Eleições no Brasil
Nada ficou decidido nas híper polarizadas eleições para a presidência do Brasil. Lula a venceu a primeira volta, com mais 5 milhões de votos, e 5 pontos percentuais que Bolsonaro, mas bem longe dos resultados que as sondagens apontavam, e ainda a dois pontos percentuais do resultado necessário para garantir a eleição na segunda volta, no próximo dia 30 de Outubro. Para o que os 5% de votos de Simone Tebet serão certamente decisivos, e eventualmente garantidos à custa de um relevante lugar no governo.
Bolsonaro perdeu, mas não saiu derrotado. E poderá até ter saído reforçado desta primeira volta. Porque acabou por superar a votação da primeira volta de há 4 anos, mas acima de tudo porque "ganhou às sondagens". E com grande vantagem, chegando aos 43% dos votos, quase 10 pontos percentuais acima do que lhe apontavam. E porque o bolsonarismo está decididamente instalado no Brasil, tendo até reforçado posições no Congresso e no Senado.
Se este reforço será apenas utilizado para uma recandidatura às próximas eleições, daqui a quatro anos, ou já agora nesta segunda volta, em expectáveis manobras sujas de manipulação é, mais que o resultado final, no fim do mês, a dúvida que sai dos resultados de ontem. Outra será se Bolsonaro limitará a imitação a Trump à contestação aos resultados, ou se a alargará a qualquer coisa correspondente à invasão do Capitólio. Que, no Brasil, tem tudo para atingir dimensões ainda mais graves!