UMA HISTÓRIA PARA CONTAR
Por Eduardo Louro
É sabido que a blogosfera e as redes sociais desempenham hoje uma importante função social. É claro que, como meios de massas que são, nem tudo o que por lá passa é elogiável e que nem todos fazem destes poderosos meios as melhores das utilizações. Nem sempre para os melhores fins! Mas isso é a vida, como diria o outro.
Sabe-se da influência que têm no mundo de hoje, onde até revoluções fazem.
E sabe-se como as empresas, particularmente as de maior exposição pública, pela sua dimensão ou pela repercussão social que perpassa pelos seus negócios, olham com especial atenção o que por lá se passa e que possa beliscar a sua imagem: corporativa ou pública. Ficou célebre, há uns tempos, uma ocorrência que atingiu a INTEL. Foi a força da blogosfera que resolveu um contencioso entre essa a empresa e uma consumidora que rapidamente saltou dessa esfera para se tornar num problema de cidadania e de liberdade de expressão.
Toda a gente tem más experiências com algumas das grandes empresas com posições dominantes no mercado, que lhe advêm da sua dimensão mas particularmente da natureza dos bens ou serviços que fornecem, hoje de primeira necessidade. Quem não tem histórias para contar de um operador de comunicações, da um fornecedor de energia ou de um banco? Quem não passou já pelas mais inenarráveis e absurdas situações desses malfadados call centers, impessoais e robotizados, que nunca têm resposta para coisa nenhuma e repetem até à exaustão a mesma fórmula acrítica e acéfala?
A blogosfera e as redes sociais desempenham hoje papéis mais importantes na mediação e resolução destes conflitos que qualquer associação de defesa do consumidor. É a forma de essas grandes empresas se aperceberem de problemas que, de outro modo, nunca chegariam ao seu conhecimento, perdidos que ficam na fina e opaca malha dos call centers.
Pois eu tenho uma história destas para contar. Já teve uma primeira parte – que não correu lá muito bem – e entrou hoje na segunda. Precisamente por isso, porque acabo de sair do intervalo de uma primeira parte que não correu bem, e ainda estou um bocado desconfiado, vou esperar pela segunda parte. No fim hei-de trazê-la aqui. Espero que com um final feliz!