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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

Olhe pra trás para conseguir olhar pra frente - hubpme - portal de negócios  do Noroeste Paulista

Tenho insistentemente aqui trazido a tese, já suficientemente demonstrada, que o Benfica de Jorge Jesus – e de Luís Filipe Vieira, não só porque já começam a estar umbilicalmente ligados, mas pelo autêntico ciclo vicioso criado pelo presidente (compra – vende para financiar o que compra – compra para substituir o que vendeu) – só começa a funcionar em Janeiro.

Está mais que provado que é assim, e dificilmente poderá ser de outra maneira. A história repete-se anualmente, quando a equipa deveria estar a preparar a época, faltam jogadores, invariavelmente com férias desencontradas pelo envolvimento nas diferentes selecções, e a pré-época é sempre feita com jogadores que acabam por nunca chegar à competição. Uns porque vão embora, outros porque nunca lhes será dada oportunidade para isso. A época de transferências fecha a 31 de Agosto, já com todas as competições em andamento e, por estratégia ou por falta dela, acaba por sempre nessa altura que se dão as saídas. Quando já se percebe que o que se comprou não serve e já não há tempo de corrigir, mesmo que nesta época, de forma verdadeiramente excepcional e irrepetível, tenha surgido esse verdadeiro achado que é Jonas, já após o encerramento do período de transferências – apenas e só possível por estar desempregado – e até das inscrições para a Champions.

Que é assim, não há dúvidas. Que as incidências de cada início de época condicionam, também não. Difícil de explicar é que, acontecendo em Dezembro muitas das mais deprimentes exibições como, por exemplo, há um mês o jogo da Luz com o Gil Vicente ou, há um ano e um mês, o jogo com o Arouca, o Benfica surja sempre a este alto nível logo em Janeiro. Ainda por cima quando, também invariavelmente, perde sempre um dos seus jogadores tidos por fundamentais. Se alguém tiver uma explicação, e evidentemente esteja na disposição de ma dar, ficarei imensamente agradecido… Não se esqueçam é que, dizer que os jogadores que saem em Janeiro, em boa verdade, já tinham saído em Agosto, só explica que essas saídas não sejam sentidas. Não explicam o resto!

Ao queimar desta forma a primeira metade da época, o Benfica tem sistematicamente deitado fora o apuramento para os oitavos de final da Champions. Esta época o prejuízo foi bem maior, e este determinismo custou ainda o afastamento da Taça de Portugal e da Liga Europa, onde o Benfica de Janeiro era sempre um crónico favorito.

Como me parece que nada de significativo se altere no Benfica, o melhor seria mesmo alterar a Champions e abrir a competição apenas em Janeiro!

Inacreditável!

O que aconteceu nos últimos segundos desta noite a Luz pertence ao domínio do irreal. Tivemos que nos beliscar para sentir que era real, que aquilo não era um sonho.

E não foi. Aquilo aconteceu mesmo!

O Barcelona chegou à Luz de mão estendida, à espera de generosidade. E ela não lhe faltou. Não lhe faltou a generosidade de alguns jogadores do Benfica, especialmente de Trubin. Nem lhe faltou a da arbitragem. 

O Benfica entrou para fazer um grande jogo, a única forma de ganhar ao Barcelona. Também a única de manter vivas as aspirações a seguir em frente nesta Champions, depois de todos os oitos e oitentas

Marcou logo aos dois minutos, num grande lance de futebol, quando Tomás Araújo descobriu Alvaro Carreras nas costas de Koundé, no flanco contrário, para o lateral espanhol cruzar de primeira, e Pavlidis marcar, também de primeira. Logo a seguir, em mais um excelente lance com a marca da superioridade do Benfica, Aursenes falhou incrivelmente o segundo, com a baliza de Szczęsny à mercê.

Estava o jogo neste pé, com o Benfica a mandar no jogo como queria, quando o VAR detecta um penálti que passara despercebido ao árbitro. Tinha marcado canto, considerando que o Tomás Araújo tinha cortado a bola pela linha final. Não tinha, chegou atrasado e pisou mesmo pé de Baldé, o lateral esquerdo, e o minuto 13 foi mesmo de azar. E Lewandowsky empatou!

