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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

A Páscoa da ressurreição

(Foto do Expresso: Rui Duarte Silva)

Talvez não tenha suscitado tanto interesse como era habitual, mas este quadragésimo Congresso do PSD, não deixou de ocupar o lugar central no espaço mediático deste fim-de-semana. Claro que as directas, ao retirarem aos últimos congressos a suspense da eleição do líder e os jogos de bastidores que lhe abrilhantavam o cartaz, roubaram-lhe a carga maior do espectáculo. Mesmo assim ainda se pode continuar a dizer desta o que se diz da outra - "não há festa como esta".

Montenegro disse e desdisse-se. Disse - esforçou-se por isso - que trazia uma agenda social, que iria combater os baixos salários dos portugueses, desdizendo que  "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer" pelo seu executivo de referência, do excelso Passos Coelho, o seu ponto no palco da liderança parlamentar do governo que foi para além da troika. Deu "um chega para lá" ao seu antigo companheiro das lides passistas, dizendo-se "nada de políticas xenófobas", e que nunca encabeçaria um Governo que as tolerasse, mas contradizendo-se nos acordos que se farão “quando e se necessários”. Quer dizer, quando e se precisar do Chega para ser poder,  bem longe do claro “não” de Jorge Moreira da Silva na disputa das directas. 

O resto foi construir e transmitir a ideia de um partido unido à sua volta, para a qual chamou os possíveis adversários que contam, depois de dar os "rioístas" por mortos, o "rioísmo" por enterrado e o "passismo" por ressuscitado. E foi mesmo desta celebração pascal que se fez a festa maior no defunto Pavilhão Rosa Mota, reencarnado Super Bock Arena. Como foi bonito e enternecedor ver aqueles abraços esfuziantes e aqueles sorrisos abertos, de felicidade de orelha a orelha, em velhos rostos sisudos, como se o país tivesse acabado de renascer das trevas. E toda aquela gente saída do inferno a acabar de entrar no eterno paraíso celestial!

Fantasmas

Houve militantes-fantasma a votar onde Montenegro ganhou com 100% dos votos  | PSD | PÚBLICO

 

Lamenta-se o país e o PSD do fraco entusiasmo que as eleições internas do partido no passado fim-de-semana suscitaram. No país e no PSD.

E, claro, lamenta-se a fraca participação eleitoral dos militantes. A vitória eleitoral de Luís Montenegro, tendo sido expressiva, com mais de 70%, e com mais 11.972 votos que Jorge Moreira da Silva, resultou da votação de apenas cerca de 17 mil militantes. 

Vem agora a saber-se que, mesmo nesse número de votantes, muitos são eleitores fantasmas. Que votaram em Luís Montenegro!

Conta o "Observador" que em Castelo de Paiva, onde Jorge Moreira da Silva não tinha qualquer delegado na mesa, com 108 militantes, votaram 105. Todos em Luís Montenegro; zero - nenhum - em Jorge Moreira da Silva. Até aqui tudo bem - haveria apenas 3 militantes que não tinham votado, e os que votaram podiam todos ter votado no candidato vencedor. Só que o jornal garante que falou com dezenas de militantes e que muitos lhe confirmaram que não tinham ido votar: uns por estarem fora nesse sábado; outros porque estavam com covid.

Em Vimioso, no concelho de Bragança, conta o "Público", houve pessoas que pretenderam votar sem apresentar o respectivo cartão de cidadão. Aí, já com a candidatura de Jorge Moreira da Silva representada na mesa, essas pessoas foram barradas, vindo a apurar-se que os nomes por que se identificavam correspondiam a emigrantes, ausentes da terra. 

Pode lamentar-se o desinteresse por estas eleições no PSD. Mas, mais - muito mias - que a fraca participação eleitoral dos militantes do PSD, há que lamentar estes exemplos de batota e caciquismo. Bem nos lembramos do tempo em que os mortos votavam ... 

Pelo pouco que foi dado a perceber nesta disputa eleitoral, havia alguma diferença de ideias entre os dois candidatos que disputaram a liderança do PSD. A grande diferença, essa, e que Jorge Moreira da Silva não quis explorar, era mesmo de pessoas. De perfil, de carácter e de comportamento, que estas notícias apenas confirmam e reforçam.

Luís Montenegro bem pode anunciar-se candidato a primeiro-ministro. Pode ser, basta que dure quatro anos, e chegue às próximas eleições legislativas. Mas ninguém acredita muito que seja uma pessoa destas a levar o PSD de volta ao governo. É que não há só fantasmas nos eleitores!

Sem passado nem futuro

PSD. Luís Montenegro promete devolver o 'D' ao partido e baixar impostos

 

Luís Montenegro, o velho candidato à liderança do PSD que se faz passar por novo, com promessas de resgatar o partido das trevas, de ganhar as Europeias, que é o que aí vem, e as legislativas que ainda chegarão antes, porque o outro há querer ir para Bruxelas, e o outro outro já disse  que assim havia eleições, não podia ter começado melhor:  "O meu passado chama-se Passos, o passado de Costa chama-se Sócrates"!

Pobre PSD ... Até aqui tinha líderes sem futuro; agora sai-lhe um sem passado sequer.

 

A praia de Montenegro

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Ver Luís Montenegro a dirigir-se aos microfones no Palácio de Belém, com a porta lá ao fundo a acabar de se fechar, é confrangedor e diz muito sobre o ponto de não retorno a que chegou o presidente Marcelo. Ouvi-lo no que se apressou a dizer, no que é ou não é a sua praia, sem perceber qual é o jogo nem quem tem as cartas, e admitir a mera hipótese de um dia poder vir a ser chefe do governo de Portugal, é de pasmar!

