Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

A perigosa rota do Minho

Não vão fáceis as viagens ao Minho, esta época. O jogo desta noite, em Vizela, confirmou as dificuldades que estão reservadas para o Benfica na longa rota minhota que integra o campeonato de há uns anos para cá. O Minho é hoje decisivo para a classificação do campeonato, mais parece o Rally de Portugal.

O Benfica entrou no jogo dentro do nível exibicional habitual, e na mesma linha estratégica. Quando assim acontece, o Benfica não joga mal. Pode não fazer tudo bem, nem da melhor da forma, e encontrar dificuldades. Mas não joga mal. E foi isso que aconteceu durante a primeira parte - sem fazer tudo bem, e longe de qualquer brilhantismo, o Benfica não jogou mal, e justificou a vantagem mínima que levou para o intervalo, materializada no golo de João Mário, aos 38 minutos.

Mesmo que a superioridade clara do Benfica se tenha começado a esvair a partir do início da segunda metade da primeira parte, altura em que o Vizela passou a acertar com as marcações, a jogar com mais velocidade e, acima de tudo, a disputar todas as bolas e a ganhar a maioria delas, as três jogadas de golo, e o marcado, justificarão o resultado ao intervalo. 

Mas as indicações já não eram as melhores. As do jogo, e as do ambiente que o rodeava. À volta do relvado, porque o que tem vindo a ser criado longe dos campos, nas televisões, nos jornais e noutras esferas ainda menos próprias, vale para este e para todos os jogos que faltam ao campeonato. 

No jogo, o Benfica chegara ao golo até no período de maior afirmação do Vizela, à custa de uma transição rápida, depois de um canto contra, que começou com Guedes a passar por toda a gente, e a conseguir, mesmo depois de derrubado em falta, libertar a bola para Neres fazer a sua parte, e deixá-la para João Mário marcar, perto da marca de penálti. No jogo, os jogadores do Vizela, pressionavam, e legitimamente, os do Benfica. Mas também, e aí com total ilegitimidade, a arbitragem.

Fora do relvado, era pior. A pressão sobre a arbitragem era enorme, e as provocações ao banco do Benfica ainda maiores. Durante todo o tempo, gente ali estrategicamente colocada e que não serão certamente adeptos vizelenses, disparou isqueiros, garrafas e cuspidelas sobre o banco. Tudo perante a indiferença das forças da ordem... E das câmaras da Sport TV. 

Conseguiram o que conseguiram. E conseguiram até fazer expulsar Roger Schmidt, indiscutivelmente o treinador de comportamento mais tranquilo e pacífico do campeonato. 

Com tudo isto, não era de esperar outra coisa que não uma segunda parte muito difícil, e cada vez mais complicada. Muito dificilmente os jogadores, mas também o treinador, conseguiriam ter o discernimento e a tranquilidade para tomarem as melhores decisões. E foi o aconteceu, não conseguiram, e o Benfica caiu na segunda parte para um dos piores jogos do campeonato, ao nível de Guimarães. Que não ainda ao de Braga.

A equipa sobreviveu a tudo isso, e à suas próprias limitações, e acabou até para marcar o segundo, num penálti indiscutível sobre Grimaldo, já dentro dos seis minutos de compensação. Que João Mário voltou a marcar, desta vez com enorme classe, tornando-se no surpreendente melhor marcador da Liga.

E o resultado acabou por ser claramente melhor que a exibição, francamente má durante grande parte da segunda metade do jogo. Que só não é preocupante porque teve todos aqueles atenuantes. E porque "é dos livros" que os campeonatos se ganham ganhando jogos destes.

13 comentários

Comentar post

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics