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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Os americanos votam hoje para escolher o seu presidente. Dizem as sondagens que há empate técnico, que não é certo que Obama bata Romney… O que acharia estranho se não tivesse os americanos em tão má conta!

É verdade, até pode ser preconceito, mas acho mesmo que um país desenvolvido – o mais desenvolvido, acham eles - com as crenças e práticas religiosas que por lá se encontram, fechado sobre si mesmo, onde apenas 4% da população tem passaporte, não pode ser tido em grande conta. Admitir que gente que diz que a mulher não engravida por violação, porque o seu organismo dispõe de mecanismos de defesa para o efeito, possa mandar na ainda maior potência mundial faz-me alguma comichão!

Mas enfim, é assim …

Fui dos que, há quatro anos, vibraram com a eleição de Obama. Mas também dos que viram frustradas as esperanças que aí tinham depositado. Hoje, Obama já não tem só a energia que tinha há quatro anos: também já não tem a capacidade de nos fazer sonhar. Mas, mesmo assim, se eu pudesse votar – provavelmente não faz sentido, mas acho que todos os cidadãos ocidentais deveriam poder votar na eleição presidencial americana -, voltaria a votar Obama!

Não sei se o Sandy tem influência na votação: houve quem dissesse que sim, que Obama estaria a tirar dividendos da gestão da crise, mas a verdade é que as sondagens não desequilibram. Mas parece que vai ter influência no apuramento dos resultados – muitos sistemas de comunicações continuam ainda por recuperar, muita coisa está ainda por repor, como se percebeu pela anulação da maratona de Nova Iorque.

O suspense irá, até por isso, ser maior, mais polongado que em 2000, quando o Bush (filho) ganhou a Al Gore, mesmo com menos votos.

Serão muitos os too close to call!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Há mais de um quarto de século que se não via este carro chegar à frente. Ganhar e ocupar o lugar mais alto do pódio.

A última vez que um Lotus ganhara aconteceu nos Estados Unidos, em 1987, pela mão e pelo talento único de Ayrton Senna…

Depois de anos de afastamento, a Lotus regressou o ano passado ao circo da fórmula 1. Com o verde, o very british Jaguar green… Este ano voltou ao seu preto e dourado – como Raikkonen, depois de dois anos perdido pelos ralis, regressou à especialidade máxima do desporto automóvel, a sua praia – ganhou, e tudo ficou finalmente perfeito!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

O jogo, o jogo de futebol como a vida, precisa em muitas circunstâncias de romper com o status quo, de pedradas no charco, de agitar as águas… São como revoluções que alteram equilíbrios e introduzem novas dinâmicas que abrem novos caminhos!

É aí que o futebolês vai buscar os movimentos de rotura: exactamente movimentos que rompem os equilíbrios estabelecidos, que geram perturbações na equipa adversária, que agitam o jogo. São movimentos surpreendentes, que espalham a surpresa e o pânico na defesa adversária.

É a desmarcação perfeita a responder a uma solicitação de um passe inesperado. Aí está: surpreendente! Longo, a virar subitamente o flanco, ou curto, mas preciso a rasgar a defesa. A desequilibrar, a romper…

É o que o Sporting não consegue fazer no jogo, no campo. Como não consegue movimentos de rotura no jogo jogado - como se diz em futebolês – tenta-os do lado de fora do jogo para romper com um fado que tem já a marca do destino. E para isso vai sucessivamente ensaiando movimentos de rotura com treinadores e dirigentes, imolando-os no fogo em que se vai também consumindo, mas também com a sua identidade e a sua história.

O Sporting não rompe só com treinadores, directores e administradores, rompe com a história e com a própria alma. Rompe com uma história de aposta na formação, e com o orgulho na sua Academia quando, no primeiro jogo de seu novo treinador – único treinador estrangeiro no futebol nacional, também uma rotura - apresenta um onze com um jogador da formação, com um português: o guarda-redes Rui Patrício. Que mantém apenas porque, ao contrário do objectivo óbvio da sua administração, não conseguiu vendê-lo no Verão passado!

