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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Faltou um bocadinho assim – lembrando um anúncio a um iogurte que por aí andava. O Real Madrid esteve perto de dar a volta à eliminatória perdida… há uma semana em Dortmund. Faltou um golo. O tal bocadinho assim!

Mais que esse bocadinho assim, faltou Cristiano Ronaldo. Não fosse isso e o bocadinho que faltou não teria faltado.

A equipa de Mourinho fez 15 minutos do outro mundo – o primeiro quarto de hora foi espectacular, de uma intensidade fantástica e, evidentemente, impossível de sustentar por muito mais tempo – e dez fantásticos: os últimos dez minutos do jogo. No primeiro quarto de hora criou quatro oportunidades claras de golo. Mas não fez nenhum. Nos últimos dez minutos fez dois, e bem podia ter feito outro. O tal!

Pelo meio a equipa alemã foi sempre superior, como já havia sido na Alemanha. O que quer dizer que a equipa de Cristiano, Coentrão – ambos em campo – Pepe e Ricardo Carvalho – ambos de fora – cedo esgotou as pilhas. Duraram quinze minutos, porque naqueles últimos dez já não foram pilhas a movimentar a equipa: foi o golo. Foi aquele golo aos 82 minutos que fez ressuscitar a equipa para os dez minutos finais. O outro, logo a seguir, apenas prendeu toda a gente ao jogo até ao apito final do Sr Howard Webb, cinco minutos depois dos 90!

Prometedor

Benfica vence em Barcelos com dois golos na reta final

Sabe-se que, chegados aqui, nesta ponta final do campeonato todos os jogos são difíceis. O desta noite, em Barcelos, era, já por isso, difícil. Acrescia que o Minho, esta época, se tinha transformado em maldição. A qualidade do Gil Vicente e, hoje mais ainda, a motivação dos seus jogadores para este jogo.

Aqui chegados, sem margem de erro, o Benfica tem de entrar nestes jogos para os resolver o mais cedo possível, de forma a evitar que a ansiedade tome conta dos jogadores (e dos adeptos), e alimente ainda mais a motivação dos adversários. E começou logo por dar sinais dessa vontade, impondo o seu habitual plano de futebol. O tal para que Roger Schemidt não tem alternativa. O tal plano B que não tem.

As coisas saíam bem, a bola circulava certinha, e ia ficando a ideia que tendo, a bola, e tratando-a tão bem, tudo se encaminhava para que o jogo se começasse a resolver cedo, como era imperativo. Percebeu-se que não era bem isso que estava a acontecer quando, aos 10 minutos, o Gil Vicente fez o primeiro remate do jogo. E depois fez o segundo, e o terceiro...

Chegou a primeira parte a meio, e o Benfica sem conseguir rematar à baliza. Havia sempre mais uma perna à frente da bola, sempre mais um corte no limite, na hora de rematar. E assim não se resolvem jogos. 

A partir daí, do meio da primeira parte, começou então a surgir um ou outro remate. E a bola até começou a entrar na baliza do Andrew, o tal guarda-redes que o Porto pretende a todo custo contratar. Ou pretendia, até hoje...

Só que sem contar, em ambas as vezes por fora de jogo, bem assinalados. De resto essa foi uma das habilidades de Fábio Veríssimo, e da sua equipa. Se o fora de jogo não lhes deixava dúvidas, deixavam concluir a jogada, e assinalavam-no depois, cumprindo a lei. Se lhes deixava dúvidas - já para não dizer que tinham a certeza que não existia - assinalavam de imediato. Incumprindo a lei, e matando a jogada à nascença, não fosse ela acabar em golo, que o VAR teria de validar.

E começaram finalmente a surgir oportunidades de golo. Umas falhadas - Neres, João Mário e Grimaldo, finalmente alguém a perceber que também se pode rematar fora da área  -, outras anuladas por defesas do guarda-redes gilista, capazes de deixar o Diogo Costa com insónias. Só no mesmo minuto (44) tirou o golo a Florentino e a Neres, com duas grandes defesas.

