100º Tour de France II
Por Eduardo Louro
Já passou uma semana – e que semana, caramba, quente, quente de escaldar – e aí está o Tour já com muito para contar.
Pois é. A primeira semana, a dos sprinters e das quedas, já lá vai. Com quedas, sempre daquelas que típicas de início de corrida, quando os corredores ainda não estão bem adaptados àquela convivência em ritmo de alta aceleração num pelotão de altíssima densidade populacional. As antigas eram mais relacionadas com aquele pavimento de paralelos, o pavé. Que, com uma chuvinha, passava a manteiga!
E com os sprinters a provar o sabor da vitória. Um de cada vez, sem bis. Com o rei Mark Cavendish e o príncipe Peter Sagan, afastados pelas quedas nos primeiros dias das zonas de decisão, a fechar a semana. O eslovaco foi o último, à terceira tentativa, já depois de ter sido quarto e segundo, o que lhe dá já grande vantagem na camisola verde dos pontos.
Chegou a montanha. O Tour chegou aos Pirinéus e mudou de figura. Com duas montanhas de categoria especial, a etapa deste sábado já deu para perceber como as coisas irão ficar. A Sky mandou por completo na etapa, dominando-a de princípio ao fim, a deixar perceber uma reedição da do ano passado, com Richie Port a fazer de Cris Froome e este, a confirmar em absoluto o enorme favoritismo com que chegou a este centésimo Tour, a fazer de Wiggins.
Froome e a Sky aí estão, dispostos a não dar hipóteses a ninguém. Todos os favoritos foram batidos. Mesmo Contador, em que a forma penosa como foi batido marca mais que os dois minutos perdidos... Se esta etapa, com duas montanhas, fez isto, imagina-se já que a deste domingo, com cinco, arrume definitivamente este Tour. O que não seria certemente o mais desejável!