Mundial da África do Sul #6: Au revoir
Por Eduardo Louro
Feitas as contas do primeiro dos grupos desta fase inicial da prova e fechado o grupo A da selecção da casa, a França, derrotada no último jogo pelos Bafana-Bafana, regressa a casa sem honra nem glória. Pior, vergada ao peso de uma participação verdadeiramente vergonhosa, no plano desportivo mas também no plano social. Com um único ponto, mercê de um empate com o Uruguai – primeiro classificado do grupo – logo na primeira jornada, duas derrotas e apenas um golo marcado. E com um comportamento social vergonhoso: discussões, expulsões, greves e ameaças de toda a ordem.
Uma participação amaldiçoada, uma maldição lançada pela Irlanda, injusta e batoteiramente afastada deste mundial pela escandalosa mão de Henry e pelo peso institucional da França (n`est ce pas Monsieur Michel Platini?) apadrinhado pelos superiores interesses da FIFA. Mas também amaldiçoada por um treinador arrogante, antipático e deselegante, capaz de resumir uma das maiores potências do futebol mundial a um grupo de jogadores incapazes, contestatários e indisciplinados.
Como disse Zidane, este mundial será lembrado pelo vencedor e pela selecção francesa que se recusou a treinar!