O Benfica não sentiu o golo, e continuou, como nada se tivesse passado. E na verdade o Barcelona também. Quando, 10 minutos depois, também Szczęsny quis ser generoso, e Pavlidis marcou o segundo golo, tudo parecia natural. O Benfica estava melhor no jogo, e fazia sentido estar a ganhar. E nem o 3-1, antes da meia hora de jogo, do hat-trick de Pavlidis (parecia o frasco do ketchup), no penálti com que  Szczęsny derrubou Akturkoglu que, desmarcado por Aursenes, lhe picara a bola por cima, pareceu outra coisa que não o rumo natural do resultado, lado a lado como o do jogo.

Ao intervalo o que ficava era um jogo controlado pelo Benfica. O Barcelona tinha marcado um golo num penálti caído do céu, e Trubin tinha feito uma defesa, e negado a Gavi o golo na única oportunidade criada. 

Na segunda parte o jogo manteve-se nas bases que trazia da primeira parte, com o Barcelona com muita bola e o Benfica a controlar e tapa os espaços, com autoridade e solidez. Era o Benfica dos oitenta desta Champions, e aos 10 minutos Aursenes volta a falhar o cheque-mate. Isolado frente ao guarda-redes polaco do Barcelona, embrulhou-se (nas ideias) com a bola e desperdiçou o quarto golo.

Estava o jogo nisto, e a segunda parte a meio, quando a generosidade de Trubin lhe deu a volta. Do nada, sabe-se lá como e porquê, ao repor a bola em jogo o guarda-redes do Benfica atira-a contra a cabeça de Raphinha. Depois ficou a contemplar o seu percurso até dentro da baliza. 

De repente o Barcelona voltava ao jogo. Só que logo a seguir, quatro minutos depois, em mais uma cavalgada de Schjelderup, Araújo esticou-se para interceptar o cruzamento para Pavlidis, e desviou para a própria baliza a bola que, certamente, Szczęsny iria recolher. O quarto golo repunha a diferença em dois golos, e pagava, sem apagar, a generosidade de Trubin.

O jogo caminhava para o quarto de hora final, e o Barcelona apertava. Os jogadores do Benfica já acusavam o desgaste físico, e as substituições de Hansi Flick - de incidência táctica - resultavam melhor que as de Bruno Lage, que trocava os que não podiam mais. 

Chega então a generosidade de um senhor holandês, já conhecido da época passada do jogo com o Inter, que se chama Danny Makkelie. Aos 78 minutos arranjou um novo penálti para Lewandowski marcar, só porque Carreras passou com a mão pelo braço de Yamal. Imprudência de Carreras, sim. Não no gesto em si mesmo, mas em fazê-lo com este árbitro. 

Então sim, o Benfica sentiu o golo. E a injustiça. O cansaço dos jogadores retirava-lhes a concentração e os erros começaram a pesar. Na defesa, mas também na saída de bola. Os jogadores do Barcelona sentiram pela primeira vez que poderiam não perder este jogo, e acabaram por empatar, na marcação rápida de um canto, já  com os 90 minutos à porta. A chuva caía impiedosa no relvado, com a mesma impiedade com que o empate caíra sobre os 64 mil benfiquistas nas bancadas da Luz.

Ao minuto 90 Di Maria - que entrara para o lugar de Schjelderup -, isolado, teve nos pés o golo da vitória. Daqueles que não falha, mas Szczęsny defendeu. Também conta: Szczęsny compensou a sua generosidade com duas grandes defesas, que valeram dois golos. Trubin não teve essa oportunidade.

Quatro minutos de tempo de compensação. A esgotarem-se quando Carreras - que grande jogo! - foi ceifado a meio do meio campo. Livre cobrado por Di Maria, e toda a gente para a área do Barcelona. Natural, o tempo de compensação estava esgotado, e não tinha havido qualquer interrupção que motivasse o seu alargamento. O apito final surgiria na conclusão desse lance.

A bola sai do pé de Di Maria, chega à esquerda, e é de novo cruzada para o centro da pequena área, onde surge Barreiro, primeiro empurrado pelas costas e depois, já no chão, imobilizado por um defesa adversário. Penálti - grita-se. E gritam e gesticulam os jogadores do Benfica, enquanto a bola sobra para Lewandowski, na meia lua, que a atira para a frente, na direcção de Raphinha. Sozinho, com tempo para correr o campo todo e marcar o quinto do Barcelona. 

