BEAUTIFUL
Por Eduardo Louro
Um estádio a aplaudir um adversário - Di Maria - que sai lesionado. Um estádio a cantar José Mourinho…José Mourinho… José Mourinho…
Um estádio a receber Cristiano Ronaldo como um rei. A real king. Cartazes de boas vindas por todo o lado. Welcome home, Ronaldo!
Isto é Old Trafford. Isto é o Teatro dos Sonhos. Isto é o futebol inglês e isto deveria ser o futebol. Em qualquer parte do mundo!
Depois foi um jogo de futebol. Sensacional, com tudo – mesmo tudo – o que o beautiful game tem para dar!
Com duas grandes equipas, mas com a equipa inglesa ainda maior. Com grandes jogadores, um já com 39 anos, a cumprir o jogo mil da carreira. Com dois grandes treinadores, mas com Mourinho ainda maior. Decisivo!
Decisiva a forma como percebeu o momento do jogo – a expulsão de Nani – e como decidiu: de imediato, sem um segundo de hesitação, retira o lateral direito – não estava lá a fazer nada depois da expulsão de Nani –, lança um médio de ataque criativo (Modric) e manda a equipa asfixiar o adversário junto à sua baliza. Preparava-se para esgotar as substituições e fazer entrar outro ponta de lança – Benzema – quando, sete minutos depois de entrar, Modric empatava. Para, apenas três minutos depois, Cristiano Ronaldo, sem festejar e a pedir desculpa aos adeptos, consumar a viragem no jogo e na eliminatória. Voltou atrás, em dez minutos tudo ficara resolvido. Que não acabado!
Com menos um, e a perder, o Manchester ainda fez do guarda-redes espanhol o melhor jogador em campo. E do árbitro um elemento decisivo no jogo!
Ele que fora decisivo no ritmo do jogo, deixando jogar e interpretando-o na perfeição. Que fora decisivo no momento do jogo, expulsando mal – sem qualquer justificação, embora se possa encontrar atenuantes - o Nani, e que voltaria a evidenciar-se ao perdoar duas grandes penalidades ao Sergio Ramos.
Tudo o que o jogo tem… num só jogo. Apaixonante!