O SUPER CLÁSSICO
Por Eduardo Louro
O jogo que de há uns anos a esta parte se transformou num clássico planetário, mobilizando paixões por todo o mundo, teve hoje mais uma edição. Desta vez em Barcelona, e servia para apurar um dos finalistas da Taça de Espanha, por lá chamada de copa do Rei. Mas isso é sempre o que menos importa!
Importa o jogo e as emoções que desperta, importa o resultado e …importam Cristiano Ronaldo e Messi!
O Real Madrid ganhou por 3-1, e porque tinha empatado em Madrid (1-1), há cerca de um mês, irá disputar a final. O Barcelona continua sem conseguir ganhar ao rival de Madrid, nesta que é claramente a pior do Real de Mourinho: não deixa de ser curioso que é na sua pior época que a equipa de Mourinho se superioriza claramente ao Barcelona.
E se o jogo acabou em 3-1, o duelo especial entre C. Ronaldo e Messi acabou em goleada. Das antigas: dez a zero para o CR7!
O Cristiano Ronaldo, o único jogador a marcar sempre em Camp Nou, marcou dois golos – os decisivos primeiros dois (Varane, o francês de 19 anos que é já um dos melhores centrais do mundo, e que já fora decisivo no jogo de Madrid, marcou o terceiro) –, manteve sempre a defesa catalã em pânico, atacou, defendeu, construiu e marcou… Messi, não fez nada. Rigorosamente!
E sábado há mais. Dizer que será um jogo diferente não é mais que um lugar-comum. Dizer que será um jogo sem história, é blasfémia. É um jogo para o campeonato, que o Barça tem no bolso e que para o Real já não conta. Surge na véspera de dois jogos decisivos para ambos na Champions – se o Real se desloca a Manchester com necessidade absoluta de ganhar, parte com um empate a um golo, tal e qual como no jogo de hoje, o Barcelona recebe o Milan obrigado a recuperar de uma derrota de 0-2 – mas pensar que as duas equipas o abordem em regime de poupança, é desconhecer o que é este super clássico.
São jogos que cansam só de ver. Não há volta a dar-lhe!