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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

António Costa tem todo o direito de pedir maioria basoluta. É legítimo, e até oportuno, que o faça ao encerrar o congresso. Mas... sustentado em méritos próprios... Através de chantagem ou de ameaça é que não!

Não é democraticamente aceitável que António Costa peça ao eleitorado uma maioria absoluta argumentando que, se assim não for, o país perderá um ou dois meses a negociar uma coligação, prolongando a agonia da governação deste governo. Isso não argumento, é ameaça!

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Pedro Passos Coelho continua, nesta altura do campeonato - voltou a fazê-lo nesta entrevista à RTP - a reclamar entendimentos com o PS, vá lá saber-se por quê. Mas, sobre o entendimento alcançado sobre os subsídios vitalícios dos detentores de cargos políticos, nada... António Costa, voltou hoje a dizê-lo em pleno congresso, nem quer ouvir falar disso. Mas, da mesma forma, faz de conta que não se passou nada nessa tentativa concertada de repôr aqueles subsídios. 

Talvez porque a Isabel Moreira, estranhamente quem mais colocara o pescoço no cepo, já tratou de matar e enterrar o assunto ... 

 

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Beneficiando de informação previlegiada decide comprar os terrenos onde irão ser construídas as instalações do IPO. Ali para Oeiras, que tem bons ares... E como essa de ir ao Totta é do passado, foi ao BPN dos amigos e criou o homeland. A coisa deu para o torto, o IPO ainda continua em Palhavã e os terrenos deixaram de valer um chavo...

Não há problema... O BPN era para isto mesmo, que se lixe a pátria (homeland). Não havia ninguém para matar... E Duarte Lima foi hoje condenado a dez anos de prisão e a devolver uma pequena parte do dinheiro. Agora há que passar aos outros... Faltam tantos!

Emoções fortes no Mónaco

Jogo de emoções fortes, no Mónaco. Se o futebol é emoção, este jogo da terceira vitória do Benfica nesta edição da Champions, foi um grande jogo de futebol. Cinco golos já são garantia de emoção e espectáculo. Quando os golos dão voltas e reviravoltas ao marcador, mais ainda. Há quem lhes chame "jogos de loucos"!

Esperava-se um bom jogo: o Mónaco é uma equipa cheia de jovens com imenso talento, que circula muito bem a bola - estava no top da posse de bola na Champions - , mas também a mais eficaz nas chamadas transições rápidas. Ao fim das anteriores quatro jornadas estava no topo da classificação, só com vitórias (incluindo uma sobre o Barcelona) e apenas um empate. E o actual estado de forma do Benfica, é garantia de qualidade de futebol. 

O Mónaco entrou a confirmar tudo o que se esperava e, cedo, logo aos 13 minutos, na segunda das duas oportunidades que criou, marcou. O Benfica, que pareceu ter entrado adormecido, reagiu ao golo, e não só equilibrou rapidamente o jogo como passou para cima. Até ao intervalo só o Benfica criou oportunidades, e bem poderia ter marcado por mais que uma vez. Di Maria, isolado, aos 37 minutos, Otamendi, no minuto seguinte, e Aktürkoğlu aos 40, dispuseram de excelentes condições para marcar.

Com Florentino amarelado logo aos cinco minutos, e Carreras à meia hora, os jogadores do Mónaco - que são novos mas não inocentes - carregaram sobre eles à procura do segundo amarelo. Fossem os senhores da Sport TV os árbitros e bem que o teriam conseguido.

Esperava-se que ao intervalo Bruno Lage retirasse o Florentino, já que para Carreras não tinha alternativa se não arriscar. Mas não, e vieram os mesmos onze para a segunda parte. Tinha razão, Bruno Lage, como se veria logo que o retirou do campo.

