EURO 2012 (XVII) - SIGA A DANÇA!
Por Eduardo Louro
Ficou hoje completa a lista dos eleitos para permanecer no euro, juntando-se, como esperado, as selecções francesa e inglesa às seis já conhecidas.
Sem brilho – ambas – deve dizer-se!
A França foi apurada depois de uma derrota por dois a zero e, por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber como é que já o não estava. A França – uma das favoritas – deixou de o ser. Porque perdeu – e bem, sem espinhas – com a Suécia e porque, perdendo, foi segunda classificada no grupo e caiu na boca da Espanha. Que é mais favorita, como o próprio Platini confirma!
Desse jogo com a Suécia – que foi melhor contra a França e já o havia sido contra a Inglaterra, o que deixa mais próxima da Croácia do que da Holanda – ficam as oportunidades de golo construídas pelos nórdicos, fica a segunda arbitragem de Pedro Proença - ao nível da primeira -, fica uma enorme desconfiança sobre a capacidade dos gauleses mas, acima, bem acima de tudo isso, o golão de Ibrahimovic: o melhor desta fase do campeonato agora concluída, e que, se não vier a ser o melhor, ficará para sempre como um dos melhores deste euro 2012.
O que será um prémio para este extraordinário jogador, de quem se diz que passa sempre ao lado das grandes provas europeias e mundiais de selecções. Com este golo já ninguém poderá que Ibrahimovic não passou pela Polónia e pela Ucrânia!
E como foi bonita a festa sueca! Sem grande coisa para festejar, foi bonita de ver a forma como os adeptos suecos se despediram da sua selecção. Uma lição, como a dos irlandeses!
A Inglaterra acabou por conquistar o primeiro lugar do grupo - algo pouco provável depois de, na segunda jornada, a França ter ganho à Ucrânia por 2-0 – depois de ganhar um jogo em que jogou para empatar. Finalmente com Rooney – depois de cumprido o castigo de dois jogos -, um dos melhores cinco ou seis jogadores na prova, e o autor do golo da vitória, a Inglaterra apresentou-se hoje com um jogo mais ligado. Há uma Inglaterra sem Rooney e outra com ele. Mesmo assim, voltou a não convencer. Mas venceu! E venceu porque a arbitragem voltou a estar no centro do resultado, como já tinha estado noutros três jogos anteriores.
O árbitro húngaro – o senhor Viktor Kassai, um dos favoritos da nomenklatura da UEFA – não confirmou um golo da Ucrânia, depois de a bola estar, aos olhos de toda a gente, bem dentro da baliza. Que não aos olhos do Sr Kassai, nem do seu árbitro assistente… Nem sequer dessa figura ridícula que os organismos máximos do futebol europeu e mundial inventaram, a que chamam árbitro de baliza.
O senhor que estava a interpretar essa figura não viu uma bola à frente do seu nariz dentro da baliza. Como todos os outros senhores que fazem essa figura ridícula – não sei se já repararam, mas é frequente vê-los de cócoras com a cabeça de um lado para o outro para, sem que ninguém perceba para quê – sem que vejam penaltis cometidos debaixo do seu nariz, ou sequer quem realmente tocou a bola em último lugar. Mais ridículo que estas figuras já só a UEFA se, depois de hoje, as mantiver!
É bem possível que, quando é presidida por um senhor – que foi um grande jogador mas que não tem a mínima condição para dirigir o que quer que seja – que faz do ridículo profissão, a UEFA opte por manter-se exposta ao ridículo. Depois das impensáveis declarações de Platini, e especialmente destas três últimas arbitragens (Alemanha - Dinamarca, Espanha – Croácia e Ucrânia – Inglaterra) a decidir quem seguiu para os quartos de final, dificilmente este euro 2012 deixará de ser uma das páginas mais negras na História dos Campeonatos da Europa.
Siga a dança!