Quando os movimentos de rotura são estes, e não os que no relvado surpreendem e desequilibram adversários, os treinadores passam e os maus resultados ficam. São já sete jogos consecutivos sem ganhar, estão batidos todos os recordes… O Sporting, à beira de se concluir o primeiro terço do campeonato, está ao nível da linha de água… E a treze pontos daqueles com que diz querer ombrear!

Há muito que há fortes movimentos de rotura em Alvalade...

Noite mágica em Haifa

Está bem agarrado a raízes profundas este extraordinário futebol do Benfica. Ninguém diria que as sementes que Schemidt começou a semear no início do Verão desenvolveriam tão rapidamente raízes tão sólidas e profundas.

Só essas raízes explicam tudo o que de épico e extraordinário aconteceu nesta noite de glória de Haifa. 

Sem Enzo, até aqui peça fundamental desta máquina de futebol de Schemidt, impedido pelo castigo pelos dois cartões amarelos, havia Aursenes. Já tinha dado garantias de ser capaz de manter a máquina a funcionar em pleno. Só que o norueguês não resistiu mais que meia hora, tendo de sair lesionado. Porque um mal nunca vem só, pelas mesmas razões, e em simultâneo, também Gonçalo Ramos abandonou o jogo. Duas substituições "queimadas" logo à meia hora!

Ficou a ideia que ambas as lesões não seriam motivo de impedimento imediato de ambos. Que o treinador do Benfica simplesmente entendeu não arriscar que pequenas lesões se transformassem em lesões mais graves. E que, sabendo da robustez das raízes, não teve qualquer receio em fazer o que entendeu, e bem, que tinha de fazer.

E isto é bom senso, confiança e coragem!

Apoiado por um ambiente daqueles que empurram qualquer equipa muito para lá dos seus limites, com o estádio repleto de uma massa humana tomada de um entusiasmo fanático, focados no objectivo do terceiro lugar no grupo, que lhes garantia prosseguir a temporada na Liga Europa, o Maccabi Haifa entrou no jogo a todo o gás, pressionando em todos os metros quadrados do campo, e disputando cada bola como se fosse a última.

Nada a que este Benfica não esteja habituado. A equipa sabe o que tem a fazer nessas condições, não treme. Sabe que depois desse tempo vem outro, o seu. E depressa!

Voltou a ser depressa, nesta noite. Bastaram cinco ou seis minutos para o Benfica esvaziar o ímpeto inicial da equipa israelita, e colocar em pleno funcionamento a sua máquina de futebol, e esperar que ela comece a produzir oportunidades de golo.

A primeira chegou de imediato, mas a bola rematada por Gonçalo Ramos preferiu o poste à rede da baliza israelita. Pouco depois, a segunda, num extraordinário remate de Rafa, que o guarda-redes Cohen defendeu de forma verdadeiramente extraordinária. Às três foi de vez: da cabeça de Otamendi, a responder ao passe espectacular de Aursenes a mudar o flanco do jogo, cruzar toda a área,  à cabeça de Gonçalo Ramos para o golo. Tinha o jogo apenas 20 minutos, e já dono. Só o Benfica mandava.

Só que jogo é jogo e, seis minutos depois, o VAR conseguiu convencer o inglês Anthony Taylor que Bah jogara a bola com a mão. Assinalou mais um penálti manhoso - ontem foi também assim que o Sporting foi afastado da Champions e, já em última hora, remetido para a Liga Europa - e o Maccabi empatou.

Nada, mais uma vez, a que o Benfica não esteja habituado. Por isso reagiu, como sempre. Só que logo de imediato surgiram as lesões de Aursenes e Gonçalo Ramos, substituídos por Chiquinho e Musa, e temeu-se pela capacidade de reacção. Até porque as coisas também não estavam a sair bem a Neres.

Nada disso. João Mário recuou para o lado do Florentino, não para fazer de Aursenes, ou de Enzo, mas para fazer o que sabe fazer, e bem, naquela posição. E foi quase como se nada tivesse acontecido.

