BATOTA
Por Eduardo Louro
O Benfica deslocou-se a Tripoli – perdão, a Braga – para disputar um jogo no Estádio do Dragão – perdão, na Pedreira, no chamado Estádio Axa – com uma equipa de antigos, actuais e futuros jogadores do Porto. E com um treinador do Porto. Uma equipa de um clube presidido por futuro presidente do Porto, que sabe condicionar os ambientes e os árbitros como o Porto.
Com o público do Dragão. Que canta as provocações do Dragão, com as bolas de golfe e os isqueiros do Dragão! E que pressiona os árbitros como no Dragão!
Também com um banco como o do Porto: muito interventivo, no jogo e nas decisões do árbitro.
Conhecíamos – não exactamente pelas melhores razões – uma sociedade de nome Bragaparques. Agora conhecemos outra: a Bragaporto!
Não teria nada contra esta sociedade – apesar de condenar as suas más práticas – se ela não interferisse no normal percurso da competição. Mas, como está bem fresco na memória o último Braga – Porto, parece claro que esta sociedade prejudica a competição. Quando certos jogadores de um sócio não estão disponíveis para jogar com o outro sócio, e quando os que jogam o fazem da forma que vimos nesse jogo, isso é BATOTA!
Não é a agressividade dos jogadores do Braga neste jogo de hoje que está mal. Essa, ao contrário das fitas batoteiras – mais umas más práticas vindas sabe-se lá de onde (o festival do Hélder Postiga no último Benfica – Sporting ajuda a descobrir) – é saudável. O que não é saudável é a sua evidente falta de agressividade no jogo com o Porto!
O resultado? Nestas circunstâncias é o que menos interessa, mas o Benfica perdeu, ao fim de perto de 20 jogos consecutivos a ganhar, por 2 a 1.
A arbitragem? Faz parte da batota!