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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Gostava de ter escrito isto

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"São assim as primeiras páginas dos principais jornais desportivos espanhóis, hoje. Fosse em Portugal e a A Bola e o Record tinham o Amorim na primeira página, e o O Jogo o Samu ou uma treta qualquer do Pinto da Costa. É a diferença entre futebol e futebolite, entre uma das melhores e mais competitivas ligas do mundo e uma liga insignificante, uma liguilla".

José Simões - Der Terrorist

 

André Freire (1961-2024)

andré - Visto de Macau

É necrologia, a notícia da morte de André Freire, um politólogo, como agora se diz.

Um investigador de ciência política e das ciências sociais. Dos melhores, que desapareceu das televisões por não encaixar no comentário político monocórdico, monocromático e subserviente que inunda o espaço mediático.

Mas é mais: André Freire foi submetido a uma simples intervenção cirúrgica a um ombro num hospital privado. Algo correu mal, e foi transferido para um público. Tarde de mais, pelo desfecho.

Soube-se porque era uma figura pública. Nos muitos outros casos idênticos nunca se chega a saber. Sabe-se é quando corre mal nos hospitais públicos. Aí não faltam televisões à porta, nem especialistas a declarar a morte súbita do SNS, estrangulado por "amarras ideológicas".

 

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Há muito que este governo bateu o recorde de trapalhadas do governo de Santana Lopes, a que há 10 anos o presidente Jorge Sampaio teve de colocar ponto final. Como Passos Coelho também há muito percebeu que é um tipo com mais sorte que Santana -  o menino guerreiro é mesmo um mal amado, agora até há um tipo que, só para o deixar a salivar, não aparece a reclamar os 190 milhões do euromilhões - e que pode continuar a somar trapalhadas, já sabemos que irá continuar assim até às eleições.

Passos já diz uma coisa de manhã e outra à tarde, uma numa semana e outra na seguinte. Mas hoje foi mais longe: num discurso escrito, repunha os salários dos funcionários públicos em 2016 como, de resto, determinou o Tribunal Constitucional. Logo a seguir, meia hora depois, nada disso, e garantia que encontraria formas  para que esses salários fossem apenas repostos, ao tal ritmo de 20% ao ano, em 2019. E mesmo assim ainda há quem venha dizer que se há coisa de que não podem acusá-lo é de falta de coerência. Francamente!

Não menos trapalhada foi ouvir também hoje Paulo Portas, na conferência dos 25 anos do Diário Económico, dizer que, por ele, a reforma do Estado está feita. Fez o trabalho que lhe competia: fez o guião e apresentou-o em conselho de ministros. Que gora é com os ministros!

Para qualificar esta trapalhada não é preciso lembrar que o governo está a chegar ao fim do mandato sem ter tocado o que quer que fosse na estrutura e organização do Estado. Nem sequer é preciso lembrarmo-nos desse famoso guião. Basta recordar que o tema da reforma do Estado foi agora recuperado justamente por Passos Coelho para, na sucessão das picardias destas últimas semanas, entalar Paulo Portas. E reforçar o estado deprimente da coligação!

Muita Luz na magia de Di Maria

Numa noite chuvosa, num jogo com o Santa Clara, para a Taça da Liga, 50 mil na Luz. É isto!

Para além - bem para além - desta fantástica relação dos benfiquistas com a equipa e com a Catedral, o jogo valeu pelo ainda mais fantástico golo de Di Maria. Devia ter acabado ali, aos 70 minutos, naquele momento sublime.

Não acabou, e ainda bem. Porque Pavlidis marcou, finalmente. E por duas vezes. Bisou, e já tinha sido ele a fazer a assistência para a obra prima de Di Maria. E porque ajudou a esquecer o que se passara antes. Nem tanto em todos os 70 minutos anteriores, mas principalmente nos 45 minutos iniciais.

É isso. A primeira parte foi fraquinha, o Benfica jogou muito pouco, mesmo.

Bruno Lage não fez assim tantas alterações na equipa. O adversário fez até muito mais: oito, pelo que ouvi dizer. 

Se considerarmos que a entrada de António Silva é a coisa mais natural deste mundo, que Beste já vinha sendo titular, e que Arthur Cabral já começava a surgir como alternativa à seca de Pavlidis, restam Amdouni e Renato Sanches como verdadeiras alterações no onze base. E na verdade apenas Di Maria e Kokçu foram poupados.

Mas pouco. A primeira parte foi tão má que Bruno Lage se viu obrigado a repor tudo, tirando logo ao intervalo precisamente Amdouni e Renato Sanches. Não é que os outros estivessem a jogar bem - nem Aursenes, que não sabe jogar mal, se salvara - mas eram mesmo os elos mais fracos. 

