DESESPERO
Por Eduardo Louro
Vítor Pereira, o treinador do Porto, não pára: agora até lhe faz confusão que o Matic jogue em Braga. E que o Paulo Vinícius não jogue!
Coitado… Valha-lhe que o Pinto da Costa já não acha que só os burros é que falam de arbitragem…
Não sei se a estratégia irá produzir os resultados que visa. O ano passado resultou, pelos vistos está confiante que volte a resultar. Há más estratégias que resultam e boas que falham…
Esta até poderá resultar, mas não merece. É pobre de mais - tão pobre quanto o próprio estratega - e nem o desespero a desculpa.
Porque é de desespero que se trata, à porta de um jogo que tem de correr bem para voltar a encostar no rival. E à porta de outro, teoricamente de elevado grau de dificuldade para o rival. Onde ganhou com a ajuda da arbitragem que lhe perdoou um penalti, num daqueles lances – jogar a bola com a mão dentro da área - apenas permitidos aos seus jogadores. Mas onde se não passou nada, nenhuma voz de Braga foi ouvida, ao contrário do último jogo, onde o tal Paulo Vinícius foi expulso no maior escândalo dos últimos dez anos, nas palavras do presidente Salvador. Afinal apenas carregou um adversário que ficaria isolado em frente ao guarda-redes, nada de mais.
Um escândalo, aquela expulsão! Um escândalo, que Paulo Assunção – vejam bem - tenha agora chegado ao quinto amarelo. Um escândalo que Matic, com quatro amarelos, não tenha cometido uma única falta para lhe poder ser mostrado o quinto…
E isto leva Vítor Pereira ao desespero. Isto e as consistentes exibições do Benfica. E a forma como vai ganhando sucessivamente os jogos. É certo que a sua equipa também os vai ganhando mas… sofre-se. E depois lá sai um golo por engano que ajuda a resolver a coisa. Mas que não dá grande confiança. Nota-se!