A segunda parte arrancou com a loucura ao mais alto expoente. Embolo rodou sobre Otamendi e atirou ao poste. Na resposta, num erro clamoroso do defesa brasileiro Caio Henrique, Pavlidis empatou. Dois minutos depois, em contra-ataque, o Mónaco voltou a marcar. O golo de Akliouche seria anulado pelo VAR, por fora de jogo do marcador. Imediatamente a seguir, com uma defesa enorme, o guarda-redes Majecki evitou novo golo de Pavlidis. E quatro minutos depois Bah marcou um belo golo, depois de um recital de Di Maria. O golo seria também anulado pelo VAR por fora de jogo milimétrico de Di Maria.

Tudo isto em 10 minutos. Mas logo a seguir, aos 13 - ou aos 58 - o cutelo do segundo amarelo caiu mas sobre a cabeça do defesa central Singo. Como o jogo estava, e com superioridade numérica, só se podia esperar pelo cheque mate do Benfica.

Mas não. O treinador do Mónaco mexeu na equipa e conseguiu dar-lhe equilíbrio. Bruno Lage reagiu a seguir, tirando finalmente Florentino, porventura a pensar que poderia passar pela cabeça do árbitro equilibrar as coisas em campo. Dois minutos depois de Florentino sair, aos 67, na posição onde ele já não estava, e com a defesa do Benfica paralisada não se sabe por quê, surgiu Magassa a rematar à vontade, e a marcar o segundo do Mónaco.

A equipa não conseguia tirar qualquer vantagem da superioridade numérica. Pelo contrário, o Mónaco estava tão por cima do jogo quanto estivera no primeiro quarto de hora do desafio. Os adeptos - entre eles os maluquinhos das tochas, a voltarem a fazer merda  -, em maioria no Estádio Luís II, iam puxando pela equipa, mas ela tardava em responder.

Até que, de repente, por obra e génio de Di Maria, Cabral voou para a bola, empatou o jogo, e deixou ver que ainda era possível ganhar aquele jogo. E foi. Bastaram quatro minutos, já com Leandro Barreiro em campo, a substituir Aursenes (foi quem mais acusou a saída de Florentino) para Di Maria (o homem do jogo, para a UEFA e para toda a gente) voltar a repetir génio e arte para, num golpe de cabeça perfeito, Amdouni marcar o terceiro.

Da vitória. Justa e justificada. O Benfica foi melhor. Teve mais bola que a equipa com mais bola da Champions até aqui. Atacou o dobro. Rematou o dobro. E teve mais do dobro das oportunidades de golo.

É só uma dúvida

Decisão de Gouveia e Melo não trava Marques Mendes

As presidenciais começam a mexer, e os motores a aquecer. O Tó Zé Seguro deu à costa, dez anos depois, e diz que sim, que vai a jogo. Não convence muita gente, há os que preferem o Centeno. Que não diz, mas também vai a jogo. E ainda poderá surgir Guterres, que as coisas não lhe estão a correr pelo melhor lá por Nova Iorque.

O Marques Mendes há anos que prepara a coisa, seguindo à risca o road map de Marcelo. E o Santana Lopes, já se sabe, é danado para a brincadeira.

No meio disto tudo está o almirante Gouveia e Melo, conhecido por ter posto na ordem uma campanha de vacinação. E como o que a malta gosta é de quem os ponha na ordem, as sondagens dão-no já por imbatível.

Não se lhe conhece uma ideia. Se calhar não tem mesmo uma sequer. É lamentável - dir-se-á - que se possa eleger um Presidente da República sem se lhe conhecer uma ideia. Ser militar também não será dos mais saudáveis sinais. Não sei é se isto diz mais sobres os portugueses se sobre todos os outros candidatos já perfilados.

Mas é só uma dúvida. 

Há 10 anos

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Não gostei da entrevista do primeiro-ministro e, francamente, não gostei do entrevistador. Não trouxe nada de novo, e creio que o João Adelino Faria ficou muito aquém do que, no momento actual, se exigia. Talvez por a entrevista ter sido agendada – e pensada – antes dos últimos acontecimentos…

Não me interessa muito que o primeiro-ministro tenha confirmado a participação do governo na resolução do BES, desmentindo a ministra das finanças. Nem que recupere o tema do enriquecimento ilícito, o que acho muito bem. Mas acharia ainda melhor que a maioria aproveitasse para, desta vez, tratar seriamente do assunto evitando introduzir-lhe, propositadamente ou não, inconstitucionalidades e impraticabilidades.

