(Quase) Tudo como dantes...
Por Eduardo Louro
Foi com o padrão qualitativo habitual desta época que o Benfica defrontou hoje o Nacional. Foi com bem mais tranquilidade que o habitual nesta época que o ganhou. Sem nunca ter jogado realmente bem – a excelente jogada de futebol que culminou no primeiro golo foi a excepção que confirma a regra –, sem nunca ter exercido um domínio acentuado sobre o adversário, e sem nunca ter tido o controlo absoluto do jogo, a verdade é que nunca pelo estádio passou qualquer ideia de que a vitória pudesse estar ameaçada. Porque o primeiro golo surgiu relativamente cedo e o segundo logo no arranque da segunda parte, mas também porque a equipa da Madeira nunca pareceu muito capaz de complicar a vida ao Benfica. Por nada mais!
Foi pois mais uma oportunidade perdida para uma primeira exibição que animasse as hostes benfiquistas e, tão ou mais importante, que animasse os jogadores, que os fizesse acreditar. E, já agora, que pudesse dar algum ânimo também a um Jorge Jesus renegerado. Pelo menos a crer naquele extraordinário e inesperado abraço ao surpreendido treinador adversário, certamente a pensar que "um vintém é um vintém e um cretino é um cretino", mas venha de lá esse abraço que isto já fede!
No resto, e à parte a estreia do miúdo Ivan Cavaleiro – nunca se saberá se é resultado de opção convicta de Jesus, e portanto de mais um sintoma do seu processo de regeneração, se de outra coisa qualquer – que, à falta de melhor, é o motivo de galvanização das bancadas, (quase) tudo como dantes. Até a lesão de Siqueira. Já começa a ser difícil contá-los todos… E impossível compreender!