A velocidade do jogo do Benfica não era a maior, nem a última decisão a melhor, mas o Benfica dominava claramente o jogo. Mas não tinha o adversário dominado, que alternava a defesa porfiada com toda a gente lá atrás, com uma pressão alta eficaz e perturbadora, cada vez mais confiante, e capaz de espalhar o sofrimento pelos adeptos do Benfica, que voltaram a dizer presente, esgotando o Cidade de Barcelos.

Esperavam-se alterações para a segunda parte, mas Roger Schemidt voltou a não ter pressa, e deixou a equipa na mesma. O primeiro quarto de hora foi uma cópia da primeira parte, com as mesmas virtudes e defeitos. E terminou com mais um remate de meia distância de Tiba, para uma boa defesa de Odysseas e, finalmente, o cartão amarelo para Carraça que, invariavelmente - até porque não tinha grande apoio na sua faixa -, recorria à falta para travar Grimaldo e quem mais lhe aparecesse pela frente.

À entrada para a última meia hora do jogo Schemidt mexeu finalmente na equipa, com a entrada de Gilberto e Gonçalo Guedes, para as saídas de Neres e João Mário. Neres tinha perdido algum fulgor, e  João Mário, decididamente longe da forma com que nos surpreendeu na maior parte da época, nunca o tinha chegado a ter. Gonçalo Guedes tinha de entrar, e substituía bem qualquer dos dois. Gilberto ... é que não lembrava ao diabo. 

Dá o que pode. Mas pode pouco. A verdade é que Aursenes, mesmo sendo pau para toda a obra, não é grande coisa como lateral direito. E não o estava a ser. Passou para o lugar de Neres, na direita, e nem foi preciso exigir mais a Gilberto do que o que ele pode, para resultar. 

Dez minutos depois, nova dupla mexida: saíram Gonçalo Ramos (o mais penalizado pela quebra da pressão alta que a equipa antes fazia, e já não faz) e Florentino. Entraram o inevitável Musa e ... Chiquinho. Voltava a não lembrar ao diabo... Só que resultou, e de imediato!

A primeira vez que tocou na bola foi para responder, com um grande remate de cabeça, na zona da marca de penálti, ao cruzamento de Aursenes, da direita. E assim marcar o golo que fez explodir de alegria o Cidade de Barcelos, repleto de benfiquistas. Outros, mais energúmenos que benfiquistas, fizeram explodir outras coisas, que certamente vão custar caro.

A 20 minutos do fim a bola entrara, finalmente. O mais difícil estava feito. O Benfica acentuou ainda mais o seu domínio, e aproximou-se do nível exibicional capaz de devolver aos jogadores a confiança de que precisam para as últimas batalhas. 

Nunca faltou tranquilidade à equipa, e o segundo golo, a cinco minutos dos 90, acabou com as dúvidas. E voltou a obrigar-nos a olhar para Fábio Veríssimo, que assinalou o penálti que Grimaldo converteu no 2-0 final. Há dois penáltis consecutivos, mas o árbitro não viu nenhum. Foi chamado pelo VAR, e acabou por marcar o segundo, por mão de um defesa do Gil, na disputa da bola com Musa. Quando, antes, o Carraça puxara o braço a Otamendi, impedindo-o de rematar para golo. E teria de ter sido esse a ser assinalado, com a consequente expulsão do jogador do Porto emprestado ao Gil Vicente.

Poderia e deveria ter sido outro o resultado, tantas as oportunidades de golo criadas e desperdiçadas. Na última, tudo foi feito como devia ter sido, mas o toque de classe de Musa acabou com a bola na barra. E na recarga Rafa - está a regressar, lenta mas seguramente - voltou a falhar. Da exibição, mais do que aquilo que na realidade foi, fica o que de prometedora teve.