Também não me interessa muito que tenha enviado o recado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao BES. A conclusão que pediu à CPI já estava encomendada, já se sabia que não havia qualquer falha de supervisão do Banco de Portugal. E que a resolução era a única solução possível, na linha do guião da inevitabilidade que o governo apregoa.

Mas já me interessa, e preocupa, que Passos Coelho, na sua velha retórica de colocar o público contra o privado, ache que a corrupção é própria e exclusiva do que é público. E que por isso não há corrupção no que aconteceu no BPN, no BPP ou no BES… E por isso criar a confusão entre intervenção do Estado e a corrupção. E achar que evitar a destruição da PT seria criar condições para a corrupção… Coisa com que a política dos vistos gold não tem nada a ver...

Não me interessa, nem me preocupa, que Passos Coelho ache que o país lhe deve gratidão, e que não pode ser ingrato nas próximas eleições. Mas já me interessa e preocupa que queira que os portugueses julguem que tudo está resolvido, quando continuam sem emprego, sem os salários e as pensões que lhe tiraram, sem património que lhes valha, e afogados em impostos e em dívidas. Sem que isso tenha resolvido coisa nenhuma…  

Há 10 anos

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Entre muitas coisas imperceptíveis, outras sem qualquer sentido e até recados para o juiz, e com ar de quem queria bater nos jornalistas todos, percebeu-se que Mário Soares, à saída da visita que fez a Sócrates esta manhã, disse que "toda a gente acredita na inocência neste país" e que "os malandros estão a combater um homem que foi um primeiro-ministro exemplar!»

Não sei o que mais incomoda: se aquilo que se percebeu, se o que não deu sequer para perceber. Se o que se percebeu pode até gerar indignação, o que se não percebeu só dá pena ...

Nem com rosas

AO MINUTO | Aguiar-Branco lembra que "Soares foi fixe" e o "legado" que  deixou. Marcelo defende que "não existe contradição" em evocar o 25 de  novembro e o 25 de Abril - CNN Portugal

Com o PSD meio envergonhado por ter permitido aquilo, e a IL a fazer daquilo apenas e só uma birra, a "sessão solene de comemoração do 25 de Novembro" acabou por transformar a Assembleia da República numa taberna.

Não é a primeira vez que o Parlamento faz de taberna, mas é a primeira vez que faz de taberna solene, decorada com rosas brancas. O taberneiro, esse é sempre o mesmo. Sem solenidade, nem rosas!  

Há 10 anos

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Parece evidente que a Justiça entrou numa nova fase.  Não sei se decorre da mudança na Procuradoria Geral da República. Ou se, por outro lado, terá alguma coisa a ver com a percepção, por parte do poder judicial e perante a degradação geral das instituições, que teria de assumir as suas responsablidades perante o país. Que tinha de dar um sinal de esperança aos portugueses. Poderá ter tudo a ver com tudo isso, como poderá não ter nada a ver com isso... Não importa, o que importa e é inegável, é que a Justiça perdeu o medo de afrontar os poderosos. E que isso abre uma nova era!

Esta é uma mudança que tem de se saudar. Por muito que choque muita gente, que preferiria manter a paz podre, continuando a varrer toda a porcaria para debaixo do tapete.

