André Freire (1961-2024)
É necrologia, a notícia da morte de André Freire, um politólogo, como agora se diz.
Um investigador de ciência política e das ciências sociais. Dos melhores, que desapareceu das televisões por não encaixar no comentário político monocórdico, monocromático e subserviente que inunda o espaço mediático.
Mas é mais: André Freire foi submetido a uma simples intervenção cirúrgica a um ombro num hospital privado. Algo correu mal, e foi transferido para um público. Tarde de mais, pelo desfecho.
Soube-se porque era uma figura pública. Nos muitos outros casos idênticos nunca se chega a saber. Sabe-se é quando corre mal nos hospitais públicos. Aí não faltam televisões à porta, nem especialistas a declarar a morte súbita do SNS, estrangulado por "amarras ideológicas".