Mantendo-se o empate, e com o público sempre a puxar pelos jogadores, o Maccabi repetiu na entrada para a segunda parte o que fizera na primeira. E lá voltou o Benfica a fazer, também, o mesmo. Só que, desta vez, mais depressa e ainda melhor!

Bastaram pouco mais de dez minutos para que Musa (finalmente) marcasse, igualmente à terceira oportunidade de golo criada, e acabasse com a resistência israelita, após grande assistência de Bah. Em grande. Dez minutos depois Grimaldo fez o que sabe fazer bem, e marcou o terceiro, num livre primorosamente cobrado, silenciando as bancadas e desbaratando por completo o adversário, já em completo desespero. Mais quatro minutos, e Neres, já recuperado, assistiu para o belíssimo golo de Rafa.

Faltavam dois golos, e mais de um quarto de hora de jogo para, mantendo-se o resultado em Turim, onde o PSG ganhava por 2-1 à Juventus, chegar ao primeiro lugar no grupo.

Tranquilamente, Schemidt decidiu poupar as duas estrelas, que acabavam de construir o quarto golo. Ou refrescar a equipa?

Entraram Diogo Gonçalves e, finalmente, o miúdo Henrique Araújo. O primeiro só não fez o quinto porque a bola teimou em ir outra vez ao poste. O miúdo, em pouco tempo mostrou tudo o que se sabe que vale. E marcou o quinto, a dois minutos dos 90, com selo de marca registada. Aquela desmarcação, e aquela finalização, é marca de Henrique Araújo!

Festejava-se o golo quando, de novo tranquilamente, como se não estivesse a um golo do objectivo maior para esta Champions, Schemidt nos quis dizer que o Lucas Veríssimo está finalmente de volta. Na euforia da celebração quase não dávamos pela entrada do internacional brasileiro, em substituição do menino António.

Faltava um golo. E lá estava João Mário. Em noite de gala, com tanta diversidade de marcadores, merecia ser a ele a marcar o golo mágico. Jogava-se o segundo dos três (mais uma maldade do Sr Taylor) minutos de compensação, e era o final perfeito para uma noite de glória!

O Benfica atingia 14 pontos. Nunca antes lá tinha chegado. O PSG, também. Mas essa era a sua obrigação. Com 16 golos marcados e 7 sofridos. O PSG, também. Tinham empatado ambos os jogos, a um golo. 

Teve de se recorrer ao sexto e penúltimo critério de desempate. O Benfica tinha marcado mais três golos fora de casa que o PSG. Era primeiro no grupo!

Poderia ser pelas bolas nos ferros. Não é. Mas aí também o Benfica ganharia!

Ninguém acreditaria nisto, há meses, na altura do sorteio. Ninguém, ontem,  hoje, ao início do jogo, ou mais ainda ao minuto 30 do jogo, acreditaria ser possível superar a diferença de golos dos ricos de Paris.

O que de melhor que tínhamos para acreditar era que estivéssemos agora a lamentar os golos desperdiçados nos dois jogos com a Juventus, ou mesmo as duas bolas de hoje ao poste. É esta a dimensão épica desta mágica noite de Haifa! 

Há 10 anos

 

Diz-se que já não se escrevem cartas. Que hoje em dia as pessoas comunicam por sms ou por e-mail… Com uma linguagem própria, que mata mais a língua de Camões e Pessoa que o próprio Acordo Ortográfico!

Exige-se uma resposta pronta e patriótica… Salvar a carta é um imperativo nacional!

É nestas horas difíceis que se vê a fibra e a massa de que são feitos os grandes estadistas. E os verdadeiros líderes!

A carta está sã e salva. Refundada... Viva a carta!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Num dia, Passos Coelho pede publicamente ajuda a Seguro para a reforma do Estado. Ao fim da manhã do dia seguinte, Portas encerra o debate de aprovação do Orçamento declarando-se convencido do apoio do PS para o efeito. À noite, Marques Mendes, que acumula as funções de comentador com a de portador das notícias que o governo não quer dar, anuncia que o FMI já cá está a tratar do assunto. E avança até com o anúncio de decisões já tomadas!

Trapalhada? Má fé?

Palavras para quê? Como dizia o anúncio:é um artista português

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