Como Clara Ferreira Alves, aterrorizada  com esta "Justiça de terceiro mundo" que "ataca o regime e o que ele representa", sem cuidar de exactamente do ponto a que o regime chegou. E do que representa ... Como Pedro Adão e Silva, que diz que "temos na sociedade portuguesa um exercício de poder da parte das magistraturas com muita arrogância e que questiona os alicerces do Estado democrático", sem questionar o estado em que estão esses alicerces. Ou como o anterior PGR, Pinto Monteiro, que ao explicar a infeliz coincidência do seu almoço da semana passada com Sócrates, diz que "está a haver um aproveitamento político num caso jurídico" e que há agora "uma promiscuidade entre política e justiça", quando não enxerga que é ele próprio que surge aos olhos dos portugueses como agente principal dessa promiscuidade.
Claro que há problemas. Claro que não é aceitável que continuemos a assistir a fugas de informação. Não é admissível que certos orgãos de comunicação social - sempre os mesmos - tenham acesso a informação que deveria estar protegida. Não é tolerável que estações de televisão assistam à detenção, nem que um jornal tivesse uma edição especial pronta a sair. Também não é de bom gosto que as televisões façam disto uma telenovela, e disso já a Justiça não tem culpa nenhuma. Mas não se tome a núvem por Juno!

E acima de tudo desmacare-se quem usa as tribunas de opinião e uma suposta isenção jornalística para virar tudo ao contrário. Que é o que fazem Clara Ferreira Alves e Pedro Adão e Silva, que chegou há momentos, na SIC Notícias, ao desplante de afirmar que, ao decretar a prisão preventiva para Sòcrates, o juiz estava a negar-lhe a presunção da inocência e a afirmar a presunção da culpa!

Mitos do 25 de Novembro

Comemorações do 25 de Novembro: Livre "encosta" PSD à extrema-direita, CDS  fala em "concretização" de

Do processo histórico que se sucedeu ao derrube do regime ditatorial velho de 48 anos, iniciado com o golpe de Estado de 25 de Abril 1974, é parte marcante um período de dois anos que poderemos dar por concluído com as primeiras eleições legislativas, em 25 de Abril de 1976. 

Nesse curto período - mas riquíssimo como nenhum outro na História de Portugal - qualquer historiador encontrará sete datas marcantes: 25 de Abril de 1974, naturalmente, 28 de Setembro do mesmo ano, 11 de Março, 25 de Abril e 25 de Novembro de 1975,  e 2 e 25 de Abril de 1976. 

Se retirarmos, não por critérios de importância, mas apenas de organização de ideias, 25 de Abril de 1975, data das primeiras eleições livres em Portugal, com 97% da participação eleitoral, para eleger a Assembleia Constituinte; 2 de Abril de 1976, data de aprovação da Constituição, e 25 de Abril de 1976, data das primeiras eleições legislativas, restam as quatro que mais associamos a momentos do processo histórico do 25 de Abril: o próprio 25 de Abril, o 28 de Setembro, o 11 de Março e o 25 de Novembro.

Em 25 de Abril de 1974 mudou tudo. Caiu todo um regime, e com ele caiu tudo o que o sustentava, mas também tudo o que ele sustentava. Não sobrou nada. Não é por muitos anos depois termos vindo a perceber que tanta coisa afinal tinha ficado, que deixa de ser verdade que, naquele momento, caiu tudo. 

Em 28 de Setembro de 1974 - na segunda (a primeira já tinha levado à queda do I governo Provisório, em 11 de Julho) tentativa de Spínola de tomar conta o regime - caiu o Presidente da República e o governo, o II Provisório. 

Em 11 de Março de 1975 - mais uma vez Spínola, desta em explícito golpe militar -  mudou muita coisa. Acabou a Junta de Salvação Nacional, substituída pelo Conselho da Revolução. Foram decretadas as nacionalizações (banca, seguros e principais empresas industriais), avançou a reforma agrária, e voltou a mudar o governo. Do III para o IV provisório.

Em 25 de Novembro de 1975 não mudou nada. Foi a única destas datas em que nada mudou!

Com o 11 de Março abriu-se o PREC (Processo Revolucionário em Curso). As nacionalizações, a reforma agrária, as ocupações (de terras, mas também de empresas), e a rua - as manifestações populares -  eram a expressão da revolução, em contra-mão com os resultados das eleições constituintes. 

