Que se lixem as eleições - parte II
Por Eduardo Louro
Pedro Passos Coelho reconheceu que o partido que lidera - e que juntamente com o país conduz para o abismo - sofreu uma das piores derrotas da sua história.
Recusou, no entanto, qualquer leitura nacional dos resultados destas autárquicas e reafirmou o caminho que tem vindo a seguir. Se não for de todo compreensível - se calhar é este o verdadeiro significado do célebre "que se lixem as eleições"- é pelo menos aceitável que o faça. Nem todos têm capacidade de perceber o pântano!
O que não é de todo aceitável é que Passos Coelho diga, como disse, que os resultados eleitorais de hoje também têm a ver com a aposta do PSD em “candidaturas que não cederam ao populismo, e com os pés assentes na terra”. Poderia não deixar de passar de anedota, da anedota desta noite eleitoral. Mas dei por mim a chamar-lhe aldrabão... E a lembrar-me de Sócrates: está a ficar igualzinho!