Amdouni poderá ter a desculpa de ser peixe fora de água na ala direita. E seria muito difícil que pudesse fazer de Di Maria. Pelo que se viu, ninguém pode. O internacional suíço menos que outros. E o Renato Sanches, independentemente do estado de recuperação, do sucesso que todos lhe desejamos, e do que gostaríamos que lhe acontecesse no Benfica, não encaixa no desenho do futebol da equipa.

E logo no arranque da segunda parte se começou a ver que era outro o Benfica em campo, as oportunidades de golo (duas apenas na primeira parte) começaram a repetir-se sucessivamente. Faltava marcar. A meio da segunda parte, na terceira substituição, retirando Beste (reconheço-lhe utilidade, mas confesso que não me entusiasma como titular na ala esquerda) para entrar Pavlidis, para o lado de Cabral, e fazer regressar Aktürkoğlu à ala esquerda, Lage resolvia finalmente o problema. Em 10 minutos!

Quatro minutos depois de entrar, Pavlidis assistiu para o golão de Di Maria. Cinco minutos depois, marcou. E outros cinco depois, voltou a marcar, fechando o resultado que poderia ter sido ainda bem mais ampliado.

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Pires de Lima anda com Paulo Portas pelo México onde, para além de levarem umas tampas do ora mais rico do mundo - que já é outra vez - ora ex-mais rico do mundo - o mexicano Carlos Slim, ali sempre lado a lado com Bill Gates - vão mandando umas bocas sobre tudo e mais alguma coisa. Claro que a coisa que mais os preocupa é mesmo essa da coligação para as eleições que aí vêm, tudo o resto são coisas à volta dessa coisa... É de tal forma assim que Pires de Lima já não faz outra coisa que entrar na onda de Portas, e adoptou já aquele registo estridente pouco dado à seriredade e ao rigor.

Foi nesse registo que veio hoje anunciar que Portugal surge em 25º lugar nos melhores países para fazer negócios: “É muito importante conhecer hoje que Portugal progrediu do 31º para o 25º lugar no ranking ‘Doing Business’. Que "o país é mais amigo de fazer negócio", à frente de meio mundo. Claro que não explicou as razões dessa classificação. Que não disse que "o país é mais amigo de fazer negócio" porque  o IRS não pára de subir enquanto o IRC desce. Porque os despedimentos são mais fáceis e muito mais baratos. Porque as horas extraordinárias são mais baratas e os salários são mais baixos. Muito menos que o país pode ser "amigo de fazer negócios", mas que tem uma enorme dificuldade em ser amigo dos portugueses, na linha da teoria do líder parlamentar do PSD, segundo a qual o país está melhor, os portugueses é que ainda não.

Nada disso vale coisa nenhuma, o que lhe importa é cavalgar a onda de Portas e, à toa, concluir que "nós, portugueses, somos melhores a fazer negócios ... do que estas nações, com as quais gostamos de nos comparar”. Mesmo que na verdade, nesse mesmo ranking ‘Doing Business’, do Banco Mundial, Portugal tenha, pelo contrário, caído do 23º lugar (do ano passado) para o 25º, como é explicado no Observador!

É que, com estes critérios que tanto orgulham Pires de Lima, haverá sempre mais e mais países amigos de fazer negócio... 

A ironia do epitáfio

Livro de Pinto da Costa revelado: uma bandeira do FC Porto e um caixão -  Desporto - SAPO 24

Há declarações capazes de definir em poucas palavras toda uma personagem, e toda uma vida, por mais longa e cheia (de tudo) que tenha sido. E há pessoas capazes de as fazer sobre si próprias. Ao declarar ontem, sobre o seu funeral, na apresentação de um livro com um caixão na capa, que “não quero ver lá ninguém de luto, de preto, quero ver toda a gente vestida de azul, porque o azul é cor do céu, a cor do manto da Nossa Senhora e a cor do FC Porto, Pinto da Costa demonstrou-o.

Já tinha dito quem não quer "ver" no funeral. Ontem acrescentou como não quer "ver" os que lá quer "ver". "Ver" depois de morto não é a afamada "fina ironia" de Pinto da Costa. É Pinto da Costa a ditar o seu próprio epitáfio, inevitavelmente centrado no auto-endeusamento!

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Manuel Pinho, o antigo ministro da economia de José Sócrates traído por aquele gesto aqui de cima - lembram-se? - e exemplar dessa espécie nada rara e longe da extinção que corria do BES para o governo e vice-versa, exige agora, nessa mesma condição, qualquer coisa como 2 milhões de euros por conta de uma reforma antecipada prometida por Ricardo Salgado. Tudo isto  porque, no início do ano, foi interrompido o pagamento de um salário mensal (14 meses por ano) bruto de 39 mil euros. Que recebia por contrapartida de nada, de trabalho nenhum, pago por uma holding sem actividade - BES África, que detinha o BES Angola, donde voaram os tais 6 mil milhões de euros.