Desta contradição surgiu o "Verão quente", em que o país se dividiu perigosamente ao meio. Sedes dos partidos alinhados com o PREC, e em especial do PCP, eram incendiadas por todo o Norte e Centro do país. Mário Soares assumiu a liderança política da oposição ao governo de Vasco Gonçalves, exigindo a sua demissão. Retirou o PS do então do IV governo provisório, levando à sua queda e substituição pelo V, ainda e sempre chefiado por Vasco Gonçalves, já sem PS e PPD (na forma, também sem o PCP), em 8 de Agosto. Utilizou também a "rua", e fez daquele comício da Fonte Luminosa, em 19 de Junho de 1975, que encheu toda a Alameda D. Afonso Henriques, a demonstração que tinha o poder dos votos, mas também o da mobilização popular.

Em 7 de Agosto um grupo de militares do Conselho da Revolução - o grupo dos 9, liderado por Melo Antunes, e que integrava Vasco Lourenço, Pezarat Correia, Franco Charais, Canto e Castro, Costa Neves, Sousa e Castro, Vítor Alves e Vítor Crespo - publicou um documento ("documento dos nove", também chamado "documento Melo Antunes") que rapidamente alcançou amplo apoio militar. Defendia um MFA isento relativamente aos partidos, e a criação de um amplo bloco social de apoio de um projecto nacional de transição para o socialismo. Era a resposta ao Documento "Aliança Povo/MFA", apresentado um mês antes, que acelerava "a via revolucionária".

O amplo consenso militar do "documento dos nove" - e a ampla expressão eleitoral do apoio político que se lhe juntou - teve consequências praticamente imediatas. Em 19 de Setembro Vasco Gonçalves foi demitido e foi empossado o VI Governo Provisório, chefiado por Pinheiro de Azevedo. Depois, Otelo Saraiva de Carvalho foi substituído no Comando da Região Militar de Lisboa por Vasco Lourenço. As restantes já eram comandadas por membros do grupo dos nove.

Na realidade o que havia a mudar, já estava mudado. Em 25 de Novembro de 1975 nada mudou. Emergiu Ramalho Eanes, até aí uma personagem desconhecida, e dir-se-á que não foi pouco.

Mas também na altura não foi muito. É ele próprio que em entrevista escrita ao Sol diz que o seu protagonismo se esgota no clássico aforismo: "O homem é o homem e a sua circunstância". Melo Antunes tinha-lhe pedido para preparar uma operação militar para a eventualidade de - algures no processo - ser necessário algum tipo de intervenção. Nunca foi, como ele próprio conta, com tudo a ser sempre resolvido com civilidade entre Costa Gomes, o Presidente da República, Otelo e Melo Antunes.

Sim, o Jaime Neves saiu com os comandos e os seus chaimites da Amadora, e passeou ali pela Ajuda, em frente ao quartel da Polícia Militar, comandado pelo major Tomé. E houve até um morto. Mas nem Eanes consegue explicar o que se passou.

Pode ser que amanhã, na sessão solene que a direita conseguiu impor na Assembleia da República para assinalar pela primeira vez esta data, alguém o consiga explicar alguma coisa. 

Mas não será fácil. O mais provável é que tudo se fique pela velha e esgotada narrativa. Porque, e é o insuspeito Miguel Pinheiro que todos os partidos da direita decidiram adulterar a História para ganhar uma bandeira. Ou o ainda menos insuspeito Jaime Nogueira Pinto a dizer que, se “a História é feita pelos vencedores”,  o 25 de Novembro é a excepção que confirma a regra.

Pode ser que alguém lembre a esta gente, amanhã solenemente engalanada, que logo a seguir, apenas quatro meses depois, foi aprovada a Constituição que no artigo 1º enunciava o empenho de Portugal na construção de uma sociedade sem classes, e no 2º vinculava o Estado ao objetivo de assegurar a transição para o socialismo.

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