Digo eu, que não já nem tenho idade para me surpreender com estas coisas. E que nos anos que já cá levo já vi de tudo em S. Bento...

Quem primeiro alça...

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A História do PSD não foge disto: ou está confortavelmente sentado à mesa do poder, e vive na paz dos anjos, com toda a gente feliz e contente como uma família em completa harmonia  (a excepção de Pacheco Pereira é só para confirmar a regra); ou, caso contrário, se tem que cheirar de longe a mesa ocupada pelo rival, revela-se no saco de gatos que nunca deixou de ser.

Sem poder, não há líder que resista, venha de onde vier, acabando todos a provar do seu próprio veneno. Rui Rio esperou anos a fio para lá chegar, numa sólida estratégia de conquista do poder. Começou por criar uma aura messiânica para, a partir dela, construir pacientemente, gerindo aproximações e afastamentos, o mito do desejado que, numa qualquer manhã de nevoeiro, lhe haveria de garantir a unanimidade, dentro e fora do partido. E manhãs de nevoeiro, sabia bem, não faltam neste nosso cantinho... Mas nem assim resultou!

E lá está de novo o PSD em guerra civil, na sua História de autofagia onde tudo faz lembrar o Sporting... Até a convocação de um Conselho Nacional destitutivo, no primeiro passo de Luís Montenegro, o rosto do intocável aparelho do sportinguista Miguel Relvas. Porque nestas histórias "quem primeiro alça, primeiro calça"!

Como Frederico Varandas mostrou, há poucos meses ...

 

Tanta doçura ainda vai amargar

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Arranca hoje essa plataforma da direita, não por acaso de nome doce - MEL, de não menos doce Movimento Europa e Liberdade. Uma doçura - esta também chamada Aula Magna da direita - bem amarga para o PSD de Rui Rio...E para o próprio, que já viu Luís Montenegro aproveitar para dar o passo em frente no processo de autofagia em que o partido caiu.

Quem à última hora se pôs de fora foi Francisco Assis. Tanto quanto por aí corre a marcha-atrás não lhe terá valido de grande coisa, dizem as más línguas que está fora da lista para as europeias de Maio. Parece-me bem. Sempre que Roma não paga a traidores, acho que faz bem!

 

União mais unida, não há!

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Logo a seguir ao congresso da união e de todas as promessas de união, ao congresso dos soldados humilde e empenhadamente ao lado do líder, ainda a tenda não estava desmontada e já, no Parlamento, os deputados do PSD declaravam a guerra civil. Com um atestado de humilhação a Fernando Negrão e a dizerem a Montenegro para se despachar.

União mais unida, não há. Nem soldados mais soldados...

Com a cabeça a andar à roda

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À medida que se vão confirmando as boas notícias da economia portuguesa, como hoje o INE a oficializar o crescimento de 2,8% no primeiro trimestre, ou Álvaro Santos Pereira, o revogado pelo irrevogável, a garantir que a OCDE vai rever em alta as perspectivas de crescimento económico em Portugal, mais voltas o eixo PAM (Passos - Albuquerque - Montenegro) dá.

De tantas voltas, já têm a cabeça a andar à roda. Já não dizem coisa com coisa. Vejam bem que, depois de andarem a dizer que nada daquilo ia dar certo, que estava tudo errado, que era uma impossibilidade aritmética, que eram histórias para meninos, e de rirem na cara de Centeno como se ele fosse o palhaço lá da turma vêm, agora que lhes entra pelos olhos dentro que está a correr bem, dizer que... foi por eles que correu bem. Que aquilo que não podia correr bem, porque era tudo ao contrário do que eles tinham feito, correu bem, porque eles tinham feito o contrário do que foi feito, e que está a correr bem...

Já estão também com a cabeça a andar à roda, não estão? Pois...

 

Gente Extraordinária LV

 

 

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O líder parlamentar do PSD escolheu o dia do primeiro aniversário da tomada de posse do presidente Marcelo para o acusar de ter sido indelicado para Teodora Cardoso. Não acerta uma, este Luís Montenegro. Se ao menos tivesse escolhido o dia de ontem...

... E para dizer que se a geringonça cair, não é preciso ir para eleições antecipadas... Como se há um ano não se tivesse dado esta troca de cadeiras...

Gente extraordinária, também este Luís Montenegro!

"As pessoas estão pior, mas o país está muito melhor"

Por Eduardo Louro

 

Às portas do congresso do PSD Luís Montenegro, mais um cromo da actual nomenkclatura do partido, e líder parlamentar, deu uma entrevista ao JN em que, por entre outras alarvidades, diz que os portugueses estão pior, mas que o país está melhor.

Não há dúvida que esta gente, por ignorância ou por arrogância – ou talvez mesmo por ambas – não faz sequer o mínimo esforço para se desviar dos maiores buracos da sua esburacada estrada ideológica. As pessoas não existem, existem números e um conjunto de institutos a que se chama país. Que as pessoas, que os portugueses estejam pior, não tem qualquer relevância. Não importa!

As pessoas apenas servem para atrapalhar o caminho brilhante que eles pretendem trilhar para o país. O país está melhor, dizem eles. Uma, duas, cem, mil vezes. As vezes que forem necessárias, em qualquer sítio e circunstância.

Ninguém – ou muito pouca gente - acredita. Não é isso que se percebe na cara das pessoas. A bota não joga com a perdigota, eles dizem que o país está melhor mas as pessoas sentem que estão cada vez pior.

O chefe da banda parlamentar do PSD veio agora resolver esta discrepância e pôr a bota a jogar com a perdigota. Tudo claro: afinal o país está mesmo melhor, e as pessoas estão mesmo pior. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, o país simplesmente não tem nada a ver com as pessoas!

 

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