Às vezes o diabo tece-as...
O diabo tem destas coisas. Marcelo, que tem andado a fingir-se de morto, a passar entre os pingos da chuva - e como tem chovido! - convencido que nada incomodaria o passeio triunfal que o haverá de levar a Belém hoje, frente a Sampaio da Nóvoa, teve de fazer pela vida.
Por ter entendido que este seria o seu principal adversário, ou porque simplesmente entendeu que não poderia continuar escondido por muito mais tempo, Marcelo teve hoje que sair da toca, na expressão feliz do infeliz - arruaceiro, seria mais bem dito - Jorge Jesus. E, imagine-se, saiu-se mal. As coisas não lhe correram nada bem, foi uma chatice. Uma maçada, diabo...
Afinal, o comunicador não é bem o tal comunicador. A velha raposa, é afinal muito velha e pouco raposa... Nem a memória é bem memória, quanto mais de elefante. Afinal esta coisa de anos de púlpito a versar sobre tudo o que seja tema, dá notoriedade mas também tem custos. Que só não são mais caros porque, em matéria de participação política, nós somos assim: não somos muito de nos incomodar com a aldrabice e apreciamos a pantomínia. E quando alguém nos cai em graça, pouco nos importa que diga tudo e o seu contrário.
Sorte tem Marcelo em ter-nos assim. Não fosse essa sorte, e o diabo seria bem capaz de as vir a tecer...