O VAR vai intervir - pensou-se. Vai mostrar ao Sr Danny Makkelie que penálti é aquilo que fizeram ao Barreiro, e não o que Carreras fizera a Yamal. Vai anular o golo, e se o Benfica concretizar o penálti - e já lá estava Di Maria - vai escrever-se direito o resultado deste jogo.

Não. Nada disso. Na UEFA não se tira uma vitória ao Barcelona. Na verdade só isso é que não é inacreditável!

 

 

Há 10 anos

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Confesso que não sei o que acho mais estranho: se a ostensiva vontade comum de António Costa e Rui Rio exibirem as suas convergências; se a própria convergência de ambos na oportunidade e na importância de ressuscitar agora a regionalização?

Não faço ideia do que passará pela cabeça de ambos. Poderei até perceber que Costa pretenda continuar a fazer de morto - mesmo que para isso tenha de me esquecer que foi por aí que morreu António José Seguro - adiando, se calhar para sempre, qualquer posição sobre os verdadeiros e gravíssimos problemas do país. Não aceito, mas não me surpreende... E que por isso, em vez de falar do tempo ou do Benfica, venha falar de regionalização ... E, tratando-se de uma deixa de Rui Rio...

Poderei até perceber que, nesta altura, para Rui Rio não haja até melhor tema que a regionalização. É também a maneira de não dizer nada sem estar calado, e muita da sua gente gosta do tema...

Mas o que eu gostaria mesmo de entender é por que é que eles fazem isto assim ... 

Não é só o mundo. É o Universo que vai ficar mais perigoso!

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Ouvi a meia hora do discurso de posse de Trump, "president again". Quando o ouvi dizer que ia renomear o Golfo do México, passando a chamar-se Golfo da América; que iria tomar de volta o Canal do Panamá e erguer bandeiras noutros locais, pensei logo no Canadá e na Gronelândia.

O tipo vai mesmo invadir o Canadá e, pura e simplesmente, anexar a Gronelândia - pensei.

Mas não. E ainda bem ... Vai só conquistar Marte!

E o mundo fica mais perigoso no dia de Martin Luther King

Capa Público

Segunda temporada de Trump?

Hoje é dia de Martin Luther King, um dos apenas três feriados nacionais em que os Estados Unidos celebram uma pessoa. Foi estabelecido em 1983, na era Regan, e celebra-se na terceira segunda-feira de Janeiro.

É com indisfarçável ironia que este 20 de Janeiro acontece à terceira segunda-feira. Que o dia que a América destinou ao seu maior símbolo de paz e harmonia, seja o mesmo em que vai entregar o poder ao mais disruptivo e perturbador dos seus presidentes.

O mundo agradeceria que esta fosse apenas uma segunda temporada de uma série melodramática americana. Trump é capaz de tudo, e seria até capaz de reduzir esta segunda oportunidade a apenas isso. Só que desta vez é diferente. Nesta segunda oportunidade Trump surgiu rodeado de outra gente. Desta vez de gente realmente perigosa, que quis ela própria transformar-se em poder e atrair à sua volta os mais poderosos dos poderosos.

Não. Hoje não é uma segunda temporada que começa. Hoje é o dia em que o mundo começa irreversivelmente a andar para trás. E a ficar muito mais perigoso!

 

Há 10 anos

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É sabido que Ricardo Salgado bateu às portas todas: Passos Coelho, Durão Barroso, Carlos Moedas, Cavaco... Quando surgiu a notícia que José Luís Arnault entalou os patrões, ficou a saber-se que afinal só se conheciam as portas que se não abriram. As que se tinham aberto mantinham-se mais ou menos econdidas... 

Só que, lendo melhor a notícia, Ricardo Salgado nem sequer teve que bater á porta de Arnault. Foi o próprio que se ofereceu para dar uma mãozinha, enquanto proclamava aos sete ventos que "o BES era um banco profundamente estável" e que Salgado, que tinha anunciado a demissão dias antes, "tinha deixado um banco robusto com capital e credibilidade".

