Assinar o ponto e carimbar o Jamor
O Benfica cumpriu esta noite, na Luz - com muita gente, mas sem grande brilho - a formalidade de carimbar a presença na final do Jamor, daqui a um mês, com o Sporting.
Foi a Taça da Liga, ganha ao Sporting. É o campeonato, disputado com o Sporting, e seguramente decidido no próximo dia 10 na Luz. E vai ser também a Taça, quinze dias depois.
Depois do 5-0 da primeira mão, este jogo estava destinado a não ter grande história, a ser pouco mais que um acto burocrático. Ainda assim não se esperava que a equipa que Bruno Lage escalou - dos habituais apenas António Silva e Florentino marcaram presença no onze - para assinar o ponto se revelasse tão pouco activa.
A primeira parte foi mesmo fraquinha. Tanto que o golo só surgiu no último lance, por António Silva, na sequência de um canto. A segunda foi melhor. O Benfica entrou com um pouco mais de velocidade, e o Tirsense teve bem mais dificuldades em resistir.
Resistiu no resultado durante mais praticamente meia hora - o segundo golo, de novo por um central, Bajrami, e de novo num canto - mas isso apenas porque Belotti, Cabral, Dahl, Schjelderup, Bruma e Amdoumi (que substituira o jovem norueguês à passagem da hora de jogo, quando também Prestiani substituiu Bruma, e João Veloso, Florentino) se iam encarregando de desperdiçar golos em série.
As últimas duas substituições - Tiago Gouveia por Hugo Félix (mas foi Prestiani quem baixou para lateral direito) e, na baliza, Samuel Soares por André Gomes - aconteceram a pouco mais de 10 minutos do fim, e logo a seguir a Belotti ter marcado o terceiro golo, ao minuto 78. O último, que fechou o resultado, voltou a surgir na sequência de um canto, por Leandro Barreiro.
Resultado e burocracia à parte, o jogo valeu pelas estreias de André Gomes, João Veloso e Hugo Félix. Acima de tudo valeu por mais uma oportunidade de Prestiani mostrar que merece mais. Mais oportunidades, e mais atenção.
E começa a ser preocupante que não as tenha...