Aprender depressa
Há poucos meses em Portugal, o homem expressa-se em português e canta o hino. Mas não é só isso - há poucos meses em Portugal, o homem está um autêntico dinossauro do futebol português.
Roberto Martinez não aprendeu depressa. Já trazia a lição bem estudada.
Por isso nada mudou, nada muda e nada mudará. Era esse o objectivo - mudar para que tudo ficasse na mesma.
Mudança, mesmo, apenas nos três centrais. Uma mudança por nada, e para mais nada que continuar a desperdiçar o talento destes jogadores. Nem "o pé quente" mudou. Sem jogar nada, a selecção continua a ganhar.
Quatro jogos, quatro vitórias. O melhor de sempre em fases de qualificação, dizem. Sim, quatro vitórias ... com o Liechtenstein e o Luxemburgo, em Março, e com a Bósnia, no sábado passado, e a Islândia, hoje. Se, no sábado, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e o exagero do resultado (3-0) ainda conseguiram disfarçar alguma coisa hoje, nada, nem o resultado (1-0, à última da hora, caído do céu) nem ninguém, conseguiu esconder que "o rei vai nu". Que a equipa é uma confusão, que as substituições são só absurdas, servem apenas para emendar a mão, e minorar os erros das disparatadas opções iniciais, e que a opção dos três centrais é uma aberração à luz do naipe de jogadores de que dispõe.
Bem pode Roberto Martinez falar português, e cantar o hino. Aquela sua primeira viagem mostrou ao que vinha. A disparidade de tratamento que deu a uns assobios e a outros confirmou que não é por bem.