Desporto a alto nível
Acaba de terminar, de forma espectacular, o grande prémio do Abu Dhabi, e com ele a septuagésima edição do campeonato do nundo de fórmula um.
Nada estava já em disputa. Lewis Hamilton tinha já assegurado o título de pilotos, na antepenúltima etapa, no México. O quinto, como Fangio, só atrás de Schumcher, com sete. E a Mercedes também já confirmara o título de construtores no último grande prémio, no Brasil.
Hamilton voltou a ganhar, com Vettel na segunda posição, como na classificação final do campeonato, e o extraordinário e irreverente Verstappen em terceiro, quarto no campeonato, atrás de Raikkonen.
Este campeonato do mundo foi espectacular, teve de tudo o que um grande espectáculo de automobilismo tem que ter. Emoção, coragem, força mental, sangue frio, estratégia, sorte e azar, que também fazem parte do desporto. E se Hamilton foi quem teve mais disto tudo, Verstappen, o autor das mais fantásticas recuperações ao longo da época foi, de longe, quem mais aportou emoção, coragem, sangue frio e ... até loucura e mau feitio. Um grande campeão na forja, sem dúvida!
Mas, o que mais de espectacular teve este último grande prémio da época, que já nada tinha para decidir, foi a despedida de Fernando Alonso, o decano campeão e provavelmente o exemplo máximo desta disciplina de élite do que é estar no sítio certo na hora errada. Concluída a última volta da corrida, não sei se programado, se espontâneo - pouco importa -, os dois primeiros esperaram por Alonso e fizeram uma derradeira volta em escolta, ao logo da qual brindaram o público com séries de manobras espectaculares acabada num abraço a três, no mais arrepiante gesto desportivo numa das mais competitivas modalidades individuais do desporto mundial, num abraço que unia os três campeões mundiais que terminaram a corrida. Faltou Raikkonen, o quarto campeão, que não pôde terminar o grande prémio. Não fosse isso, e teria sido ainda mais bonito!
Como bonito foi o desportivismo entre os dois grandes rivais dos últimos anos - Hamilton e Vettel. Bonito como foi juntar-se-lhes Verstappen, o fantástico bad boy!
Para a próxima época a fórmula entra mais pobre, com menos um campeão. Já só três!