A bola de neve da propaganda
Por Eduardo Louro
Passos Coelho foi hoje à Maia encerrar uma conferência qualquer, ao que se anunciava em rodapé, promovida por autarcas. Por autarcas do seu partido, embora isso não constasse no rodapé informativo...
O seu palco preferido. O espaço priveligiado para quem, exactamente como o seu antecessor, vive em negação da realidade e numa narrativa sem quaisquer pontos de contacto com a verdade. Que, cantando, espalhará por toda a parte se a tanto o ajudarem o engenho e a arte!
E assim vai fazendo, espalando propaganda por plateias escolhidas a dedo, sempre disponíveis para aplaudir. Depois, as televisões fazem o resto. Como hoje, com a SIC Notícias e a RTP Informação a transmitirem em directo um discurso de não sei quantas horas (não sei porque não resisti a mais de 25 minutos). E, claro, os aplausos encomendados…
Surreal! Surreal o discurso, mais ainda o frete destas televisões. A SIC por opção – opção clara, militante - e a televisão pública por… obrigação!
E assim, em escalada, como se de uma bola de neve se tratasse, se vai impondo ao país um discurso que já chega ao limite, nas palavras dessa eminência parda que responde pelo nome de Marco António Costa, de chamar antipatriota a quem lhe não bata palmas…