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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

A importância do resultado

Bonita tarde de sol, e a Luz com casa cheia, para receber o Aves - ou lá o que é aquilo - no primeiro dos últimos quatro jogos que restam para decidir este campeonato. 

A informação que se ouviu da instalação sonora dava conta de pouco mais de 58 mil nas bancadas. De lá, das bancadas, a pequena clareira que se avistava num dos topos não parecia ser suficiente para "roubar" tanta gente à casa cheia.

O jogo começou com um susto, logo na saída de bola, com um pontapé longo a levar a bola para a área do Benfica, e Akinsola a chocar com Trubin. Na verdade dois sustos, o da bola ali meio perdida até ser afastada pelo António Silva; e o de Trubin, abalroado, no chão. Passado esse susto em dose dupla, o Benfica pegou no jogo e desatou a jogar à bola.

Sem Florentino e Di Maria, Bruno Lage surpreendeu com Amdouni, sobre a direita, e Dahl, na esquerda, com Akturkoglu em zonas mais interiores. Que marcou logo na resposta ao susto inicial, com o golo a ser anulado por fora de jogo. Que a olho nu não era perceptível, pelo logo suou a estranho que o árbitro - Carlos Macedo, mais uma estrela da arbitragem nacional a despontar e, pelo que se viu, com futuro garantido - tivesse sido tão convicto e imediato a assinalar fora de jogo a Dahl, que assistira para o golo. Viria a saber-se depois que as linhas do VAR marcavam 8 centímetros. 

A cena repetiu-se repetidamente - o pleonasmo é propositado - nos minutos seguintes. Foras de jogo que não se percebiam eram sucessivamente assinalados, interrompendo jogadas que nunca era deixadas concluir. Aí nem davam hipótese de ser confrontadas com nada.

Não se ficou por aí o Sr Carlos Macedo, a mostrar que não é preciso marcar, ou não marcar, penáltis, expulsar ou poupar à expulsão, para o árbitro influenciar directamente o caminho do jogo e o resultado. Este árbitro, inscrito na Associação de Braga, mostrou como se faz, e o que se pode fazer, mesmo num jogo de sentido único, de domínio avassalador de uma equipa, sem quezílias, e muito fácil de arbitrar. 

O Benfica jogava, dominava o jogo por completo, ia criando sucessivas oportunidades de golo e, aqui e ali, até marcando. Os primeiros golos, entre muitas oportunidades, surgiriam de bola parada, em cantos bem preparados em laboratório. O primeiro, logo aos 8 minutos, por Tomás Araújo em recarga ao remate de António Silva, num lance que o Benfica viria a repetir, vezes sem conta. O segundo tardou mais um quarto de hora, novamente com um canto curto da direita, seguido de combinações ao primeiro toque entre Kokçu, Dahl e Pavlidis, a entrar junto ao primeiro poste para finalizar. Um regalo para a vista!

O terceiro, o primeiro de bola corrida, demorou menos de três minutos. Dahl, outra vez, desta a cruzar para a área, para Amdouni surgir no corredor central, tirar um adversário da frente e bater Ochoa, com classe.

Depois, mais um largo período, quase outro quarto de hora, para o quarto: recital de Pavlidis e  Akturkoglu a encostar, nas costas de Ochoa. 

O que é acontecia no intervalo entre os golos?

Pois, o que acontecia, era o tal Sr Carlos Macedo fazer tudo para cortar o domínio avassalador do Benfica. Quando tinha de dar a lei da vantagem, não dava. Interrompia o jogo. Se um jogador do Aves se sentasse no chão, interrompia o jogo. Se, mesmo depois de não aplicar a lei da vantagem, os jogadores do Benfica marcavam rapidamente a falta, parava o jogo e mandava repetir. A pretexto de tudo, e de nada, interrompia o jogo para entrar em diálogo com os jogadores.

O Sr Carlos Macedo fez tudo, mas mesmo tudo, para quebrar o ritmo do jogo, e para interromper a avalanche de futebol do Benfica. Por isso o resultado era apenas de 4-0. E por isso saiu para o intervalo debaixo de uma imensa vaia. 

A segunda parte foi diferente. O Benfica levantou o pé, e o jogo, os jogadores, e até as bancadas foram, por esta ordem, adormecendo. O Aves - ou lá o que é aquilo -  até teve uma oportunidade para marcar, que Trubin resolveu. O árbitro estava então nas suas sete quintas, donde sairia logo que o Benfica voltou a carregar no acelerador, para acabar em alta, a deixar de novo as bancadas a arder. Como o Benfica tinha regressado ao ritmo, e aos golos, o senhor árbitro entendeu dar 2 minutos de compensação. Lourenço Pereira Coelho protestou, e foi expulso!

Os jogadores acordaram com as substituições - primeiro com Belotti e Schjelderup, para as saídas de Carreras, que não vai jogar no Estoril, por ter visto o quinto amarelo, e Amdouni; e depois Prestiani, Cabral e Barreiro -, e as  bancadas com a onda. Que nem é a coisa mais empolgante deste mundo. 

E foi com as bancadas empolgadas e pedir o 39, e os jogadores de novo acordados que o resultado subiu. Belotti marcou o quinto, numa transição conduzida por Akturkoglu. Otamendi, de cabeça, fez o sexto, novamente na sequência de uma bola parada, numa recarga a uma defesa incompleta de Ochoa a um livre de Kokçu.

Não é - de todo - provável que o título venha a ser decidido pela diferença de golos. Sendo absolutamente improvável, não é pois, por isso, que importa o resultado, que tão visivelmente incomodava o Sr Carlos Macedo. Só tem importância porque o Sr Varandas anda por aí a apanhar as canas dos foguetes do melhor ataque e da melhor defesa.

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