Enfeitiçado
EPA
Trump volta hoje a encontrar-se com Kom Jong-un, desta feita em Hanói. É o segundo encontro desta súbita e estranha amizade, numa cimeira que serve apenas para alimentar a bizarra obsessão de Trump pelo prémio Nobel da Paz.
Depois de entregar ao primeiro-ministro japonês a responsabilidade de lançar tão absurda candidatura, Trump aposta as fichas todas na Coreia do Norte para lhe dar corpo. Daí que tenha começado por dizer, ainda na América, que, se os americanos o não tivessem elegido, os Estado Unidos estariam neste momento envolvidos numa guerra devastadora com os norte-coreanos. Ou que a Coreia do Norte tem neste momento um futuro brilhante à sua frente. E que, no fim desta cimeira vietnamita venha, como não poderá deixar de ser, declarar o seu tremendo sucesso.
Poderia dizer-se que destas brincadeiras não vem grande mal ao mundo - fosse isto o que de pior Trump tem para dar ao mundo - não tivéssemos todos já percebido que nesta relação de amor é Trump o enfeitiçado. E se Trump é perigoso, enfeitiçado pode ser mais perigoso. E mais imprevisível!