Deixar de fingir... Ou não!
O acto terrorista - bem sei que os puristas do Direito não gostam desta adjectivação - de Alcochete obrigou as principais figuras do Estado a deixar de fingir que não percepcionavam a violência instalada no futebol. Presidente da República, sentindo-se vexado, Presidente da Assembleia da República, com tão necessária veemência quanto tão desnecessária polémica e Primeiro-Ministro, anunciando mais um órgão na convicção que, assim, "protege o futebol de quem o quer o destruir", cumpriram os mínimos. Veremos se no domingo à tarde voltam a fingir tão completamente...
Agora falta o resto. Porque, do lado do futebol, se a nada for obrigado, nada fará. Percebe-se isso nas diferentes reacções dos principais clubes, e percebe-se isso no silêncio ensurdecedor do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol!