O Benfica perdeu em S. Petersburgo, com o Zénite, por 3 a 2, num jogo disputado num campo impróprio para o que quer que seja, quanto mais para um jogo da milionária Liga dos Campeões, a uma temperatura de ultra-congelação.
Não gostei do jogo que, naquelas condições, dificilmente poderia ser outra coisa. Não gostei nada da derrota, sem jeito, disparatada e perfeitamente evitável. Não gostei mesmo nada, achei deplorável, vergonhosa e indigna de um profissional, aquela entrada criminosa do Bruno Alves sobre o Rodrigo, afastando-o do jogo e sabe-se lá de mais quê.
Há jogadores que não têm emenda, e o Bruno Alves é um deles. Seja onde for, num batatal gelado na Rússia ou no mais fino tapete verde, com os pés ou com os cotovelos, com os joelhos ou com a cabeça, ele, como o escorpião da estória, não resiste ao que lhe está na massa do sangue. Sempre com a cumplicidade dos árbitros, onde quer que seja…
A estória conta-se em poucas palavras: Miguel Relvas levou a Fátima Campos Ferreira a Angola para, daí, a RTP emitir um programa lamentável, a lembrar um, designado de “25 milhões de portugueses”, que a RTP exibia há mais de 40 anos. Algumas pessoas desmascararam a manipulação descarada de Relvas e condenaram o servilismo da RTP que, sem olhar a custos e numa altura destas, se apressou a fazer a vontade ao patrão. Uma dessas pessoas – Pedro Rosa Mendes – fê-lo em plena Antena 1, num espaço de opinião - Este Tempo – que partilhava com mais quatro cronistas. Hoje, Este Tempo acabou!
Continua a decorrer a reunião de concertação social para discutir as medidas de competitividade que nos ajudarão a sair deste buraco onde estamos metidos. Lá está a nata nacional – responsáveis máximos de patrões e trabalhadores e os principais ministros do governo, os superministros – a discutir os grandes problemas que afectam a economia nacional e bloqueiam o nosso futuro.
Como, por exemplo, a inclusão das pontes no calendário de férias! Como se essa não fosse uma prática antiga e mais do que instalada no sector privado da economia, perfeitamente aceite e percebida pelos trabalhadores. Em trinta e muitos anos de actividade profissional à frente de empresas privadas, não encontrei uma única onde o calendário de pontes não fosse estabelecido com o orçamento anual e tido em consideração na programação das férias, sempre com o acordo dos trabalhadores. Contra a lei? Talvez, mas a favor de empresas e trabalhadores, verdadeiramente concertados!
As nossas elites – a nata – andam distraídas. Ou são loiras! Com tantos e tão sérios problemas para resolver, a nata discute um problema que não existe e faz disso a coisa mais importante deste mundo!
Acordem meus senhores: esse problema não existe. Álvaro, isso é como os pastéis de nata, já está! Já toda a gente faz isso, como já toda a gente come natas por esse mundo fora.
Devia ser de outra maneira? Deveria, mas quando a nata é assim…
Sem mais comentários remeto-vos para estes dois textos. Mais coisas intragáveis deste regime - no caso a mesma – vistas por duas pessoas que normalmente vêm as coisas por prismas bem distintos: Daniel Oliveira, no Arrastão e Rui Rocha, no Delito de Opinião!
Vale a pena ler e continuar a seguir esta lista de coisas intragáveis…
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