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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

100º Tour de France VI

Por Eduardo Louro

 

Hoje foi o dia da chegada ao alto do Alpe d`Huez (na foto). O dia da mais mítica das etapas do Tour, que todos gostariam de ganhar um dia. Mas que poucos conseguem…

Foi o caso do francês Riblon – primeira vitória francesa neste Tour – que foi hoje o primeiro na etapa que, desta vez, subiu por duas vezes o Alpe d`Huez, depois de uma longa fuga, cheia de peripécias, que terminou com a ultrapassagem ao americano Van Garderen – seu companheiro de peripécias – já à entrada do último quilómetro. O suficiente para lhe ganhar ainda um minuto!

E hoje foi o dia em que finalmente Froome foi derrotado. Até aqui tinha ganho sempre, incluindo o contra-relógio de ontem, em montanha, onde ganhou a toda a gente. Aumentando distâncias para todos, incluindo para Contador, que foi segundo – com o mesmo tempo de Rodriguez – e para o checo Kreuziger, o colega de equipa e abono de família de Contador, que foi quarto, passando ambos a ocupar os restantes dois lugares do pódio. De onde saiu o holandês Mollemba, em quebra acelerada nesta última semana...

Só que, mesmo derrotado, hoje Froome voltou a reforçar a sua liderança. Porque foi derrotado pelo jovem colombiano Quintana - que subiu ao terceiro lugar - e pelo espanhol Rodriguez, finalmente a mostrar por que integrava o lote dos favoritos e já às portas do pódio.

Esperava-se que Alberto Contador, que ontem fizera um excelente contra-relógio, atacasse hoje. Ainda simulou fazê-lo quando, na descida que se seguiu à primeira passagem pelo cimo do Alpe d`Huez, saiu do grupo de Froome, na companhia de Kreuziger, o seu fiel e leal escudeiro. A ideia parecia boa: aproveitar a sua superior capacidade técnica para arriscar na descida - perigosa e exigente, onde Froome, com mais dificuldades técnicas e menos necessidade de correr riscos, não deveria responder – e chegar à entrada da segunda passagem pela montanha já fora do alcance do camisola amarela. Já se tinha percebido que Contador é, hoje, mais um jogador de póquer do que um corredor de bicicleta. Hoje confirmou-se: Contador tem passado este Tour a fazer bluf. Que voltou a fazer hoje, desistindo logo que a descida terminou, bem antes do reinício da subida foi, mais uma vez, bluf!

Na subida final voltou a não conseguir reagir ao ataque de Froome – mais uma vez foi ele, o líder, a tomar a iniciativa – e só conseguiu manter o seu segundo lugar na geral através, mais uma vez, do sacrifício do seu colega Kreuziger, que acabou por perder o terceiro lugar que ocupava. Dispõe daquela que é a melhor equipa deste Tour – tem a vitória colectiva praticamente assegurada – mas tudo aponta para que, nem assim, consiga segurar o seu segundo lugar, agora à mercê de Quintana e de Rodriguez. Que bem, e especialmente o colombiano, têm feito para o merecer!

Dos portugueses pouco há a dizer. No contra-relógio de ontem, Rui Costa, com honras de televisão, pela notoriedade da véspera, foi dos piores. Poderá perceber-se, mas não é bonito de ver: ficou a mais de seis minutos de Froome, em apenas 30 quilómetros… E hoje, simplesmente não se deu por ele!

O Sérgio Paulinho viu-se finalmente. Deu-se por ele. Porque fez um bom contra-relógio, por volta do vigésimo lugar, com muito boa companhia como, por exemplo, Richie Porte – que hoje voltou a confirmar a sua imensa categoria na ajuda a Froome. E porque hoje teve, também ele, honras de televisão. Foi vedeta de televisão, em virtude de uma fuga cujo único objectivo só poderá ter sido esse mesmo!

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