Debates - Os jogos fofinhos vieram para ficar
Já se percebe que começam a surgir os jogos fofinhos. À medida que o campeonato vai avançando, e com a aproximação do os dois verdadeiros candidatos ao título vão entrando em poupanças, a guardar forças para o grande clássico, o jogo de todos os jogos.
Depois do jogo fofinho de ontem, outro hoje. PS e PAN replicaram o PSD-CDS de ontem, e ofereceram-nos um jogo idêntico. A diferença esteve no espectáculo, que foi de muito melhor qualidade. Sem a pressão da competição, António Costa e Inês Sousa Real protagonizaram um bom espectáculo, com muita bola e tratada com propósito na área das alterações climáticas. É um jogo que, ao contrário do que sucede nos países com as melhores competições, não é muito jogado por cá.
Na verdade não haveria melhor oportunidade para este modelo jogo destes que um amigável. E especialmente um amigável destes, em que a sedução tomou o lugar da competição. Como é da praxe, estes jogos têm jogadas de encher o olho, acabam - têm de acabar - com muitos golos, mas empatados. Mesmo assim, sem ganhar, foi o melhor resultado da Inês Sousa Real na competição. E António Costa só não queria perder, o empate bastava-lhe.
O outro desafio, entre o Livre e o PSD, foi naturalmente diferente. Não foi exactamente fofinho - nem poderia ser - mas também não foi , nem de perto nem de longe, um jogo de faca nos dentes, onde valia tudo, como outros a que temos assistido. Rui Tavares, voltou a confirmar que tinha o jogo bem preparado, e teve sempre atitude competitiva, mesmo sem nunca passar das regras do fair-play. O adversário jogava à distância - nos estúdios da RTP no Porto - e isso também ajudou. Dificultava a competitividade e facilitava o fair-play.
Curiosamente isso não influenciou tanto assim o jogo de Rui Rio. Que não foi tão competitivo como Rui Tavares, mas também não teve o mesmo desportivismo. Rui Rio não jogou propriamente duro, mas mandou-se algumas vezes para o chão a rebolar, a fazer fita. E isso não fica bem a um candidato ao título!
Aconteceu assim nos momentos em que a bola era jogada para os apoios sociais. Logo que a bola entrava nessa zona Rio atirava-se para o chão a rebolar, com as mãos na cara como se tivesse sido apanhado pelos cotovelos do Rui Tavares. E, como todos que é fita quando o Octávio, do Porto, faz essas figuras, também vimos perfeitamente que os apoios sociais do Rui Tavares não eram nada as cotoveladas que Rio fingia.
Na maior parte das vezes o Octávio sai-se bem. E a sua equipa ganha. Rui Rio não se saiu bem, e voltou a perder. Não foi apenas por isso, porque perdeu praticamente em todas as zonas do campo. E Rui Tavares não perdeu ainda um jogo neste campeonato. O pior é outro, que vem a seguir!