Coisas intragáveis
Por Eduardo Louro
Legisla-se por tudo e por nada. E para tudo e para nada, engordando a burocracia e o funcionalismo, cada vez mais zeloso da coisa. Nascem e crescem interesses ilegítimos, que alimentam poderes obscuros. Que tecem as teias que capturam nobres iniciativas e se enchem de boas intenções.
Algumas (iniciativas) fogem da teia e avançam. Dê por onde der, e já que estão na clandestinidade, não encontram limites nem barreiras. Acabam a crescer à margem de tudo, e ao arrepio do interesse colectivo. Justamente do que as leis, a burocracia e os funcionários zelosos, em vão, se dizem guardiões…
É também disto, ou fundamentalmente disto, que se faz o endémico atraso do país…