciosa!
Os valores recorde da produção de laranjas podem nem casar muito bem com a agitação laranja que por aí anda, e que, pelo menos até à próxima terça-feira, vai continuar a dar mais batatada que laranjada. Mas que é uma capa cheia de sumo, lá isso é!
Boris Johnson - ou apenas Johnson, como agora pretende na esperança que isso lhe acentue o look de prime minister - vai entrar hoje em Buckingham Palace, para de lá sair empossado chefe do governo de Sua Majestade. Pela própria, Herself!
A partir de agora não temos apenas dois loiros, mesmo que um mais laranja e mais penteadinho que o outro, no eixo Londres - Washington. Temos, mais que dois amigos, dois amigos da mentira descarada e da aldrabice manhosa no centro do mundo. E inimigos de tudo o resto.
Há 40 anos passamos também por esta forte sintonia entre estes dois lados do Atlântico. Tornou-se no mais determinante período histórico do pós-guerra, e foi aí que foi forjado o mundo que temos hoje. Se então, com Regan e Thatcher - que ao pé destes dois até pareceriam grandes estadistas - deu no que deu, imagine-se no que poderá vir a dar desta vez...
Já sabíamos que as velhas Finanças, hoje Autoridade Tributária, se transformaram numa máquina de cobranças coercivas, numa empresa de cobranças do tipo Cobradores do Fraque. Mas sem fraque e sem maneiras...
Não sabíamos é que o negócio está a correr tão bem. Cresce tanto que já representa 11% de toda a sua actividade.
O combate à grande fraude é que deixou praticamente de existir. Se calhar entregaram essa área aos grandes gabinetes de advogados... Eles tratam bem dessas coisas. E doutras, porque no primeiro semestre os gastos do Estado em advogados aumentou em 80%. Por ajuste directo, para ser mais bonito!
Os incêndios regressaram, e com eles se encheram as primeiras páginas de todos os jornais de hoje, como se abriram os noticiários da rádio e da televisão de um fim-de-semana de aflição.
Incêndios, outra vez! E outra vez nos mesmos sítios, nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas de há dois anos. E de sempre: Vila de Rei, Mação, Sertã... Falta Oleiros. Que se passará com Oleiros?
Outra vez falta de meios. Outra vez descoordenação. Outra vez as mesmas palavras de sempre. Outra vez criminosos à solta. Porventura os mesmos, outra vez.
Sem políticos no terreno, a atrapalhar e a meterem os pés pelas mãos. Desta vez.
Volto ao Tour, como prometido, agora no final da segunda das três semanas da prova. E no final da passagem pelos Pirinéus que, se não decide tudo, deixa sempre muito para contar.
Mas a história desta segunda semana do Tour não se esgota nestes dois dias de Pirinéus, ontem e hoje. Antes pelo contrário, foi uma semana cheia.
Tida à partida como uma etapa sem História, na véspera do dia descanso, a décima etapa, entre Saint-Flour e Albi, de 218 km, acabou por se transformar numa das estapas decisivas deste ano, graças ao vento, aos famosos ventos laterais, que sempre fazem estragos. Mais uma vez muitos foram os que ficaram desde logo irremediavelmente atrasados, ou os que, não tendo sido o caso, foram fortemente penalizados, como Thibaut Pinot (Groupama FDJ), Richie Porte (Trek-Segafredo), Rigoberto Uran (EF Education First) e Jakob Fuglsang (Astana), gente com fortes aspirações que logo ali perderam quase dois minutos, que não é coisa pouca na hora das decisões finais.
Depois veio o único contra-relógio individual da prova, em Pau, ali na base dos Pirinèus, onde todos perspectivavam que Julian Alaphilippe fosse obrigado a entregar a camisola. Nada disso, e o francês não se limitou a resistir. Ganhou mesmo, foi surpreendentemente o melhor, numa especialidade que não era tida pelo seu ponto forte. Ganhou em toda a linha, e reforçou a liderança, aumentando bem para lá dos dois minutos a diferença para Geraint Thomas, o principal favorito.
E depois vieram os Pirinèus, com a subida ao Tourmalet logo no primeiro dia, ontem, com Alaphilippe a resistir e a acabar mesmo, com o segundo lugar na etapa, atrás de Pinault, o vencedor - dobradinha francesa - a voltar a reforçar a diferença para o britânico, ganhando-lhe mais 30 segundos, e ganhando-lhe claramente o duelo.
Mesmo sem o mítico Tourmalet, a etapa de hoje, a décima quarta, não era menos difícil. E se não teve uma história completamente diferente - já lá vamos - foi diferente o destino do duelo entre os ainda dois primeiros, já que o francês, que no final do dia de ontem era já apontado como o vencedor deste ano, talvez levado por essa onda, cometeu um erro grave: esqueceu-se que Thomas era ainda o principal adversário e, já sem protecção da equipa, repondeu a ataques a que não podia responder. Acabou por pagar a imprudência e perdeu tudo o que ganhara ao britânico nas duas vezes em que o batera, no contra-relógio e no Tourmalet, e por deixar tudo em aberto.
O vencedor dos Pirinéus, onde chegou em sétimo, a mais de 3 minutos, e donde parte no quarto lugar, mas a poucos segundos do sóbrio kruijswijk, o holandês da Jumbo-visma, terceiro, e de Thomas (Ineos), segundo, e como forte candidato ao triunfo em Paris, foi claramente Pinault, primeiro no Tourmalet e segundo hoje, em Foix Prat D’Albis, atrás de Simon Yates.
Os vencidos são muitos, especialmente o francês Romain Bardet (Ag2r-La Mondiale), um habitué do pódio, e quase dramaticamente o colombiano Nairo Quintana (Movistar), depois do notável trabalho que a sua equipa desenvolveu nos Pirinéus em seu proveito. Na etapa de ontem o colombiano falhou rotundamente, depois da sua equipa ter destruído praticamente todo o pelotão, num esforço inglório que Quintana não soube respeitar (exigia-se, no mínimo, que informasse a equipa que não estava em condições de corresponder a todo aquele esforço dos colegas). Na de hoje ficou no grupo da frente, com o apoio de mais dois colegas de equipa, numa fuga que o chegou a deixar como líder virtual, e acabou em vigésimo, a 3 minutos de Simon Yates. Entrou nos Pirinéus como favorito, até porque, à excepção do contra-relógio, sempre o seu calcanhar de Aquiles, tudo lhe tinha corrido bem. E saiu na 13ª posição, a oito minutos e meio de Alaphilippe.
Dos portugueses não reza a História deste Tour. Nem tanto pela classificação geral: Rui Costa (UAE - Emirates) em 57º, Nelson Oliveira (Movistar) em 96º e José Gonçalves (Katusha) em 127º. Mas porque não têm feito nada que valha história. Rui Costa o melhor que fez foi o oitavo lugar na 12ª etapa, depois de finalmente conseguir entrar numa fuga (numerosa) mas de não acompanhar os que de lá sairam para a meta. Já o melhor de Nelson Oliveira foi o 11º lugar no contra-relógio, a sua especialidade, 13ª etapa.
Amanhã é dia de descanso. O segundo e último. Seguem-se duas etapas para roladores e sprinters e, depois, os Alpes, em três dias que tudo se decide. Se nada de anormal acontecer entre Pinault, kruijswijk, Thomas e Alaphilippe.
Há dois franceses que podem chegar a Paris de amarelo. Há muitos anos, mais de trinta, que os franceses não vêm uma coisa dessas!