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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

A importância do regime

 Foto: JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

 

Os célebres e celebrados acordos entre o PS e o PSD - ou será entre António Costa e Rui Rio? -, que tanta agitação estão a gerar, à esquerda e à dreita, em especial no próprio (ou no próximo?) PSD, como Luís Montenegro se apressou a confirmar, não visam mais que a confirmação do regime. E daí a benção do presidente Marcelo... 

Não significam que venha aí um governo do bloco central, nem sequer a consensualização das grandes opções políticas para o país. O que foi objecto de acordo é aquilo em que estamos todos de acordo - basicamente em pedir mais dinheiro à União Europeia. Mas asseguram que a governação nunca pisará o risco das linhas demarcadas pelo bloco central. Que são as que constituem o desenho do regime.

Para António Costa é bom porque lhe permite continuar a desfrutar da maioria de esquerda, sem dúvida a sua mais sólida base de apoio eleitoral para manter o poder. É como que a institucionalização da actual fórmula governativa, quase garantindo a quadratura do círculo. Diz à esquerda: "Bom, vocês sabem até onde é que podemos ir. Façam lá como entenderem, mas não se excedam". E à direita: "O regime está defendido, nunca estará em causa. Por isso, naquilo que é sagrado para a sua defesa, contamos convosco. Não podem esperar que seja competência dos nossos aliados de governação defender aquilo que nos compete a nós defender".

Rui Rio, podendo às vezes até parecer um opositor ao regime, sabe que a questão do regime é central para o PSD, e sabe que, por isso, fundamental é criar uma barreira de segurança entre o PS e a sua esquerda, e não uma barreira entre os dois, como Passos e a sua tropa entendiam. À margem do regime o PSD corre o risco de se tornar irrelevante.

Não sei se Luís Montenegro partilha desta perspectiva. Mas sei que precisa de dizer essas coisas para se manter na frente da linha para onde correu a chegar-se.

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