Qualquer um, que em qualquer sítio do mundo tivesse lesado desta forma a empresa que lhe paga, ficaria em muitos maus lençóis. Mas Arnault não é qualquer um, é alguém que é pago por e para ter relações com poder... E quando assim é estas coisas de centenas de milhões de euros não passam de pequenos acidentes de percurso, coisas sem importância... Que já passaram!

Umas passaram tão depressa que ainda deram para vender as acções do BES a tempo, dando para perceber a ponta do iceberg chamado inside trading que logo aqui foi levantada.

Hoje*

Eu, Psicóloga | O que aprendi com a morte da minha mãe – LITORAL CENTRO –  COMUNICAÇÃO E IMAGEM

Os dias, mesmo quando correm todos iguais, não são todos iguais. São curtos e cinzentos no Inverno e longos e luminosos no Verão. Sucedem-se no calendário sem que nada os distinga!

Mas nunca são todos iguais… Os dias são o que são, não têm identidade. Somos nós que lha damos, pelo que nos recordam e pelo que nos marcam!

O sol dá-lhes o brilho que as nuvens logo lhes roubam. E o calor que foge da chuva e do frio. Mas é a memória, a nossa memória, que faz a identidade de cada dia. O frio ou a chuva e o sol ou o calor mexem com a nossa disposição – versão light do nosso estado de alma –, com a forma como, logo pela manhã, encaramos mais um dia que temos para agarrar. Mas é a nossa memória que talha a marca que timbra os nossos dias. E que faz com que nalguns se nos tolham os movimentos e se nos arrefeça a alma… Que alguns, por mais que brilhe o sol, nunca deixem de ser cinzentos e frios. De reflexão, de memórias e de muita saudade!

Não, os dias não são todos iguais. Hoje é um dia diferente dos outros. Diferente, muito diferente do de ontem. Diferente do de amanhã!

Como canta o Rui Veloso: “… para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar…”

 

* Texto publicado todos os anos, neste dia 19. Em que a minha mãe partiu. Hoje passam 16 anos!

Há 10 anos

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Resposta categórica e inequívoca do Benfica à incrível campanha que por aí anda. É assim, dentro de campo, que se dá a resposta que é devida… 

Como vem sendo habitual, o Benfica asfixiou durante a primeira parte, mas marcou apenas um golo, deixando por marcar mais três ou quatro. Na segunda parte, com o jogo ligeiramente mais repartido, surgiram os golos que acabam por dar ao resultado uma expressão mais condizente como que se passou.

O Benfica ganhou por 4-0, o que é sempre um grande resultado, mas bem podia ter duplicado o score. O Marítimo fez o primeiro remate aos 60 minutos, já lá iam dois terços do jogo e já perdia por três a zero. Acresce que, para além de ser o primeiro, foi o único remate intencional e com verdadeiro perigo, que Júlio César defendeu para a barra. E bloqueou completamente o Marítimo – como Jorge Jesus bem referiu na flash interview, a propósito dos famosos bloqueios que o treinador dos madeirenses, sem preocupações de originalidade, decidiu também agora recuperar – afogado num imenso banho de bola...Com a nota artística que Janeiro sempre resgata!

Tudo foi bonito, a equipa voltou a não sofrer golos, Luisão atingiu os 440 jogos e a marca de Eusébio, e quase tudo correu bem – até a expulsão de Talisca, sempre muito desejada pelos comentadores da Sport TV. Mas nem tudo correu bem: Gaitan, o artista mor da companhia, lesionou-se logo nos primeiros minutos. Esperemos que não seja nada de grave, e que para delícia dos nossos olhos possa regressar depressa…

Histórias à volta de golos

11

Jogo tranquilo na Luz, a abrir a segunda volta do campeonato. Não tivesse sido a agitação que o Sr João Gonçalves - mais uma encomenda que chegou do Porto - introduziu no jogo e teria sido dos mais tranquilos a que assisti na Luz, desta vez um pouco abaixo das enchentes do costume, com "apenas" 54 mil nas bancadas.