Não se sabe se com ou sem o conhecimento de Pinho, que há uns anos está a dar aulas de energias renováveis nos EUA!

O que se sabe é que vai processar o banco para receber esse valor. Não se sabe bem qual, mas desconfio que seja o bom... O novo, aquele que nós pagamos!

Luz acesa

Quatro dias depois da desilusão na Champions as luzes voltaram a acender-se na Luz. Não tão cheia, apenas perto disso, no regresso ao campeonato, um mês depois, para receber o Rio Ave.

Bruno Lage apresentou uma alteração em relação ao seu onze habitual. E não, não foi Otamendi a sair da equipa, como de alguma forma era esperado - pelas últimas exibições, mas mais por, na ante-visão do jogo, o treinador do Benfica ter referido que não atendia a estatutos - , foi Florentino. Entrou Beste, para a ala esquerda, donde saiu Akturkoglu, para jogar como segundo avançado, atrás de Pavlidis.

Foi uma única alteração no onze, mas uma mudança radical na equipa, com um meio campo, entregue a Kokçu e a Aursenes, mais dado ao risco, mais de tabelas, mais virado para o ataque. Em suma, mais dinâmico, que deu à equipa mais energia.

Beste foi o extremo esquerdo, à moda antiga. Akturkoglu aproveitou aquela posição para fazer a diferença ... e marcar golos. E a energia trazida à equipa acabou por fazer desta a melhor exibição do Benfica de Bruno Lage.

Não se começou logo a notar que iria ser assim. Pelo contrário, os primeiros dez minutos nem foram prometedores. O jogo parecia andar aos solavancos, mas o golo - logo aos 12 minutos, à primeira oportunidade, com Akturkoglu no sítio certo para rematar uma bola perdida na área vilacondense -  desentupiu aquilo tudo. Logo a seguir, apenas quatro minutos depois, o jogador turco bisou, desta vez ganhando de cabeça, ele que é baixinho, uma bola entre o defesa e o guarda-redes adversários. À segunda oportunidade, segundo golo. E a partir daí a máquina de produzir futebol passou a funcionar certinha, que nem um relógio suíço.

A de marcar golos, que começara mais afinada, é que passou a apresentar falhas. Ainda assim o intervalo não chegaria sem Akturkoglu fechar o hat-trick, em circunstâncias muito semelhantes às do primeiro, e acabando logo ali com a questão da escolha do homem do jogo.

A segunda parte acentuou a discrepância entre as duas máquinas. O Benfica produzia muito, mas não marcava. Porque emergiu finalmente o guarda-redes do Rio Ave - o polaco Miszta, em promissora estreia -, mas muito por ... Pavlidis. Os colegas faziam tudo para lhe oferecer o golo, mas isso só facilitava a tarefa à defesa adversária. O avançado grego desesperava. Apenas conseguiu uma finalização, num remate facilmente defendido pelo guarda-redes contrário. No resto, ou acabava em fora de jogo, ou em individualismo fracassado.

Fez bem Bruno Lage em envolvê-lo logo na primeira leva de substituições, no fim do primeiro quarto de hora, que mantiveram - ou até melhoraram - a energia da equipa e libertaram-na daquela ansiedade. Saiu com  Akturkoglu (bem visto!) para entrarem Cabral e Amdouni.

A segunda leva teve o mesmo resultado, com Schjelderup e Renato Sanches nos lugares de Di Maria e Aursenes (mais duas grandes exibições), e até ao fim a equipa não descansou na procura de mais golos, que dessem ao resultado uma expressão minimamente compatível com a avalanche de futebol produzida. Arthur Cabral e Schjelderup quase marcaram logo na primeira intervenção mas, por mais brilhantes que fossem as jogadas, e por mais claras que fossem as oportunidades para golo, parecia que só Akturkoglu estava autorizado a marcar. E esse há muito que tinha saído!

Em dois minutos - aos 79  (Schjelderup, em estreia a marcar) e aos 81 (Amdouni) - o resultado subiu para os 5-0, e por aí ficou. Curto, para as mais de uma dúzia de ocasiões claras de golo criadas, num jogo que remeteu o da passada quarta-feira para o caixote dos acidentes.

Divisões inventadas

Não. Lisboa não esteve dividida entre "Justiça para Odair" e Polícias sem medo". Isso é uma invenção do Diário de Notícias, porventura intencional.

Nem Lisboa esteve dividida, nem a dimensão das manifestações é susceptível de evocar divisão. 

Numa, estiveram cerca de dez mil pessoas, em protesto contra a violência policial e as condições de vida de uma larga franja de portugueses teimosamente marginalizados. Noutra, duzentas pessoas, entre os 50 de deputados, e as dezenas de assessores e avençados do partido de André Ventura, com o fim - único - de o promover e de o defender dos crimes que diariamente pratica. 

Nem que para isso tenham de fazer uma revolução!

 

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