"Estava mesmo a pedi-las" ...

António Costa determinou que João Galamba teria de verificar todas as  faturas da Endesa a ser pagas pelo Estado? - Polígrafo

"Se queres conhecer alguém, dá-lhe poder"...

Esta afirmação, que há mais de um século é utilizada pelo mundo fora, e nos mais diversos palcos, atribuída a Abraham Lincoln,  16º Presidente dos Estados Unidos - entre 1861 e 1865, quando foi assassinado, fez há poucos dias 168 anos -, foi recentemente desmentida pelos "fact check" da actualidade.

Dizem que não há prova que alguma vez tenha sido proferida pelo mítico presidente americano, mas será sempre mais uma, das muitas que lhe são atribuídas como legado, e que eventualmente não tenham ainda passado por este crivo dos polígrafos, que a contemporaneidade das redes sociais vem impondo à comunicação.

Com ou sem a "marca registada" de Lincoln, fez carreira e ganhou vida. E veio-me à memória propósito dos últimos e escaldantes episódios da já eternizada rábula da TAP,  agora com João Galamba no papel principal de "enterrar" o governo ainda mais fundo. 

Se já se conhecia do que era João Galamba capaz, apenas com o poder do Sócrates, por que raio terá António Costa decidido dar-lhe poder em nome próprio?

"Estava mesmo a pedi-las". Agora aguente-se ... cada vez mais enchafurdado.

 

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Foi uma semana dominada pelo consenso.

O presidente apelou ao consenso, mas parece que pouco mais faz que quebrá-lo. Ou que avisar… Bem avisar!

O governo quer estender para fora o consenso que não existe lá dentro. Nos conselhos de ministros parece que já pouco falta para andar tudo à batatada… Até Vítor Gaspar apela ao consenso, e chama-lhe agora consenso esclarecido, quando o único consenso é correr com ele. Se forem capazes…

Consenso, consenso é no PS. O congresso deste fim-de-semana foi mesmo para mostrar ao Presidente e ao Governo que consenso é com eles. António José Seguro é ele próprio o consenso, eleito com mais de 96% dos votos. Na nova Comissão Política não podia haver mais consenso…

É até consensual que Seguro aplaudiu o discurso de Cavaco. Não aplaudiu de pé, é certo. Foi apenas sentado, o que - é consensual - faz toda a diferença. E não põe em causa o consenso no PS contra o discurso de facção do presidente…

 

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

São ambos colombianos, ambos os nomes começam por J e ambos bem anglófonos, com apelidos bem latinos. Se ambos falham os penaltis que generosamente têm para marcar, por que é que um é “Rames” e o outro não é “Rackson”?

Os cravos, mais uma vez...

Marcelo fala em “esperança na mudança”, Santos Silva e PS na “estabilidade”  | Revolução dos Cravos | PÚBLICO

Tudo correu como esperado. Lula foi recebido no dia 25 de Abril na Assembleia da República, mas não esteve no 25 de Abril da Assembleia da República. Bem pensado por Augusto Santos Silva, dizia Marcelo, ainda a caminho.

A Iniciativa Liberal representou-se apenas pelo seu líder, o Ventura fez o seu número, e Augusto Santos Silva voltou a "dar-lhe", com força - "chega de envergonhar Portugal" - e pediu desculpa pela vergonha. Aplaudido por todas as restantes bancadas, menos uma. A do PCP. O que se repetiria no discurso de Lula ... quando condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Lula aprende, sem surpreender. O PCP não. Nunca aprende, nem nunca surpreende.

Lá se foi Lula, a tempo de ir almoçar a Madrid, e de se iniciar a sessão oficial das comemorações, deixando tranquilos todos os que achavam indigna a sua participação. Os cravos já lá estavam, no seu sítio. E no peito da maior parte dos presentes, incluindo no de Lula.

