EGIPTO: O CENTRO DO MUNDO
Por Eduardo Louro
A revolução iniciada na Tunísia alastrou ao Egipto? É o que se diz!
Até pode ser que seja assim, que tenha alastrado… mas, não é a mesma coisa. Nem mais ou menos!
O Egipto não é o Magreb. Em comum pouco mais têm que o facto de serem governados pelos nossos filhos da puta (a expressão não é minha; é de Kissinger quando, referindo-se a Pinochet, dizia: é um filho da puta, mas é dos nossos)!
O papel do Egipto nos equilíbrios da mais instável região do mundo dos últimos 50 anos é único e decisivo. Como único e decisivo é o papel do Egipto no futuro do radicalismo Islão. No seu incontrolável avanço ou na sua contenção…
O Egipto é o único aliado árabe de Israel e um forte parceiro nos acordos de paz. O Egipto é dos maiores países árabes e a biblioteca do mundo árabe, o seu maior centro cultural. E o principal berço da Al Qaeda…
Joga-se neste momento no Egipto mais que o seu futuro. Mais do que o futuro do Médio Oriente: o futuro do mundo e de uma certa forma de olhar para ele a que chamamos civilização!