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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Certificado

Taxa de juro dos Certificados de Aforro mantém-se nos 3,5% em junho – ECO

Os portugueses que conseguem o "milagre" de lhes sobrar dinheiro no final do mês, mais os portugueses que têm e sempre tiveram dinheiro, correram aos certificados de aforro. Uns para aplicar as suas poupanças, outros, as suas fortunas. 

Porque passaram de repente a gostar de aplicar o seu dinheiro em dívida pública?

Não. Porque os bancos portugueses, em cartel, por ganância, deixaram de remunerar os depósitos que recebem, para se "abotoarem" com as mais altas margens financeiras na Europa. Seja nas suas operações de crédito, onde praticam já taxas pornográficas, seja nas suas aplicações no BCE, pelas quais são remuneradas à taxa Euribor, que não tem parado de subir. Quer dizer, os bancos portugueses podem até não conceder crédito, para continuarem a ver crescer os seus lucros que, como se sabe, estão a bater recordes.

Como os bancos não pagam pelo dinheiro que lhe entregam, mas sabem pagar-se bem pelo que lhe pedem, os portugueses, os que têm dinheiro e não são burros, passaram a aplicá-lo em certificados de aforro, onde o Estado pagava juros de 3,5%. Os bancos não gostaram. Evidentemente. Mexia-lhe na "mama"!

No início da semana, João Moreira Rato, que por acaso fez (longa) carreira justamente na gestão da dívida pública, no Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP), e por acaso, Chairman do Banco CTT, veio a público dizer que o melhor que o governo tinha a fazer era, para já, interromper a emissão de certificados de aforro. Nem mais, nem menos!

Três dias depois, à entrada para o fim de semana, o governo baixa a taxa de 3,5 para 2,5%, aumenta-lhe o prazo e aperta o limite de investimento

Há por aí gente a dizer que o governo fez muito bem. Se pode pagar 2,5% por que há-de pagar 3,5? E que com isso ganhamos todos. Por mim, digo que se o governo fosse tão rápido a reagir às necessidades dos portugueses como reage às dos bancos, viveríamos num grande país. Num país certificado!

 

 

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