Primeiro manda-se as pessoas embora, diz-se aos mais jovens e qualificados que emigrem. Depois despedem-se os que cá ficam. Aos que não são despedidos baixam-se-lhes os rendimentos, sejam salários ou pensões.
Depois de mandados emigrar, de cortados os salários, de despedidos e contratados por metade do salário, cortam-se as bolsas de investigação. E diz-se que isso da investigação é só para empresas…
Acaba-se com a investigação nacional, com trapalhadas atrás de trapalhadas, mas depois surge a estratégia Lomba de aliciamento de cérebros internacionais, através de bons vencimentos e de isenções fiscais.
E ainda há por aí outro maduro que acha que compõe o ramalhete com uma Justiça para estrangeiros...
Isto tem um nome, não tem? Ajudem-me lá: como é que isto se chama?
Não vão gostar… É certo que já não temos mais EDP´s nem REN´s para lhes vender mas ainda temos muitos vistos gold para lhes entregar. E não é com vinagre que se apanham moscas!
Quero crer que o governo está atento, e que tudo vai fazer para resolver isto...
Paulo Portas – lá estou eu a voltar a Paulo Portas – está encantado com o sucesso dos “seus” vistos gold, que já traz dos seus tempos de MNE, na era AI (antes do irrevogável).
Ao abrigo do programa – que, diz Portas, excedeu largamente os objectivos – foram concedidos perto de 500 vistos – dourados, pois claro – que se traduziram em mais de 300 milhões de euros investidos na compra de casas, que animaram o segmento de luxo do imobiliário.
Isso deixou-o entusiasmado, e bem sabemos do que é capaz um Portas entusiasmado. É até capaz de dizer que “é um sinal muito prático de que Portugal está de volta ao 'GPS' dos países em que é interessante investir"…
E eu que achava que isto é simplesmente um sinal de que o país se transformou numa república das bananas, que o quer é dinheiro, venha ele donde vier. E eu que pensava que isto é um sinal que o dinheiro tudo compra. Que venha quem vier é bem-vindo, desde que tenha dinheiro, evidentemente. E eu que era tentado a admitir que isto é sinal que este é um país onde é fácil lavar dinheiro. E eu que até já pensava que este é um país que mandou os valores às ortigas …
Estava enganado… E fico contente, tão contente como Paulo Portas, por estar enganado!
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