Calculismo político ao volante em contra-mão
Demitiu-se o passageiro que seguia no banco de trás de um automóvel que seguia em excesso de velocidade, e de luzes de emergência ligadas, quando atropelou mortalmente um cidadão. Era também passageiro do governo, onde seguia no banco da frente, à pendura.
Na altura da demissão, o passageiro, que nunca deu nota de qualquer solidariedade com a família do cidadão morto, nem com o motorista que então o conduzia, não poupou na solidariedade com o motorista do governo e à sua família.
Que, seis meses depois, o passageiro se tenha demitido para não prejudicar o motorista do governo e a sua família, diz tanto sobre o passageiro como sobre o motorista. É o calculismo político ao volante, mas em contra-mão.