É política
O Presidente da República e o primeiro-ministro, se bem que em registos diferentes, anunciaram ontem o fim das reuniões do Infarmed, assim ficaram conhecidos os encontros regulares entre a política e a ciência para análise da evolução da pandemia.
Parece estranho que, quando os números se complicam a olhos vistos, e o ministro Santos Silva resume a política externa ao praguejar diário contra os novos inimigos do país - ontem foi a vez da Escócia e da Finlândia vetarem entradas provenientes de Portugal, mais dois novos inimigos -, os políticos digam que pronto, já sabem tudo e não precisam de saber mais nada. Mas não é, é política!
Rui Rio, que também por lá aparecia, já tinha dito isso, que não havia necessidades dessas reuniões. Parece estranho ver Rui Rio a criar um facto político, isso tem estado fora das possibilidades. Mas, lá está... é política!
Mário Centeno foi ontem - dizem - vexado no Parlamento, na audição parlamentar que se segue à sua nomeação para governador de Banco de Portugal, que não serve para nada. Se não para isso, vá lá... E que acabou com João Cotrim de Figueiredo, o líder e deputado único da Iniciativa Liberal, a anunciar a intenção de interpor uma providência cautelar contra a nomeação. Ninguém percebe, nem o próprio, o que é que a esta nomeação tem a ver com a Justiça. Nem como é que os tribunais a podem impedir. Mas é política!
Pelos vistos ontem foi um dia cheio de política...