Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Com arbitragens miseráveis. Mas sem atenuantes!

Em jornada de festa, com o penta da equipa feminina de futebol, homenageada ao intervalo, mas a dividir o palco com Micoli, na volta olímpica, e ainda com os parabéns a José Augusto, o Benfica entrou na Luz, cheia, a abarrotar, e cheia de sol e de fervor benfiquista, com o mesmo onze do Dragão.

Mas foi só isso que o Benfica trouxe do Dragão: os mesmos onze, e as mesmas camisolas. Não trouxe nada de tudo o resto que lá apresentou.

A primeira parte mostrou jogadores desinspirados, mas também pouco dispostos a transpirar muito. A equipa não teve nada a ver com o que vinha sendo. Aquela equipa mandona, com uma dinâmica de jogo consolidada, e intensa nunca apareceu.

Foi tudo muito lento e mastigado, a permitir ao Arouca, bem organizado, resolver os poucos problemas que o Benfica lhe colocava. Cortava facilmente as linhas de passe, interceptava todos os cruzamentos e tinha até tempo para cortar bolas em cima da linha de golo.

É certo que, ainda assim, o Benfica poderia - e até merecia - ter chegado ao intervalo na frente do marcador. Em duas ou três oportunidades, sem considerar as que, por mérito próprio, ou demérito alheio, o adversário anulou, poderia ter marcado. Na mais flagrante, depois de um excelente trabalho dentro da área, Pavlidis rematou ao poste. 

Ao intervalo Bruno Lage teria de mexer na equipa. O jogo do Benfica teria de ser agitado, havia demasiados jogadores demasiado desinspirados. E havia muito por onde, e havia até memórias frescas de jogadores que se mostraram na quarta-feira. Que mostraram vontade, e que são solução.

Surpreendentemente Bruno Lage deixou tudo na mesma. O Arouca é que não, e arrancou para a segunda parte a mostrar que, para aquele Benfica, tinha outra resposta que não apenas defender. E a preocupação começou a instalar-se nas bancadas da Luz.

Quando, ao quarto de hora, depois de uma grande arrancada de Carreras, e assistido por Aursenes, Kokçu marcou - grande golo! - pensou-se que estaria quebrada a resistência arouquense. O mais difícil estava feito.

E estaria ... se ... Se logo no minuto seguinte Aktürkoglu, isolado, tem evitado rematar contra o guarda-redes. Se Di Maria não tivesse escandalosamente rematado para fora na recarga. Ambos na expressão máxima da falta de inspiração. E se, cinco minutos depois, o velho conhecido António Nobre não tem inventado um penálti para o Arouca.

Ontem, em Ponta Delgada, o árbitro Cláudio Pereira - a sua nomeação para esse jogo é bem demonstrativa do que para aí vai -  perdoou ao Sporting um penálti do tamanho do Pico. E o Sporting ganhou. Ontem, no jogo com o Santa Clara, o VAR fez que não era nada com ele. Hoje, na Luz, António Nobre assinalou um contra o Benfica que nunca existiu. O VAR viu, e disse-lhe que não, que aquilo não era penálti em parte nenhuma do mundo. Mas o árbitro teve a lata, e a pouca vergonha, de o justificar com um "rasteira com a cabeça" de Otamendi. "Rasteira com a cabeça"?

Logo a seguir Di Maria foi empurrado na área do Arouca. Nada, disse ele. Mais tarde, já mesmo sobre o apito final, Schjelderup foi ensandwichado e impedido de disputar a bola e, de novo, nada.

Com o empate, Bruno Lage mexeu finalmente na equipa, com as entradas de Belotti e Schjelderup para os lugares de Florentino e do apagado Di Maria, acabado de ser empurrado dentro da área adversária. E logo a seguir, finalmente, ao enésimo, um canto cobrado com algum nexo, com Pavlidis a surgir a marcar, ao segundo poste. 

Era desta, suspirou-se na Luz. Que logo a seguir festejava o terceiro. Por pouco tempo, Schjelderup estava fora de jogo. De seguida Belotti, Schjelderup e Otamendi desperdiçaram ocasiões flagrantes. E Bruno Lage repôs o meio campo, substituindo Pavlidis por Leandro Barreiro. E trocou Aktürkoglu por Bruma.

Para nada. Nos últimos minutos do período de compensação, incompreensivelmente, a equipa não conseguiu segurar a bola. E no último suspiro do jogo, no sexto dos sete minutos de tempo adicional, depois de uma perda de bola no ataque, com a equipa completamente descompensada, um contra-ataque acabou no golo empate.

É inaceitável este empate, a quatro jogos do fim. Perder nesta altura pontos em casa, com o Arouca, no último minuto do jogo, não pode ser aceitável. O escândalo das arbitragens é revoltante, mas não é atenuante. Até porque não é a primeira vez que a equipa escorrega depois de uma vitória exuberante. Nem a primeira vez que falha logo depois de chegar à liderança. Quando a equipa empurrava a onda vermelha, e esta a equipa para a conquista do campeonato, este empate representa uma grave quebra de confiança.

Agora é a sério. Nem mais um ponto pode ser desperdiçado!

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics