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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Desempenho individual pior que o colectivo?

Há mundial, mas o Benfica continua a jogar. Agora na Taça da Liga. E a ganhar, para não perder o hábito. 

Há hábitos que dão muito trabalho. Ganhar é dos que dão mais. Jogar o "qb" para ganhar, como hoje fez esta equipa do Benfica, em Leiria, casa emprestada do Estrela da Amadora, pode não bastar. O quanto baste nem sempre basta, e hoje poderia mesmo não ter bastado.

Com seis jogadores no Catar, esperava-se uma equipa cheia de caras novas. Mesmo que velhas, porque as novas, dos novos, estão na selecção de "sub 21". E também indisponíveis. 

Não foi assim, e Roger Schemidt apresentou um "onze" cheio de caras conhecidas. Apenas nos lugares de António Silva e Otamendi, estiveram caras menos habituais - João Vítor e Brooks (que nem foram lá muito bonitas de ver!). No resto, Gilberto, Chiquinho, Diogo Gonçalves e Musa, que são caras habituais, nas suas caras habituais. Excepto Chiquinho, a quem Schemidt quis dar a de Enzo.

Com estas caras, o Benfica quis ter a mesma cara de jogo. Essa é inegociável, e muito bem. Mas há diferenças. As caras fazem a diferença. E grande!

Por isso o habitual futebol do Benfica só apareceu em salpicos. Apareceu de vez em quando e, quando conseguiu aparecer, fez a diferença. Só que, quando fez a diferença, não a aproveitou. Por imperícia na finalização, numa série de vezes, pela tal coisa da sorte e do azar, noutras, ou pela competência defensiva da equipa da Amadora, onde se inclui o guarda-redes. Que à sua conta negou dois ou três golos. Tantos quantos os seus colegas, às vezes em cima da linha de golo (numa delas com quatro jogadores dentro da baliza).

Tivesse o Benfica aproveitado metade das oportunidades de golo que criou nos momentos em que conseguiu atingir o seu habitual futebol e o  "qb" que jogou teria sido mesmo suficiente para passar pelo jogo sem qualquer tipo de sobressalto, e acabá-lo com um resultado que não destoaria dos melhores dos últimos tempos.

O golo inicial, de Musa, logo aos 13 minutos, resultou de um dos salpicos desse futebol de excelência, um 'tiki-taka' multi-combinado com Rafa. Tudo apontava para que fosse para continuar, mas não. Nove minutos depois, na primeira vez que os rijos e experientes jogadores da equipa da Amadora - grande parte deles velhas caras conhecidas do futebol cá do burgo - chegaram lá à frente, na cobrança de um livre lateral chegaram ao empate. 

As luzes de aviso acenderam-se, e os jogadores do Benfica correram à procura do golo. Que nem demorou muito, apenas sete minutos. À beira da meia hora, depois de um penálti inevitável sobre o Rafa, o Chiquinho fez de João Mário, e marcou. E voltou a ficar-se por aí, acabando com nova ameaça, já em cima do intervalo. O João Vítor tratou de fazer asneira, com uma falta tão desnecessária quanto indesculpável e, o livre - na mesma zona do terreno do que acabara no golo do empate - só não acabou em novo golo porque o Odysseas fez duas grandes defesas. Consecutivas.

O Benfica passou toda a segunda parte no registo "qb", sempre perto do 3-1. Sempre com o domínio do jogo mas sem fechar o resultado. Faltavam velocidade, agressividade e intensidade. Era tudo muito macio. E assim há duelos que não ganham, e bolas e golos que se perdem, deixando o resultado em aberto, à mercê de qualquer contingência do jogo.

Que acabaria mesmo por surgir, e só não foi decisiva porque Draxler - que entrara ao intervalo para substituir o apagado e "amarelado" Diogo Gonçalves (juntamente com Morato, para o lugar de João Vítor) - , em cima do minuto 90, apareceu finalmente no jogo, e marcou o (terceiro) golo da tranquilidade.

O tal incidente de jogo, a que o Benfica esteve sempre sujeito, acabou por surgir de um passe desastrado de Morato - que pareceu não querer sair com folha limpa - que ofereceu o 3-2 ao Estrela da Amadora, no último dos 5 minutos de compensação. 

É mais uma vitória. Numa exibição que, não entusiasmando do ponto de vista colectivo, e por absurdo que pareça, acabou por ser decepcionante ao nível do desempenho individual de muitos jogadores. Muitos mesmo. Salvaram-se Odysseas, Florentino e Rafa (o capitão. Quem diria?) Mais ninguém.

E esta não é uma boa notícia. É mesmo má!

 

 

 

 

 

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