De novo Maddie
Treze anos depois, o desaparecimento da pequena Maddie voltou a abrir telejornais e regressou às primeiras páginas dos jornais.
Poderá dizer-se que é normal. Que os casos que as polícias não conseguem resolver, volta não volta... voltam. Na verdade não volta com dados novos, volta com mais uma pista. E é essa a maior novidade: tantos anos depois, não são novos dados que surgem - é uma nova pista!
Outra novidade é a entrada em cena das polícias alemãs. Por força da nacionalidade da nova pista, mas acima de tudo da sua condição de preso nas cadeias alemãs, em cumprimento de pena por crimes de natureza sexual.
Em tudo o resto nada de novo. Não se percebe bem o papel da Polícia Judiciária portuguesa nesta ressureição, e menos ainda o da comunicação social nacional mais dada ao tratamento destas matérias. Enquanto alguns especialistas desta comunicação social especializada colocam a PJ no centro da investigação que levou a esta nova pista, outros dão-na por completamente marginalizada, e citam até antigos inspectores que continuam agarrados à tese da acusação dos pais da criança. E como se isto, que não se percebe, não fosse suficiente, atribuem à polícia britânica exactamente o papel inverso: absolutamente passiva e simplesmente informada, para os primeiros, mas activa e determinante, para os segundos.
A verdade é que, depois de tanto dinheiro gasto na investigação do caso, a polícia britânica se atirou logo para a frente da fotografia, e veio até dizer que já seguia esta nova pista há três anos, desde o décimo aniversário do desaparecimento. Também não é novidade. Novidade é que, ao contrário das outras - a polícia alemã sustenta que a menina tenha sido morta num assalto que correu mal, enquanto a portuguesa a deu sempre por morta por volta da altura dos acontecimentos - alimenta a expectativa que a menina, agora uma jovem de 17 anos, esteja viva!