O adversário era o Famalicão, uma sombra daquela equipa que iniciou o campeonato "a fazer a cama" ao Schmidt, naquela derrota 0-2 na abertura do campeonato, que ainda não ganhou um jogo desde que trocou o treinador Armando Evangelista pelo Hugo Oliveira, há mais de um mês. E foi na realidade inofensivo. Mas ... lá está o axioma do futebolês - "uma equipa joga o que a outra deixa".

E o Benfica fez o "qb" para que o Fama não jogasse nada. Ninguém diria que era o quarto jogo em 10 dias. Sem Di Maria, substituído por Akturkoglu - com vantagem na pressão e na recuperação de bolas, mas sem comparação em tudo o resto - Bruno Lage apostou em Leandro Barreiro para as funções de Aursenes (este ano a precisar do descanso que não teve nos dois anteriores). No resto não fugiu do onze inicial estabilizado nesta fase da época, que passa já por Schjelderup na ala esquerda, Tomás Araújo no lado direito da defesa, e António Silva ao lado de Otamendi, o grande capitão. Provavelmente muita gente não repara, mas vale a pena desligarmos da bola por momentos para o ver aos comandos do jogo. 

Como comecei por dizer a tranquilidade que a qualidade da exibição do Benfica transportou para as bancadas só foi perturbada pelo tal árbitro do Porto. Depois de ter subjugado o adversário, a exibição do Benfica teve ainda de tornar o tal João Gonçalves irrelevante. Mas não foi fácil. Durante toda a primeira parte, que acabou precisamente com o apito final quando a bola ia a caminho do Pavlidis, a isolar-se na cara do guarda-redes, depois de garantir total imunidade aos jogadores da equipa famalicense, já ter amarelado os dois jogadores do eixo central do meio campo Benfica, e de uma séria de faltas, e até lançamentos, marcadas ao contrário.

Daí a assobiadela monumental à saída para o intervalo, já mais arrefecida no regresso.

Para além da história dos quatro golos que fizeram o resultado, de outros tantos remates que acabaram por sair um bocadinho ao lado dos postes, ou acima da barra, e de oito grandes defesas do Carevic, o único jogador do Famalicão a exibir-se a grande nível, o jogo tem outras histórias. Também de golos!

A primeira é a de um goleador improvável. Parece que o Leandro Barreiro só tinha marcado um golo na sua carreira. No Benfica - sabia-se - estava em branco, mas também não tem assim tantos jogos. Marcou três, um hat-trick sem espinhas. Seguidinhos: 11, 36 e 67 minutos. Até para os grandes goleadores é um feito raro. Para um jogador do meio campo que ainda não tinha marcado, é do outro mundo. Mas a sua movimentação e a forma como rompe em desmarcações para dentro da área, fazem com que marcar golos não seja tão improvável quanto possa parecer. Hão-de certamente vir aí mais!

A segunda é a do suposto goleador que não marca golos. Pavlidis joga para a equipa, assiste, voltou a fazer um bom jogo, não regateia uma gota de suor, esforça-se, mas não consegue marcar. Voltou a ter quatro ou cinco oportunidade claras de o fazer, mas a verdade é que a bola não entra. Quando as bancadas se levantaram a gritar-lhe o golo, porque a bola estava mesmo a entrar, sem se saber como o Carevic tirou de lá dentro. Quando ia mesmo a marcar, a bola foi à barra. Ainda foi a tempo de procurar a recarga. Consegui-a e, quando finalmente marcou, o árbitro assinala-lhe fora de jogo no início da jogada. Que ninguém tinha visto (depois viria a saber que as linhas marcavam 17 centímetros, o que só "prova o olho de facão" do auxiliar) e que por isso deu festa. Em vão.

Por isso o aplauso das bancadas a Pavlidis na substituição (por Cabral) é também um dos momentos bonitos do jogo.

Acabada, com a sua substituição, a saga de Pavlidis e, com o terceiro golo, a de Barreiro (o homem do jogo, evidentemente), não acabou a história do jogo. Ela passou ainda pela fantástica jogada do João Rego - como gosto deste miúdo! - que passou por toda a gente por aquele lado direito até entregar a bola atrasada para Akturkoglu, de calcanhar, a deixar à frente de Kokçu, a jeito do remate rasteiro, de grande qualidade técnica, para o quarto. E último da história dos golos.

 

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