Belmiro de Azevedo
Não terá sido apenas por ter criado o maior grupo económico do pós 25 de Abril, que chegou a representar 4% do PIB, e esteve representado em 70 países, que Belmiro de Azevedo terá de ser o maior, e o melhor, dos empresários portugueses. Belmiro de Azevedo fez escola, foi referência na gestão empresarial, e marcou um estilo único em Portugal, um país habituado a viver de e para o Estado, mesmo que declare sempre o contrário.
Belmiro de Azevedo foi ousado, frontal e inovador. E foi disso que precisou para ter sido quem foi, e para se tornar no exemplo de que "se pode enriquecer de forma honesta", como ele próprio afirmou.
Não precisou de bajular a classe política, que sempre colocou no devido lugar, por sinal um lugar a que não devia grande respeito. Criticou-a com dureza, usando às vezes até de um certo populismo. Não poupou nem vacas sagradas, como Marcelo, Guterres ou Cavaco, nem plásticos como Sócrates, Passos Coelho ou Marques Mendes, de quem um dia disse que nem para porteiro da Sonae servia...