Coisas ridículas
O ridículo, de que se faz grande parte da vida política do país, teve ontem mais um grande dia.
Durão Barroso, a elite da elite do país, deputado, secretário de Estado, ministro, primeiro-ministro, primeiro ministro desertor, e até presidente da Comissão Europeia por muitos e maus anos, professor convidado de grandes universidades internacionais, objecto das mais altas condecorações do Estado e, depois dos serviços relevantes prestados à sua causa pessoal, como apadrinhar a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, com as consequências conhecidas e que o mundo ainda hoje paga, ou enterrar a União Europeia quando dela era suposto tomar conta, chairman na cabeça da víbora do império do mal, mais conhecida por Goldman Sachs, vem agora dizer que as "elites portuguesas não têm estado à altura da capacidade de resiliência do povo".
Francamente...
Depois de uma coisa destas até apetece não achar ridículo que se façam obras para abrir um novo acesso e uma nova porta no hemiciclo da Assembleia da República só por causa de um único deputado. Não, não é por especiais condições de mobilidade. É apenas porque é incómodo para dois ou três deputados, terem que o incomodar para chegarem aos seus lugares... Quer dizer, os dois ou três (dos cinco) deputados do CDS que ocuparão a segunda fila, estão muito incomodados por ter de incomodar o deputado do Chega. Que não deu notícia do incómodo, e que até nas escadas se poderia sentar...