Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Acabou a aldrabice. Venha a próxima!

Não era possível esperar em Braga um Benfica galvanizado, a acreditar que o milagre ainda era possível. Ainda assim tinha de se esperar um Benfica determinado a ganhar o jogo, sabendo que só esse desenlace legitimaria qualquer crença.

Percebeu-se muito cedo que, ao encher de desperdício aquele quarto de hora inicial de domínio completo do jogo, o Benfica teria enormes dificuldades em atingir a vitória. Porque o futebol é impiedoso, e com o Benfica é ainda mais assim.

O Benfica poderia ter arrumado com a questão do resultado nesse primeiro quarto de hora. Ao desperdiçar golos feitos, como aconteceu com Leandro Barreiro e Pavlidis, no período em que o Braga andava aos papéis, o Benfica deu, mais uma vez, oxigénio ao adversário.

A partir daí o Braga fechou-se lá atrás, com 10 jogadores à frente do guarda-redes, e saiu em contra-ataque sempre que pôde. O Benfica deixou de conseguir rematar - havia sempre um pé ou uma perna a impedi-lo -, e deixou de ter soluções para concluir as inúmeras jogadas de ataque que sucessivamente criava.

No meio disto, como se já não bastasse, apareceu a arbitragem. O árbitro chamava-se Miguel Nogueira, é de Braga mas inscrito na A F Lisboa, mas podia chamar-se outro nome qualquer. Porque isto já não tem solução. O futebol em Portugal é uma fraude. Falta declará-la oficialmente.

A meio da primeira parte o Ricardo Horta teatralizou - já foi um bom jogador, agora dedica-se  à pantominice - o VAR chamou o árbitro e este, inacreditavelmente, assinalou penálti. O que não faria logo a seguir, quando o lateral direito do Braga se atirou para cima do Barreio, derrubando-o dentro da área.

Desta vez Trubin não podia deter o remate de Zalazar, ao ângulo superior direito.

O golo do Braga não mudou nada do que já vinha sendo o jogo, depois do tal quarto de hora inicial. O Benfica a atacar, sem encontrar espaços, e o Braga a contra-atacar, encontrando todo o espaço. E o árbitro a ignorar as faltas (e amarelos) dos jogadores bracarenses, a destabilizar ainda mais a equipa do Benfica. O clímax foi atingido já nos minutos finais da primeira parte, quando Zalazar, que já devia ter sido sancionado com o amarelo por duas vezes, agrediu Otamendi.

O rapaz do apito nada assinalou, o capitão do Benfica protestou, e acabou ele com o amarelo. Aí, a equipa caiu em verdadeiro desespero. Valeu Trubin, para agarrar a equipa até ao intervalo.

Esperava-se que Bruno Lage aproveitasse o intervalo para mexer na equipa, e alterar o rumo das coisas. Entre jogadores completamente perdidos, como Carreras, provavelmente já com a cabeça em Madrid, e Schelderup, provavelmente com o Nuno Magalhães na cabeça, e outros, como o Barreiro, em que o posicionamento (o mais adiantado do trio do meio campo) não estava a resultar, havia muito por onde escolher. 

Bruno Lage manteve tudo na mesma, e adiou as substituições por mais um quarto de hora, mantendo-se fiel ao seu princípio que as substituições só se fazem depois do minuto 60. E manteve Carreras até ao fim, a acumular asneiras. 

E a segunda parte acabou por ser uma das mais desgraçadas que se viram ao Benfica. O golo do empate - Pavlidis fez tudo, outra vez! - chegou logo a seguir às substituições. E logo a seguir ao golo, João Moutinho foi (bem) expulso (como também deveriam ter sido Zalazar e Racic). Com meia hora a jogar com mais um, as melhores oportunidades pertenceram ao adversário. E, mesmo com a grande exibição de Pavlidis, o melhor em campo terá mesmo sido Trubin.

E isto diz bem do jogo desgraçado do Benfica. Que era a última coisa que se desejava no transfere para a final da Taça, com passagem por Braga.

E pronto, acabou o campeonato. Dizem que foi competitivo, mas foi só uma aldrabice pegada.

1 comentário

Comentar post

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics