JOGOS OLÍMPICOS LONDRES 2012 (II)
Por Eduardo Louro
Ainda na fase inicial dos jogos é o futebol – cuja competição até começou mais cedo – a concentrar as primeiras atenções. Uma modalidade em que as surpresas por vezes acontecem, mas que nos Jogos Olímpicos acontecem mais vezes.
Enquanto Neymar confirma os seus créditos de menino-prodígio da bola e Hulk parece não ter nada para confirmar, a selecção espanhola, que dividia todo o favoritismo com a brasileira, acaba de ser eliminada dos jogos, logo ao segundo jogo. Depois de ter perdido com o Japão na ronda inaugural (0-1), a Espanha repetiu o resultado e a derrota com as Honduras. Num grupo que conta ainda com Marrocos, era inimaginável que a selecção espanhola – que integra três dos recentes campeões europeus – ficasse de fora do apuramento.
No jogo com as Honduras, que ditou a eliminação, a Espanha foi infeliz, é certo. Teve três bolas nos ferros (só a sua conta Rodrigo acertou duas vezes na barra), mais uns muitos remates a centímetros do poste e outros a bater em tudo o que eram pernas plantadas na área hondurenha. E encontrou pela frente um guarda-redes (Mendoza, de seu nome) que defendeu tudo o que lhe sobrou para defender, com elasticidade e reflexos fora do comum. E ainda uma arbitragem bem mazinha – má é má, não é a mesma coisa que tendenciosa – que lhe escamoteou um penalti - sobre o Rodrigo, o jogador do Benfica.
É futebol, como se diz em futeblês. Mas a verdade é que a Espanha deu a primeira parte de avanço. A selecção da América Central agradeceu, marcou logo aos 7 minutos o golo que lhe garantiu a vitória. Que ao intervalo justificava mas, no final, de forma alguma…