Os cravos, sempre os cravos a dividir uns dos outros. E lá estavam os militares de Abril, os que sobram. Dos antigos Presidentes da República, nem isso. Apenas Ramalho Eanes. Os outros já partiram, e Cavaco voltou a mostrar que ... não faz falta. E que porventura nem é digno de o ter sido.

E começaram os discursos. A propósito, e com propósito, com maior ou menor inspiração, mais ou menos arrebatadores. Bem construído o de Rui Tavares, e bem articulado com a exaltação da obra de Chico Buarque - que ontem recebeu, finalmente, o Prémio Camões de 2019, cuja entrega havia sido sucessivamente boicotada por Bolsonaro -, e bem lido, ou bem representado, o de Catarina Martins.

Todos de cravo, à excepção de Rui Rocha. Que fez mal em deixar-se ficar sozinho ("o outro" não conta). Até porque nem Joaquim Miranda Sarmento o negou, mesmo quando todos os deputados do grupo parlamentar que lidera os deixavam inertes na bancada, à sua frente.

Para Marcelo, já se sabe, cravo só na mão. Não discretamente na mão, porque Marcelo num é discreto. Mas ambiguamente na mão, na permanente obsessão de agradar a todos.

Chegada a hora dos discursos dos mais altos magistrados do Estado, Augusto Santos Silva optou por recados ao Presidente Marcelo. Criou uma figura - o "tempo democrático" - para encaminhar o discurso para a estabilidade da legislatura, para lhe dizer que páre lá com a conversa da dissolução do parlamento. Que é "tempo democrático" que dita a duração das maiorias e não a sofreguidão do poder.

Marcelo não surpreendeu ao responder, sem responder, que é o povo o "efectivo garante da estabilidade", e que em democracia "há sempre a possibilidade de se criar caminhos diversos". Também não surpreendeu ao defender a presença de Lula, explicando-a mais em jeito de se desculpar pelo o imbróglio que ele próprio criou, e que alastrou para polémica, do que de outra coisa. Onde surpreendeu foi na forma como explicou muitas coisas ao Chega. Como se fossem muito burros...

Que não são. Pelo menos, ele, "o outro", não é. É muito esperto a explorar a "burrice" dos outros!

 

 

E eles ... pimba!

Ativistas mostram rabo ao primeiro-ministro no aniversário do PS

O PS fez 50 anos, uma idade bonita, mas que não podia ter caído em pior altura. Todos os dias são bons para fazer anos, mas, e logo no cinquentenário, estes, que correm, não correm nada bem.

Mesmo assim António Costa fez-se à festa, como se não fosse nada com ele. Como é costume...

Não foi bonita a festa, pá. Começou com uma sessão de rabinhos ao léu, passou por mais um número de Costa, a tirar da cartola uma maioria absoluta ... em eleições europeias, e acabou com Quim Barreiros. A dar o "bacalhau a cheirar", porque já chega de "mamar nos peitos da cabritinha".

A poucos dias do 49 anos do 25 de Abril, os 50 do PS mereciam outra coisa. O PS dos cinquenta é que não merece muito mais. Nem já dá para mais que isto! 

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

O governo olhou finalmente para a economia. Depois de mais uma maratona de conselho de ministros, lá surgiu mais um pacote de estímulo à economia... Que só olha para um lado: o da oferta!

O governo tem este problema congénito: só consegue olhar para um lado... Nunca consegue olhar para mais que um lado!

Acha que para estimular a economia basta incentivar a oferta. Acha que os empresários, só porque têm acesso a crédito ou IRC mais baixo, vão desatar a investir e a criar postos de trabalho.

Do lado da procura... nada! Nem mesmo estando obrigado ao pagamento do subsídio de férias dos funcionários públicos, que ora é de férias ora de natal...  Sem procura, investir para quê?

Ah! Para exportação. Também me parecia!

Não vale a pena: esta gente não vai lá...

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