A selecção ganhou, mas...
Por Eduardo Louro
A selecção nacional ganhou à Rússia e deixa ver a luz do segundo lugar lá ao fundo. Segundo lugar que poderá, finalmente, levar-nos ao Brasil, através de um apuramento a discutir com outro segundo classificado.
Mas, francamente, não empolgou. O resultado foi melhor que a exibição, como é comum dizer-se em futebolês. Não foi famosa, de facto. Como se esperava, porque há muito que a selecção abandonou as boas exibições. Mas também como se poderia esperar para esta altura do ano, em final de época. E como se poderá esperar daqui para a frente, pela exiguidade do campo de recrutamento, com a falta de novos valores num futebol completamente estrangeirado.
Falta classe na selecção portuguesa, e isso notou-se neste jogo. Entrou mesmo pelos olhos dentro em muitas fases do jogo e só foi minimamente disfarçado com a entrada de Nani. Um dos poucos jogadores de categoria mundial da actual equipa nacional, mas que vem de uma época para esquecer. Cristiano Ronaldo continua na selecção nacional como peixe fora de água, raramente conseguindo emprestar-lhe o seu imenso talento. E João Moutinho, o terceiro jogador de grande qualidade, destaca-se por muitos atributos. Mas não se distingue exactamente por aquilo a que se chama classe!