Debates - finalmente o espectáculo que valeu o bilhete
No campeonato dos debates, hoje, houve apenas dois jogos - Jerónimo de Sousa, como já se sabe, não comparece aos jogos que se disputem no cabo. Um, o primeiro, aguardado com grande expectativa. Mas foi o segundo o que se revelou como o melhor do jogo do campeonato até ao momento. Valeu o bilhete!
Era grande a expectativa para ver como António Costa, em grande forma nos jogos anteriores, e especialmente no último, se apresentaria contra o Canelas. Conhecendo-se a sua versatilidade táctica, e em boa forma, como seria desempenho do principal candidato ao título naquele terreno pesado, contra um adversário que tem no confronto para além das regras o seu grande - e o único - trunfo?
Pois bem. O candidato ao título não se intimidou, e entrou ao ataque, com determinação e dentes cerrados. Não foi uma grande exibição, é certo. É sabido que, para além do que joga, uma equipa só pode jogar o que o adversário lhe permite. E este nunca lhe permitiria jogar o que o último lhe tinha permitido. E o coiso do Canelas, já se sabe, nunca deixa jogar. Costa jogou o que pôde, e o que pôde foi suficiente para ganhar. Sem uma grande exibição e pela margem mínima, mas o que conta são os três pontos.
No segundo jogo defrontaram-se Catarina Martins e João Cotrim de Figueiredo - o Bloco e a Iniciativa Liberal. Dois adversários com propostas de jogo completamente antagónicas, mas que propiciaram o melhor espectáculo do campeonato, que já vai a meio. As equipas encaixaram bem uma na outra, interpretaram bem as suas tão antagónicas proposta de jogo, e acabou num daqueles jogos que nenhum merecia perder.
A Catarina acabou por ganhar, por meio golo. Porque foi mais rigorosa no cumprimento táctico. E foi-o por ter sido quem menos se afastou do seu padrão de jogo. Cotrim de Figueiredo teve que se afastar algumas vezes do seu, talvez por ter tentado corrigir alguns movimentos que, fazendo parte da sua matriz de jogo, não lhe tinham saído muito bem na pré-época, em particular nas coisas da pandemia e da vacinação, ou até do salário mínimo nacional.